A Ompetro deveria ser uma agência regional de desenvolvimento

Apesar dos parcos esforços de um ou outro alcaide dono dos royalties, a Organização dos Municípios Produtores do Petróleo, Ompetro, nunca deixou de ser um convescote, com defesas pontuais contra as ameaças de mudanças nas regras de rateio dos recursos oriundos da extração de petróleo em nosso litoral. O blog já comentou, por mais de uma vez neste espaço, que a associação de municípios poderia ou deveria fazer um pouco mais. Um consórcio ou organização de municípios para o desenvolvimento de políticas públicas intermunicipais em que, ao invés de atuarem concorrencialmente, pudessem se complementar, tanto na oferta de serviços públicos, quanto na formulação e operacionalização de estratégias de geração de emprego e renda, são utilizados com grande êxito em diferentes regiões de nosso país. Porém, por aqui nada. Não há integração. Nem as boas políticas, também chamadas de boas práticas são compartilhadas. O trabalho em câmaras técnicas poderia desenvolver equipes técnicas e uma burocracia mais aparelhada a aproveitar recursos de órgão governamentais que oferecem em editais recursos para habitação, saneamento, agricultura, pesquisa, etc. Um plano de desenvolvimento e até um fundo regional poderiam ser desenvolvidos numa visão menos umbilical por município. Receberiam aplausos e seria saudada e bem interpretada, a decisão de executar políticas públicas na região, com ajuda e contrapartidas estadual e federal, em municípios da região não aquinhoados com os royalties, até porque, não adianta deixá-los à míngua tendo que gastar com ambulâncias e outros artifícios de baixos custos, numa tentativa desesperada de se aproveitar dos royalties vizinhos em favor das suas populações. A ex-governadora, agora prefeita, tem como presidenta da Ompetro, a oportunidade de mostrar que a experiência do exercício do governo do estado lhe deu uma visão, mais ampla no planejamento e na execução das políticas públicas. PS.: Atualizada e corrigia a redação da nota às 14:16.