Reclamação sobre a E.M. Albertina A. Venâncio

O blog recebeu por e-mail e por comentário da professora Katia Silva a reclamação que merece melhor destaque, por isso está abaixo como nota: Professor Roberto Moraes, Gostaria de prestar uma informação relacionada a atual situação da Educação Municipal, destacando o exemplo da Comunidade Escolar da qual participo como professora de Geografia: Escola Municipal Albertina Azeredo Venâncio (EMAV). Minha intenção é também ter esta noticia publicada em seu blog, pela credibilidade e coerência destes tempos em que o acompanho. Não tenho habilidade suficiente, para escrever os fatos (em curto espaço de tempo) na forma de artigo, para imediata publicação, mas confio que Você e seus colaboradores saberão como fazê-lo. Mesmo diante das muitas deficiências estruturais, nossa escola sempre foi referência em educação pública diante da comunidade do Distrito de Travessão e áreas adjacentes. Tem sido constante o contingente de nossos alunos que a cada ano ingressam em Instituições Públicas de altíssimo Nível como o CEFET (IFF), a UFF e a UENF. Tínhamos uma equipe de Diretores e Orientadoras Pedagógicas séria, comprometida, competente e respeitada. Entretanto, mediante a troca de partido político na administração municipal, nada disso foi considerado, e o que temos a sete dias, é uma Escola - de cerca de 1400 alunos e que funciona em três turnos, com turmas que vão do 1º ano do Ensino Fundamental, ao 3º ano do Ensino Médio- sem Diretora nomeada. Vivemos um verdadeiro “caos” durante estes dias em que permanecemos como um navio sem comandante, literalmente sem direção. Do dia 02 de março até ontem dia 08, as aulas ministradas se devem ao comprometimento da antiga equipe que mesmo tendo retornado a sala de aula como professoras, se desdobravam tentando “organizar” o nosso dia-a-dia. Porém como não é necessário esclarecer, educação não se faz apenas com boa vontade. Muitos pais têm comparecido a escola para desabafar inúmeros desaforos a nós funcionários, entendemos que numa atitude desesperada de tentar dirimir esta situação. Em resposta a esta situação, hoje 10 de março às 12:00 nos reunimos (alunos e professores) e decidimos paralisar nossas atividades e aguardarmos a chegada da Diretora Nomeada. Com o pátio da Escola repleto de alunos que chegavam para o inicio do 2º turno fizemos uma espécie de assembléia. Convocamos a imprensa (TV e Jornais), mas apenas representantes (jornalista e fotógrafo) da Folha da Manhã compareceram. Conseguimos a presença imediata do “Papinha”, vereador da comunidade responsável pela indicação da direção das escolas de Travessão que por quase duas horas esteve conosco, desculpando-se, ouvindo nossas necessidades e descontentamentos, que garantiu a presença da Nova Diretora na Escola Amanhã. Não temos a intenção de transformar a triste situação que vivemos na EMAV em protesto político contra a atual administração municipal.Nosso desejo é de que nossa escola, assim como toda nossa Campos possam viver dias melhores. Bom seria se fosse de forma verdadeiramente democrática, ouvindo no corpo a corpo os anseios e necessidades de cada comunidade, tal qual acontece durante a campanha, e não se curvando aos caprichos de políticos que esquecem de que sua função é representar a população. Bom seria se a própria prefeita Rosinha se dispusesse a ouvir a comunidade da EMAV, tal qual fez o Papinha. Katia Silva.