65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
domingo, dezembro 07, 2008
O preço do petróleo
Cerca de 80% da economia angolana é baseada no petróleo. Dos 20% restantes a maior parte tem trelação com a extração de diamantes. No orçameto do país este ano o barril de petróleo foi estimado em US$ 60. Para 2009, o governo agolano estimou o preço médio do barril em US$ 55. Por aqui, ontem, os jornais anolanos comentaram a previsão de que em 2009, o preço do barril de petróleo pode chegar até a US$ 25 o barril. As empresas por aqui dizem que o governo angolano fez caixa quando o barril chegou a US$ 147. Um bom exemplo a ser seguido pelos nossos prefeitos.
PS.: Atualizado e corrigido em 08/12/08 às 09:52.
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3 comentários:
Roberto,
Tudo bem que este exemplo deveria ser seguido pelos prefeitos, mas em se tratando de administração pública, sabemos que a mesma pode ser uma "caixinha de surpresas", independente de posições ou coligações partidárias.
O problema é que há em Angola, graves distorções sociais, principalmente causadas como consequência da guerra civil e sabemos que nem todas as prefeituras e governos de lá estão consonantes com o bem-estar social.
O exemplo a ser seguido referente à valorização do petróleo é excelente, mas o que não pode ser seguido, é o que acontece em angola diante da realidade social, onde a grande parcela da população pobre ostentam carros importados - nababescos - de dar inveja aos políticos brasileiros (sonho de consumo dos mesmos) e em contrapartida, vivem em casas de lata nas favelas e ainda por cima, com graves problemas de saneamento básico.
Isto não pode ser seguido, mas vamos falar a verdade:
Por aquí a situação é análoga, somente com uma pequena diferença, onde observamos a população pobre e desassistida a andar a pé mesmo.
Pelo menos, os políticos daqui são mais "sensíveis", não subsidiando carros para a população desassistida, contribuindo assim para a que aquí não haja o caos do transporte público que há em Angola, onde na maioria das rodovias e estradas de chão, vemos carros suntuosos a andar a 10Km/h, para percorrerem pequenas distâncias, graças à tamanha quantidade de veículos que trafegam.
Que os bons ventos pairem sobre nós, pois se à moda angolana pegar...
Caro Isaac,
Concordo com o seu comentário. Iria detalhar um pouco mais a nota, mas o chamado para o início do embarque no vôo que nos trouxe de volta acabou por deixar a nota incompleta e que permitiu seu detalhamento.
Nos próximos dias, apesar dos compromissos profissionais e pessoais, espero ter tempo para mostrar algumas imagens e fazer outros comentários sobre a realidade angolana.
Na verdade, apesar de muitas identidades culturais com o Brasil e com nossa região, para onde vieram muitos africanos como escravos, tudo por lá é muito distinto.
Abs,
Professor Roberto:
Agradeço por sua atenção e espero que o debate sobre a querida Angola possa servir de forma salutar a proporcionar bons exemplos a serem seguidos e adotados por nossos gestores.
Conforme o Sr. sempre defendeu e acredito que muitos de boa vontade também pensem assim, os royalties devem ser usados de forma a proporcionar melhorias sociais e não somente estagnação de ações e propostas que quando bem tomadas possam concretizar a qualidade de vida de toda uma população que infelizmente não é agraciada com o aumento do PIB o que deveria ser realidade proporcionada pelo repasse dos royalties e nem mesmo com melhorias relativas à educação pública, que deveria ser prioridade para a valorização do futuro de nossa cidade.
Abraços e que o debate granhe força.
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