65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
sexta-feira, junho 19, 2009
Bacana o movimento dos estudantes ontem no centro de Campos
Embora o tema da Paz seja já muito batido para manifestações públicas, o movimento ontem ajuda a chamar a atenção de todos para o problema crescente da violência na região. Os índices são alarmantes e merecem reflexão e pressão por soluções.
Sobre o assunto e a passeata de ontem, o professor e assistente social, Renato Gonçalves escreveu ao blog com interessantes ponderações:
“Roberto,
Acabo de ler as notícias sobre a passeata convocada e promovida pela UJS acontecida ontem nas ruas do Centro.
Considero o tema pertinente e oportuno de ser questionado, porém discordo de uma das propostas que a matéria alega ser dos estudantes: o aumento do policiamento "ostensivo" como forma de diminuir a violência contra a juventude.
Não há nenhum trabalho ou pesquisa que ampare este tipo proposta, e ela é muito comum na grande mídia na boca da burguesia aflita pelos crimes contra o patrimônio, mas pouco interessada nas mortes dos jovens da periferia.
Para melhor formularmos propostas para juventude de Campos é fundamental lermos a pesquisa feita pela UFF que aponta o perfil socio-econômico e o retrato, por exemplo, do adolescente em conflito com a lei.
Neste contexto posso afirmar que educação de qualidade (buscando incluir todos aqueles que por qualquer dificuldade na aprendizagem abandonaram a escola) e a implantação de equipamentos públicos de lazer e formação nos bairros são mais eficazes no combate a violência que o policiamento "ostensivo" (bandeira tão estranha a juventude).
Um abraço,
Renato Gonçalves”.
Por fim, outra coisa, o movimento dos estudantes deve ser dos estudantes. É feio e oportunismo tentar tirar casquinha no movimento.
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2 comentários:
Olá Roberto e Renato. Na verdade o termo "policiamento ostensivo" foi uma interpretação da repórter que escreveu a matéria. O que a UJS defende é a ampliação do efetivo da PM, mais investimentos em segurança pública alinhado com políticas públicas de juventude que aproximem o jovem da sociedade. Hoje a juventude é excluída e pré-julgada como um "problema" por muitos, quando na verdade deveriam ser formulados instrumentos que a coloquem como a solução dos problemas atuais, visto que o jovem é o futuro da nossa nação e o principal instrumento de transformação da sociedade. Um importante exemplo de PPJ, que a UJS defende constantemente, é um programa de incentivo ao primeiro emprego, que dê oportunidade ao jovem de entrar no mercado de trabalho, fazendo assim com o que o jovem não se torne presa fácil para o mundo do tráfico e consequentemente para a criminalidade.
André Lacerda
Presidente da UJS
Viva a UJS!
Viva a maior Juventude da América Latina!
Viva os Grêmios Estudantis!
É a força dos estudantes de volta a CAMPOS!
Viva a todos que colaboraram!
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