65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
terça-feira, fevereiro 24, 2009
Cartola & Nilo Peçanha
Em época de carnaval e num ano em que se comemora os 100 anos do Ensino Profissional e Tecnológico, instituído pelo campista Nilo Peçanha que criou em 1909, a Escola de Aprendizes e Artífices, Humberto Moreira Rangel mandou para o blog um material com o título “Campos terá de bambas” que traz informações interessantes.
Nele está informado o vínculo de Cartola com a nossa Campos. Cartola era afilhado de Nilo Peçanha que foi quem levou seus pais para o Rio de Janeiro. Sebastião Joaquim de Oliveira e Aída Gomes de Oliveira. Seu Sebastião e Dona Aída eram campistas de Morro do Coco e foram levados para o Rio, por Nilo Peçanha, quando este, foi eleito vice presidente em 1906, na chapa com Afonso Pena.
O documento diz: “Cartola era o quarto dos sete filhos. Cartola, Angenor de Oliveira, era assim que se chamava o poeta, foi batizado por Nilo, que inclusive, presenteou seu Sebastião, pai do poeta, com a casa na Mangueira, onde a família foi morar, quando este tinha 11 anos de idade, onde mais tarde, ajudou na fundação da Mangueira e inclusive deu as cores da verde e branco”.
“Cartola, o genial sambista era carioca, nascido em 11 de outubro de 1908, no Palácio do Catete, era um dos sete filhos de seu Sebastião. Cartola que foi pintor, pedreiro, lavador de carro, vigia e contínuo de repartição pública, gravou o primeiro disco em 1874, aos 65 anos”.
Ainda segundo o documento Cartola vinha bastante em Campos em companhia da Dona Zica, sua terceira esposa, onde freqüentava o Bar do Leleu, na Alberto Torres. Cartola gostava também de ir ao restaurante Garcês, ao lado da Igreja da Boa Morte, onde era fã de um jacaré desfiado. Com certa freqüência a Morro do Coco, onde teria surgido o sucesso "Ensaboa Mulata", que fez em homenagem as suas tias que ele via lavando roupas, numa beira do Itabapoana.
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2 comentários:
Não sou muito ligada ao carnaval mas sou bem informada e sei que são gastos, todos os anos, rios de dinheiro com fantasias, carros alegóricos, alegorias etc. Sei também,como todo mundo sabe, que a cada ano que passa, maior é o investimento em tecnologias para criar movimentos, efeitos sonoros e luminosos de todo tipo para exibição de apenas uma hora na passarela do samba. Como cultura e máquina geradora de emprego eu reconheço o esforço que se faz nos barracões. O que realmente me incomoda é saber que tantos deixam de comer para "bancarem" o carnaval. Não aprovo a nudez, a prostituição, a violência, as mortes, os estupros, a corrupção, ou seja o lado ruím e feio que os interessados nesta festa tantam de todas as formas omitir.
Sobre Cartola e Nilo Peçanha - informações que acabo de receber, através do seu blog, acho que este tema pode ser uma excente matéria de pesquisa e estudo em nossas escolas. Eu desconhecia e acreditto que muita gente não sabe.
Sobre o carnaval falei hoje no meu blog sobre uma matéria postada pelo "Portal Aprendiz" que diz que a Bahia exportará para Barcelona a tecnologia do carnaval.
"A proposta é ensinar como fazer o carnaval, desde as fantasias até o desfile na passarela."
Eu quero fazer apenas um comentário. Se é pra exportar alguma coisa e se o que temos é o carnaval então vamos fazer direito. Em matéria de carnaval de passarela e escola de samba o Rio de Janeiro é autoridade no assunto. Sobrou para a Bahia o carnaval de rua e dos trios elétricos. Como diz minha amiga Betinha " ado, a-ado cada um no seu quadrado".
Sabia das raízes campistas de cartola, mas não com tanta precisão. Muito menos que o mestre Cartola era afilhado do ex-presidente. Acho impressionante a força comunicativa deste blog, Roberto! Com ele me livrei de duas mazelas da Folha da Manhã: o preço e as mentiras. O diário eu nunca levei minimamente a sério. Parabéns!
Apenas uma correção: cartola deve ter gravado seu primeiro LP em 1974 e não 1874 como aparece no post.
Um abraço,
Helinho (eu sou normal!).
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