Rede de Educação Profissional e Tecnológica no Brasil

Há hoje no Brasil um consenso da necessidade de se ampliar a rede de oportunidades para adolescentes e jovens se qualificarem para o mundo do trabalho. O governo federal além da ampliação da sua rede de 146 para 366 escolas até o final de 2010, está também aportando recursos nos governos estaduais para esta iniciativa. Nesta linha, os governos que foram mais atuantes para acessar estes recursos foi o Paraná que recebeu até agora R$ 126,5 milhões e o Ceará que usou R$ 115,7 milhões para equipar suas Escolas Técnicas Estaduais. O MEC, através de sua Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica reservou a quantia de R$ 1 bilhão para ajudar os estados neste empreendimento. Hoje, mesmo com todo este apoio o Brasil tem apenas 8% das matrículas do ensino médio em cursos técnicos. Em países tecnologicamente mais desenvolvidos este percentual está próximo dos 40%. A Confederação Nacional das Indústrias (CNI) estima que que há hoje um déficit de cerca de 200 mil profissionais de nível técnico no Brasil. O aumento da procura pelos cursos técnicos tem relação direta com o aumento da possibilidade de inserção no mundo do trabalho. Mais que isso, o ensino técnico dá melhor atrativo para o aluno aprender e estudar as disciplinas básicas do ensino médio que tanto contribuem para reprovação e evasão. Além disso, a maioria das escolas públicas que fazem a EPT, Educação Profissional e Tecnológica já compreendeu que, até o mercado de trabalho, quer hoje mais que um bom técnico e profissional, mas um trabalhador, mais humano, flexível, negociador, e assim mais bem preparado para a vida real e complexa em que se vive.