65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
quinta-feira, fevereiro 12, 2009
Governamentalidade
A resenha sobre o livro “Segurança, território, população” de Michel Foucault (Ed. Martins Fontes) feita pela socióloga Wanessa Canella, para o caderno Prosa & Verso do jornal O Globo há alguns sábados atrás. Ele traz interessantes reflexões sobre as estratégias de poder no mundo ao longo do tempo.
Num dos comentários sobre a opinião do autor a resenhista diz:
“O que são esses mecanismos de poder? Segundo Foucault, são as estratégias que se estabelecem no seio social e que têm por objetivo a regulação e o controle das formas de existência, sendo fortemente calcadas em preceitos econômicos, morais e religiosos.
Vejamos então: nos primórdios da civilização o poder era estabelecido a partir da força física, já que o chefe do bando era sempre o mais ágil e violento, conseguindo proteger o maior número pessoas e garantindo a sobrevivência da espécie. Num outro momento, surgem os feudos e os “senhores feudais”, que detinham sobre seus servos o “poder de vida e morte”, em função do poderio econômico e do aparato jurídico. Concomitantemente, surge o poder religioso, que subjuga o homem através da rigidez moral e dos costumes e, posteriormente, já com o advento do Estado, aparece a figura do soberano — é o poder absoluto acima de qualquer Lei.
Na passagem da sociedade manufatureira para a sociedade do capital, o poder encontra-se nas mãos de quem detém os meios de produção; se já não há os suplícios públicos e métodos punitivos aplicados aos “fora-da-lei”, surgem, no bojo dessa nova civilização, as cadeias (vigilância, segurança) e também os asilos para os “loucos” e os desajustados socialmente — lugares institucionais onde o poder é disciplinar.
“Segurança, território, população” é centrado na apresentação das estratégias de um saber político que tem no cerne de suas preocupações a regulação da população, ou seja, o que Foucault chama de governamentalidade”.
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6 comentários:
Legal essa aí, Roberto!!! Muito legal, e eu que ja estava arrumando minha mochila para sair, arreio aqui... que delícia!!!! Vamos nessa! uaaaaaaallllllllllll
Pena que os nossos políticos não lêem...
Seria muito bom se eles se instruíssem e entendessem o conceito de "governamentabilidade" que você postou no blog.
Muito boa sugestão de leitura.
Pena que os nossos políticos não leiam... Como já declarou o Lula, ele não lê e nem tem interesse de ler nada do que é publicado na imprensa, pois ele discorda das críticas que são feitas.
Penso que a educação continuada, nesses casos, seja tão ou mais importante do que a educação formal, considerando que nossos políticos se dizem "muito experientes".
Gostei muito da postagem. Parabéns!
Ai! Que bom! Uma professora de Português para ajudar a jumenta!!!!.
Professora, a palavra certa é arreio a muchila ou arrio a Mochila?
Que alívio! Bem Vinda, professora!´( junto ou separado? já li benvinda....) hum... naum vou ficar te enchendo não, tá?
Comentário da Jumenta Rosângela totalmente ignorado.
Estou de costas para a Rosângela, ignorando seus comentários.
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