65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
domingo, janeiro 04, 2009
Desigualdade e custo de campanhas
Deu na Folha de São Paulo e a análise pode valer também para a nossa região:
“As campanhas eleitorais são mais caras em cidades com maior desigualdade social, aponta pesquisa realizada com os dados de 5.170 municípios brasileiros - mais de 90% do total - e das doações privadas feitas aos candidatos nas eleições de 2002 e 2004. O estudo foi realizado pelos pesquisadores Maurício Bugarin, do Ibmec São Paulo, Adriana Portugal, do Tribunal de Contas do Distrito Federal, e Sérgio Sakurai, da USP”.
“Segundo Bugarin, em geral as disparidades sociais tornam a disputa política mais polarizada, o que acaba resultando em maiores diferenças entre os programas de governo dos partidos concorrentes. De acordo com o pesquisador do Ibmec São Paulo, nesse cenário, os grupos econômicos temem que as derrotas de seus candidatos prejudiquem de maneira significativa seus interesses e, por isso, acabam investindo mais nas campanhas”.
“As disputas eleitorais em sociedades com maior desigualdade em geral são mais polarizadas. Os grupos de interesse, ligados a um partido ou outro, têm mais a perder nesses contextos e, por isso, financiam mais. Já em lugares com menor desigualdade, em geral os programas dos partidos não são tão diferentes", diz Bugarin”.
“No Estado de São Paulo, por exemplo, para o grupo dos dez municípios com pior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) - taxa de referência internacional sobre desigualdade social- o valor médio das doações por eleitor foi de R$ 11,13, nas campanhas para o cargo de prefeito em 2004. Já para o grupo das 10 cidades paulistas com melhor taxa de IDH, o valor das contribuições per capita foi de R$ 6,55, ou seja, 41% menor”.
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