Do site A Charge On Line.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
5 comentários:
Professor Roberto Moraes,
Há muito encontrei na rede de blog’s, e o seu blog contribuiu muito para isso, um espaço alternativo de discussão de temas importantes. Temas que não poderiam ser discutidos nos jornais de nossa cidade sem o vínculo partidário ou algum interesse relacionado a dinheiro.
Por isso, gostaria de contar com a sua ajuda, para que fosse discutido na rede de blog’s, até onde pode ir o poder de um agente político na condução de seu governo e na escolha de seus secretários, e até onde pode ir a participação da população na condução deste mesmo governo, sem que isso seja uma afronta a sua autoridade legítima de “escolhido pelo povo”, mas que também signifique uma forma de representação popular direta. Os pontos principais seriam: Esse agente político foi escolhido pela maioria, mas por isso poderia fazer o que bem entender (dentro da lei, não me refiro aqui de corrupção ou ilegalidade, mas de discricionariedade), mesmo contrariando a própria vontade da população? O interesse dos grupos políticos e dos partidos pode ser maior do que a vontade da população, mesmo que o agente político que coordene estes interesses seja o mesmo que tenha ganhado a eleição com maioria dos votos desta mesma população? A única forma de manifestação da população em uma democracia (povo no poder) é na eleição? É possível a população lutar (e como lutar?) para impor sua vontade, mesmo que seja contra um governo que ela mesma elegeu (e que não tenha interesse em derrubá-lo)? A população de Campos tem em seu passado recente algum histórico de luta por alguma coisa (simples que seja), para impor sua vontade, mesmo que seja contra um governo que ela mesma elegeu?
Como dois exemplos para ilustrar e iniciar o debate, posso citar dois casos neste governo atual: O primeiro é a saída do Secretário do Procon, Sr. Franklin Cherene, que apesar de fazer parte do governo anterior (que teoricamente perdeu a eleição, pois apoiou o candidato derrotado) contava (e ainda conta) com amplo apoio e credibilidade da sociedade campista na realização de seu trabalho de defender os consumidores. Franklin é reconhecidamente um homem honesto, sempre trabalhou tecnicamente (se não me engano durante mais de 10 anos no Procon) e sem política e conchavos com empresas, por isso transformou o Procon de Campos em um dos melhores do Brasil. Ele foi substituído por uma grande empresária (contraditório, para chefiar o Procon uma empresária), esposa de um candidato derrotado para a câmara de vereadores e que conhece muito pouco de direito do consumidor (não sou advogado, mas ouvi duas entrevistas dela que fiquei arrepiado. Afinal, ela defende quem?) e que fez do Procon um cabide de empregos para seus familiares; O segundo caso é do nosso velho conhecido Paulo Feijó, que perdeu a eleição para prefeito, com uma quantidade de votos que nem para a câmara de vereadores seria eleito (ou seja, um político sem nenhuma credibilidade com a população de campos) e ainda assim, foi escolhido para ser Secretário de Meio Ambiente, pasta de grande importância no momento atual e no cenário mundial, que deveria ser tratada com um olhar técnico, mas que está sendo usada para política de partidos e interesses de grupos. Inclusive, as próprias nomeações feitas a pedido de Paulo Feijó nos cargos comissionados da secretaria de Meio Ambiente seguem um critério estritamente político, sem qualquer interesse no estudo do tema objeto da Secretaria.
Os dois casos apresentados, servem, como citei acima, para discutir e debater, até onde pode ir o poder de nosso agente político, a prefeita, legitimamente escolhida pelo povo, na condução de seu governo, mesmo contrariando a vontade da população (pois, não era vontade da população a saída de Franklin Cherene) e buscando apenas atender seus interesses políticos (pois, Paulo Feijó é Secretário de Meio Ambiente apenas por um acordo político, para atender interesses políticos, a vontade da população não era essa, pois sua votação foi mínima).
O mais bonito disso tudo, é que este debate nunca poderia ser tratado na mídia convencional, pois poderia contrariar interesses e nunca poderia ser iniciado por um cidadão comum, separado, pai de três filhas, que mora de aluguel em um conjunto de apartamentos de classe média baixa, que não tem computador em casa (uso internet no trabalho e em Lanhouse) e que recebe aproximadamente 3 salários mínimos por mês.
Obrigado pela oportunidade.
Paulo Sérgio da Silva Araújo.
se a minha prefeita Rosinha, que ajudei a eleger com meu voto da mudança não se sair das garras deste homem-o garotinho-, o lema minha cidade, meu amor, vai se transformar em minha cidade, MEU TERROR!!!! O povo de campos agora quer que ROSINHA dê um basta neste garotinho. Ele pertuba muito. Assim vou lutar pra que ele nem chegue a ser candidato ao Governo, igual a presidente. o Homem sem paz de espírito! Campos pede que ele vá fazer uma viagem de férias e só volte depois de 4 anos. Desejo que minha prefeita tenha muita luz e sabedoria para andar ao lado de seus secretários, pois a união faz a força!!!
Gostei do tema proposto pelo Paulo Sérgio, sem dúvida não poderia ser tratado nos jornais da cidade. Quanto ao Procon, também acho que a sua saída foi um erro da Rosinha. Apesar de ter votado nela, não concordei.
O texto poderia ser tratado de forma mais ampla, para permitir um debate maior.
O debate poderia ser maior, levando em consideração também o texto do Bruno Lindolfo que foi postado acima.
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