A sucessão estadual em 2010

Está tomado contornos mais nítidos a disputa pelo governo estadual que acontecerá em outubro do ano que vem. Dificilmente Sérgio Cabral não será candidato à reeleição pelo PMDB. Toda a sua equipe, liderada pelo vice Pezão, trabalha com este indicativo que é também a vontade do governador. O prefeito Eduardo Paes montou sua equipe de trabalho na prefeitura do Rio tendo como premissa esta definição. Está certo que o Lindiberg Farias colocará seu nome na disputa. O seu desempenho em campanhas eleitorais, talvez mais do que os resultados administrativos na prefeitura de Nova Iguaçu fazem dele, um nome temido pelos demais concorrentes. Outro nome certo, pelo PSDB ou pelo PSB, é o do ex-governador Garotinho. Toda a sua ação política está direcionada nesta linha. Contatos com o grupo de Serra e com Alexandre Cardoso já estabeleceram as primeiras pontes na questão partidária, hoje um gargalo para Garotinho. De outro lado, por diversos motivos, ele acompanhará de perto a administração da sua esposa, Rosinha à frente da prefeitura de Campos. Por último, como menos provável, a hipótese de que o Cesar Maia aceite entrar na disputa pelo governo do estado, como ventilou nestes primeiros dias depois que deixou a prefeitura do Rio. A possibilidade estaria mais ligada à criação de um fato novo que o tire da alça de mira das fortes críticas a esta sua última gestão na capital, do que às reais chances daquele que sabe ler em detalhes as indicações das pesquisas. Gabeira é nome certo da disputa para o senado e já trabalha nesta linha buscando apoios em diferentes municípios, para além daquele onde já garantiu votação no enfrentamento último com Paes pela prefeitura do Rio. O interessante deste fato é o dele poder vir, também apoiado e apoiando o PSDB, numa chapa que tenha o Garotinho como candidato ao governo do estado. A política é sempre muito dinâmica, mas hoje, o quadro para a sucessão estadual é este. Tem muito tempo até lá para que o cenário mude, entre eles há a hipótese de articulações do presidente Lula que é um aliado do Cabral que, por sua vez, não perde a oportunidade de se mostrar próximo ao presidente. Acompanhemos, pois, os desdobramentos!