65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
sábado, junho 20, 2009
Baixo movimento no Makro e Wall-Mart em Campos
É perceptível o baixo movimento nestes dois tradicionais supermercados recentemente instalados em Campos. Estacionamento sempre a menos de meia carga e com poucos caixas funcionando em seu interior. As famosas pesquisas de mercado encomendadas por estes dois gigantes do setor de supermercados que certamente foram feitas na praça devem estar sendo questionadas pela direção destes grupos. O fato pode esconder alguns “segredos” do mercado local. Coincidentemente, hoje, os jornais mostram a crise afetando e demitindo diretores da rede americana Wall-Mart.
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5 comentários:
Quem aguenta os preços do Makro?
O Wal-Mart, quando em promoção, e só, é uma boa.
Perdem para os locais, inclusive, pela oferta de prazos.
Como consumidor do Makro desde que o conheci, creio que falta à populaçao (nao so de Campos, como a que transita na BR 101 e cidades vizinhas) melhor informação do sistema Makro de trabalho.
Confesso que surpreendi-me quando da primeira vez que fui, como mero consumidor varejista: pagamento so em dinheiro ou com o cartao da casa; sem sacolas, caixas ou qualquer forma de atender o consumidor para levar suas compras; e mercadorias vendidas quase todas agrupadas em embalagens fechadas, para justificar a rede atacadista.
Entretanto, como sempre fiz as compras da casa em dinheiro vivo, senti-me atraído, pois certos preços eram absurdamente mais baixos: O arroz Sepé a 7,89 era bem mias barato que os 11,50 do SuperBom (que tem duas lojas proximas a minha casa); o Pomarolla, no SB era 2,39, quando o Makro vendia a 1,29; ate o papel higienico era absurdamente mais barato, levando-me a ganhar nao so na economia, como tambem na qualidade do q adquiria, haja visto que com o preço praticado la, eu compraria marca inferior aqui perto.
Ate óleo de automovel cheguei a pagar 8,90 no LUBRAX, que é vendido no posto BR a 16,50. Claro que tive que comprar sacolas de pano (ja me adaptando à nova tendencia de abolir as de plastico); caixas de transporte, etc. Mas a economia mensal minha chegou a R$ 70,00.
Acredito que, na verdade, falta uma adaptaçao da rede à regiao e da região à rede. Nossa populaçao nao era habituada ao sistema de trabalho deles e isso deve ter um periodo obvio de adequaçao.
ALIAS, voltando ao assunto das saídas do Shopping Estrada, a que leva ao Makro é HORROROSA. Poderia haver novo estudo de acesso para o local, garanto que facilitaria as compras e o aumento do interesse dos consumidores.
Roberto,
passo sempre em frente ao wal-Mart e, em diversos horários, acho seu estacionamento sempre cheio. Costumo até brincar que eles devem pagar aos donos daqueles carros para estacionar ali.
A variedade de produtos e o atendimento deles é imbatível. Quanto aos preços, não é diferente dos demais supermercados: Tem produtos em promoção, com bons preços e tem produtos com maior preço, mas em media são todos semelhantes.
O Macro,mesmo sendo uma rede de atacados, vale a pena conferir vários preços no varejo.
Não tenho a menor saudade do tempo do monopólio do Super-Bom.
Por acaso, ontem um domingo, com bela manhã ensolarada, resolvi dar uma volta pela cidade de carro e minha esposa aproveitou a oportunidade para fazer algumas compras para a semana. Durante a “volta” pela cidade, passei por vários Superbons, pelo ABC e pelo Wall-Mart e estive no MaKro e observei exatamente o oposto, os estacionamentos dos vários Superbons estavam relativamente vazios (acredito que seja devido ao numero de lojas no município, que distribui a clientela) e os do ABC e Wall-Mart relativamente cheios ( pelo menos 2/3 das vagas ocupadas) e o do MaKro, como o de sempre. Portanto não vi grandes mudanças no perfil desses estabelecimentos.
Concordo com praticamente todos os comentários postados, até o momento.
Quanto ao Makro o campista precisa entender a filosofia de trabalho dessa rede, que é uma rede atacadista e não varejista. Só vale apena comprar lá, se comprar um mínimo de produtos. E se fizer isso irá verificar que a economia é razoavel, mesmo para pequenos consumidores, como uma família, por exemplo, só que a compra deve ser estimada para pelo menos um mês.
Quanto Wall-Mart, Superbom e ABC são supermercados como outros quaisquer; que tem bons preços quando tem mercadorias em promoção e preços praticamente iguais quando as mercadorias não estão em promoção ( umas mais caras e outras mais baratas, dependendo do estoque e da estratégia da empresa).
Eu só acho que o Wall-Mart é mais completo, por ser praticamente uma loja de departamento com um supermercado em anexo (ou vice-versa). Seria interessante que a rede proprietária do ABC seguisse o mesmo caminho e implantasse na cidade um hipermercado Extra e que o Superbom transformasse a loja da BR, também em um Hipermercado. Assim todos nós consumidores sairíamos ganhando com a concorrência. Não esquecendo o Carrefour, que segundo dizem está procurando um ponto para se instalar na cidade.
Isso tudo está ocorrendo devido aos estudos de instituições sérias, que estimam para no máximo em 10 anos, a nossa cidade ultrapasse a casa de um milhão de habitantes, com uma forte presença da classe média assalariada, que será atraída pelo crescimento da indústria do petróleo, das atividades portuárias, industriais, comerciais, de serviços e de ensino, que estão previstas para se instalarem em nossa região. Além de ampliarem as atividades das empresas já existentes.
Não podemos esquecer que empresas multinacionais desse porte, só decidem investir em determinada região, após diversos e demorados estudos de viabilidade e estudos de demanda e perspectivas de crescimento em um prazo relativamente longo. Essas empresas não traçam estratégias de curto prazo.
É lógico que vários fatores externos, interferem nesses estudos e sempre tem um grau de risco que é inerente ao capitalismo.
Porém antes de tudo é de vital importância, que nós campistas acreditemos em nossa terra e no seu potencial e deixarmos de temer a concorrência externa e torcer pelo fracasso dos “alienígenas”. Está terra, tem espaço para todo mundo que queira crescer com a região, desde que não queira viver nas tetas do governo ou privilégios indevidos. Não esquecendo que temos de aprender a escolher melhor os nossos governantes, principalmente a nível municipal.
Aos quatro comentaristas da nota:
Execelentes, as observações, feitas por cada um de vocês, mesmo discordando de um ou outro enfoque ou mesmo de parte do diagnóstico, eu reformulo o teor da nota, baseada simplesmente numa observação superficial.
Não me incluo no rol daqueles que defendem ou vêem possibilidade de se fechar o município ou a região aos negócios empreendidos por pessoas de fora.
Isto não tem como sustentar e gera uma dependência ainda maior de ações do poder público, talvez a maior das nossas mazelas. Neste caso, a concorrência tende a ser saudável.
Ainda assim, deve-se levar em conta que a discrepância de renda na região é muito grande. A demanda por consumo, assim como em todo o país está muito ligada, felizmente, ao aumento do poder, embora pequeno, mas contínuo e crescente da base da nossa pirâmide social. A classe mais baixa está consumindo o que nunca consumiu. É pouco mais em número absoluto per capita, mas é muito em termos quantitativos da população.
Há exageros significativos, a meu juízo, em alguns cenários que vm sendo feito para Campos e região, ainda assim, em termos de planejamento público, há que se fazer muito mais. Políticas Públicas urgem em diversos setores.
Volando ao tema, como debatemos mais calçado em análises qualitativas eu sugiro, que possamos trazer ao debate algumas quantificações. O blogueiro não dispõe de tempo, mas quem o tiver poderia tentar obter informações de como estas duas redes estão vendo e sentindo o mercado local e sobre suas vendas comparadas às outras praças em que estão presentes.
O blog serve também para isso. Lançar uma questão para debate e ouvir as diversas opiniões.
Agradeço pelos comentários e sigamos em frente!
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