65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
sábado, fevereiro 14, 2009
Antecipação das eleições presidenciais
A reclamação parte da oposição, mas ela, que tem o candidato mais conhecido, também começa a fazer o mesmo. O fato tende a reduzir o prestígio de quem detém o poder, mas talvez seja isso mesmo que o presidente Lula esteja visualizando. Melhor tentar transferir a popularidade no seu auge e ainda antes das consequências maiores das ameaças da crise no cenário internacional.
Além disso, o presidente Lula sabe que depois do aumento do prestígio do PMDB, que hoje tem o controle das duas casas legislativas, o partido tirou como linha de ação ser o pêndulo mais forte da eleição presidencial de 2010 se oferecendo igualmente aos dois principais pólos da próxima disputa PT onde ocupa muitos cargos e ao PSDB conforme aponte as probabilidades das pesquisas eleitorais.
A antecipação pelo lado de Lula-Dilma gera reação do outro lado. Hoje na coluna Panorama Político no jornal O Globo, o deputado Rodrigo Maia, presidente do DEM reclama que o PSDB está perdendo muito tempo discutindo, se vai realizar prévias e cortejando possíveis aliados como PMDB, ao invés de organizar palanques estaduais com o DEM e o PPS.
Esta reação interessa ao PT e a Lula porque joga o PSDB numa aliança limitada para um projeto da envergadura da presidência da República, mesmo com um nome forte como o de Serra, ao mesmo tempo em que traz o PMDB mais para perto também pelo certo crescimento que Dilma tenderá a ter nas próximas pesquisas eleitorais.
A eleição de 2010 tende a ser muito disputada e equilibrada e é indiscutível que o governador José Serra, ainda pela divulgação que seu nome alcançou na disputa de 2002 sai com vantagens,mas não se pode deixar de considerar o peso que o presidente Lula com todo o seu prestígio tem para defender uma candidatura ligada ao seu governo.
Em todo este jogo, natural da democracia, bom que o país continue enfrentando bem as ameaças da crise financeira global e avançando nas políticas de desenvolvimento social e redução das desigualdades.
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2 comentários:
"bom que o país continue enfrentando bem as ameaças da crise financeira global e avançando nas políticas de desenvolvimento social e redução das desigualdades."
Bem, se o governo mantiver o foco nesses aspectos, que são cruciais ao sucesso ou fracasso na disputa, ganha o cidadão brasileiro.
E viva o nosso querido presidente Lula!
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