65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
sexta-feira, maio 22, 2009
Reclamação sobre o HGG em Campos
A reclamação chegou pro e-mail em nome de Monica Oliveira:
"Trabalho no HGG desde que foi inaugurado, e quando a prefeita foi eleita eu pensei que fosse melhorar o serviço no hospital.
Eu estou muito triste porque um projeto que dá certo , vai acabar por conta de uma obra que será realizada, estou me referindo ao programa humanizar que até então era realizado na pediatria por uma equipe multidisplinar, onde as crianças internadas sempre foram muito bem acompanhadas, tendo direito a banho de sol, brincadeiras, o que tornava o tempo das crianças no hospital menos desagradável.Vai ser feita uma obra na pediatria onde, o espaço que era destinado ao programa humanizar vai se tornar uma enfermaria para tratamento de pé diabético, o que poderia ser construído como um anexo na própria clínica médica, sem precisar mexer com a pediatria, até porque a clínica médica não pode ocupar o espaço da pediatria,e a pediatria não pode ir para o espaço da clínica médica, devido a clínica médica possuir inúmeros tipos de bactérias resistentes que mesmo que seja feito desinfecção não mata tais bactérias. Deixo aqui registrado minha insatisfação como cidadã consciente das necessidades dos pacientes com os quais convivo, além de ser uma das eleitoras que elegeram a prefeita Rosinha".
Atualização às 23:06: A Secom do HGG responde sobre a nota acima:
"Caro Roberto,
A direção do Hospital Geral de Guarus informa que o programa citado pela funcionária não vai acabar. O projeto, que é desenvolvido por equipe multidisciplinar pelo horário da manhã, está sendo transferido para outra área do hospital. Atualmente, no local onde será realizada a obra, são desenvolvidos trabalhos administrativos, com as salas da Coordenação da Pediatria e da Comissão de Controle Interno de Infecção Hospitalar, de Oficinas e Reuniões, além de uma lavanderia, da Brinquedoteca e uma área externa, onde as crianças eram levadas para banho de sol. Os mesmos serviços continuarão sendo desenvolvidos no espaço do auditório do HGG, onde também está sendo adaptada a Brinquedoteca.A direção do HGG lembra que as obras são necessárias para a otimização do espaço físico do hospital e para o aumento do número de leitos clínicos, mas tranquiliza a população, explicando que o Programa Integrar Humanizar poderá até não funcionar em sua totalidade temporariamente, pelo prazo estimado para a conclusão das obras, sejam na Pediatria (cerca de 60 dias) ou em todos os setores envolvidos nesta primeira fase de reconstrução do HGG (aproximadamente quatro meses). Inclusive, o projeto de reestruturação do Hospital Geral de Guarus prevê, a longo prazo, uma nova Pediatria, muito mais equipada e funcional.
Atenciosamente,
Secom/Assessoria HGG".
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14 comentários:
o comentário feito pela colega é real e nos deixou perplexos. A medida tomada pela nova direção é típica de "cobertor de peleja", descobre um santo para cobrir o outro.A saúde deveria ser pensada não somente pelo fator"QUANTIDADE" de leitos, mas sim pela "QUALIDADE" do seu serviço.A Pediatria do HGG era de excelência,é só verificar seus dados estatíticos.Estamos todos de luto
Putz! Eta povinho, até pra melhorias ele reclama!
Nao tem como nada ir a frente nessa cidade mesmo!
Com Políticos dizemos:Ouçam as ruas, com Gestores:Ouçam os funcionários.Não se tranquem em gabinetes refrigerados e confortáveis maquinando idéias mirabolantes sem eficácia.Vcs estão correndo risco de pegar uma baita Pneumonia.Seus cargos são passageiros,nunca se esqueçam:Não SÃO DIRETORES,MAS SIM,ESTÃO DIRETORES.Primem pelo serviço de alta qualidade, eficiente, eficaz e prazeroso de ser executado pelos funcionários.
Caro Roberto,
A direção do Hospital Geral de Guarus informa que o programa citado pela funcionária não vai acabar. O projeto, que é desenvolvido por equipe multidisciplinar pelo horário da manhã, está sendo transferido para outra área do hospital. Atualmente, no local onde será realizada a obra, são desenvolvidos trabalhos administrativos, com as salas da Coordenação da Pediatria e da Comissão de Controle Interno de Infecção Hospitalar, de Oficinas e Reuniões, além de uma lavanderia, da Brinquedoteca e uma área externa, onde as crianças eram levadas para banho de sol. Os mesmos serviços continuarão sendo desenvolvidos no espaço do auditório do HGG, onde também está sendo adaptada a Brinquedoteca.
A direção do HGG lembra que as obras são necessárias para a otimização do espaço físico do hospital e para o aumento do número de leitos clínicos, mas tranquiliza a população, explicando que o Programa Integrar Humanizar poderá até não funcionar em sua totalidade temporariamente, pelo prazo estimado para a conclusão das obras, sejam na Pediatria (cerca de 60 dias) ou em todos os setores envolvidos nesta primeira fase de reconstrução do HGG (aproximadamente quatro meses). Inclusive, o projeto de reestruturação do Hospital Geral de Guarus prevê, a longo prazo, uma nova Pediatria, muito mais equipada e funcional.
Atenciosamente,
Secom/Assessoria HGG
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FURO JORNALÍSTICO OU NOTÍCIA DIÁRIA?
A SAÚDE DE CAMPOS ESTÁ NA UTI, ENTRA GOVERNO, SAI GOVERNO NADA MELHORA , OU MELHOR SÓ PIORA.
O mundo político não comtempla espaço para técnicos. No afã de mostrar mais uma obra de fachada um bom serviço, que como o saneamento básico, não aparece, é jogado ao chão. A questão do pé diabético requer uma rede de assistência primária, levada a sério para ser funcionante. A prevenção é o que impede o avanço da doença , senão o tratamento é a amputação.Também no HGG, como em outros setores, a ordem vem de cima, do casal que usa toda sua multisapiência para auferir ganho político em tudo que faz.
Nao concordo que a Saúde em Campos só piora... Temos uma Secretaria de Saúde, como há tempos nao víamos, com digniddae e respeito ao Cidadao. Sou usuária do Serviço e posso afirmar que Dr Hirano tá dando jeito na "coisa". Atenciosamente.
Gal Costa.
Otimização de espaço físico e aumento de números de leito = Fim de atendimento Digno e de Excelência.
O auditório será outro lugar que também acabará nesta gestão? Resposta dada pela secom do HGG,"OS MESMOS SERVIÇOS CONTINUARÃO SENDO DESENVOLVIDOS NO ESPAÇO DO AUDITÓRIO". Será bem interessante ver,lavanderia,brinquedoteca,banho de sol(em lugar fechado e refrigerado),prescrição médica,sala de coordenação,CCIH,tudo junto e afastado da enfermaria. EH,GESTÃO COMPETENTE E CRIATIVA!!!!!
É sempre assim: o governo que entra quer sempre desmerecer o trabalho do anterior. Então, acabe-se com o auditório do HGG.
Esquecem-se que o dinheiro utilizado para construção desse espaço e de todo o hospital saiu dos cofres públicos e nós, cidadãos, somos quem patrocinamos toda essa farra com o dinheiro público.
Com a verba de R$15000000,00 para a publicidade,daria para aumentar os números de leitos de nossa rede hospitalar, que já não suporta mais nada!!!Está ficando muito difícil mesmo!!A saúde está um caos, cada vez pior!!
Alguém falou:" Eta povinho, até para melhorias reclama!", mas acho que este alguém não sabe da realidade das coisas, talvez porque nenhum filho seu deve ter precisado da pediatria do HGG.
Não tem como trabalhar com as crianças num auditório fechado, cheirando a mofo ( por causa dos vazamentos do teto), será que vão retirar os carpetes para tentar amenizar o cheiro de mofo?
Roberto Moraes
Ao que tudo indica este governo vai conseguir o que a incompetência e a má gestão do governo Mocaiber tentou, mas não conseguiu, ou seja, acabar com o HGG ou pelo menos com sua proposta.
O HGG quando foi criado, trazia em seu bojo uma proposta inovadora e tendo como foco a humanização e a qualidade do atendimento prestado aos pacientes do setor público de saúde, por exemplo, era o único hospital que possuía solários ao lado das enfermarias e que agora vão ser ocupados por construções, obrigando aos pacientes (que no inicio eram chamados de clientes) a ficarem restritos ao leito. Além de ter sido equipado com a mais moderna tecnologia existente na área da saúde, que foi sucateada durante o governo Mocaiber. Tecnologia essa, que não era encontrada na maioria dos hospitais particulares de Campos.
Com a mudança de governo surgiu à esperança de se ver o retorno da qualidade da assistência prestada e o funcionamento do hospital em sua plena capacidade, mas infelizmente não foi isso que aconteceu. As medidas que estão sendo tomadas, até o momento, demonstram que o setor de internação do hospital vai virar um grande depósito de doentes, em que o que importa é a quantidade de pacientes internados e não a qualidade e a resolutividade da assistência prestada. Além de permanecer o sucateamento dos equipamentos dos setores de diagnostico.
Primeiro, o atual governo, acabou com o Programa de Internação Domiciliar (PID), que permitia retirar os pacientes (em sua maioria idosos) mais rapidamente do interior do hospital, continuando com o tratamento em casa. Evitando assim, o risco de adquirir uma infecção hospitalar, além de permitir o retorno do paciente ao convívio familiar mais rapidamente e a liberação do leito para outro paciente que necessite. É importante ressaltar que os pacientes que estavam sob regime de internação domiciliar, contavam com uma equipe composta por: médico, enfermeiro e técnicas de enfermagem, que os visitavam diariamente, além do hospital fornecer os medicamentos e os equipamentos médicos hospitalares necessários a sua assistência e ao seu conforto. Esse tipo de atendimento só tem similar na saúde privada, em que é conhecida como Home Car. E agora também terminam com o Programa Humanizar, que tinha por objetivo minimizar o sofrimento e a solidão do paciente internado, para criar um setor de pé diabético, na verdade, sem eufemismo, uma enfermaria para recuperação de amputados. Isso é uma vergonha, estão assumindo que a solução para o paciente diabético do SUS e a amputação. O tratamento do paciente diabético e a prevenção das conseqüências da doença têm de ser feito obrigatoriamente e preventivamente nos postos de saúde. Ao criar uma enfermaria desse tipo, o gestor público reconhece que foi incompetente na implantação e na gestão de políticas públicas, para evitar que se chegue ao extremo de mutilar uma pessoa. Por essas e por muitas outras questões, é lamentável ver como a saúde pública está sendo gerida em nosso município.
Gostaria de saber se algum parente desses Garotinhos da vida precisassem dos serviços desse matadouro que é o HGG, se o funcionamento dele seria dessa forma.
Isso é uma falta de respeito ao ser humano.
Esse hospital chegou aompontode enfrmeiras mandarem chamar acompanhantes para limpar vômitos dos pacientes. Isso é o fim PREFEITA.Entrrgue o seu cargo para pessoas competentes.
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