65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
terça-feira, junho 30, 2009
Em que pé está o “acordo” com os usineiros locais?
Desde julho do ano passado o governo federal está se esforçando para fazer com que 413 usinas de açúcar e álcool que hoje funcionam no Brasil assinem o compromisso de aperfeiçoar as condições de trabalho no cultivo da cana-de-açúcar. Neste período trabalhadores, governo e cerca de cem empresários discutiram melhorias nas condições de trabalho nas lavouras de cana-de-açúcar.
Segundo a informação do governo 303 das 413 usinas (73%) já garantiram o compromisso de cumprir os 18 pontos do acordo, entre eles, o de acabar com a contratação indireta de trabalhadores, eliminando o famoso “gato”, que opera a intermediação de mão-de-obra, além de estipular pausas para descanso com ginástica laboral e hidratação do trabalhador e também mudanças nos cálculos da produtividade.
Outros já previstos em lei com itens das normas de segurança do trabalho também estão sendo incorporadas neste acordo feito a partir de negociações com representantes do governo, usineiros e trabalhadores. É até bom distinguir, porque acordo nenhum pode substituir o que já prevê a legislação trabalhista em vigor.
O objetivo da medida é além de tornar mais humana, uma das atividades mais pesadas de trabalho é também o de tentar eliminar barreiras externas impostas por alguns países para a importação do etanol brasileiro.
O representante dos trabalhadores na negociação o presidente da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura) reclama que ainda não foi garantido a inclusão da alimentação do trabalhador com um direito e que muitos empresários do Estado de São Paulo (que produz cerca de 60% da cana-de-açúcar brasileira) não aderiram ao acordo.
Diante da notícia que circulou nos jornais de âmbito nacional na semana passada, resta perguntar quais das usinas instaladas em nossa região, já assumiram estes compromissos?
Para lembrar, na moagem deste ano só estão em atividade as usinas Sapucaia, Coagro, Paraíso e Santa Cruz, sendo que esta última, vem ano, após ano sendo denunciada por maus tratos aos trabalhadores terceirizados.
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Um comentário:
Professor e leitores: o que acham de conclamarmos o mercado consumidor a não usar produtos sem rastrear a origem ? já imaginaram anão adquirir açucar e alcool de usinas escravocratas ? ou o cidadão evitar adquirir pneus de empresarios envolvidoes em falcatruas ? consultas médicas, padarias, postos de combustivel, toda a econmia será afetada ou morreremos todos de fome, será ?
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