65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
sábado, junho 27, 2009
Morreu resistindo sair da Pelinca!
As informações e o sensível relato abaixo foram feitos pelo jovem universitário de Direito, Bruno Lindolfo, também nosso colaborador aqui no espaço do blog. Antônio não morreu atrapalhando o tráfego como o operário da música Construção de Chico Buarque, mas, “quase atrapalhando” o samba ao vivo dos insensíveis... que não se importam com os que mais não estão...
Assim vai prosseguindo a vida... Muitos não se dão conta de como a especulação imobiliária, o adensamento populacional vai mexendo com a vida não só da cidade, mas das pessoas.
Algumas se adaptam ao que vem de bom ou de ruim. Outros se acomodam e outros como Antônio resistem até onde é possível resistir. Não o conheci, mas passei a admirá-lo. E assim, aos poucos a vida vai transformando em sonho, os nossos desejos de ter uma cidade mais solidária, menos surreal, com características pós-modernas e de tamanha superficialidade. Vá com Deus Antônio!
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Um comentário:
A vida imita arte que imita a vida... Ou ANTÔNIO: uma ironia grega.
Muitos seguem um caminho tortuoso e precisam de ajuda para trilhar o caminho correto.
Alguns, por falta de oportunidade ou algum problema emocional, entram em depressão e aí começam a trilhar por caminhos ruins, que sem ajuda não conseguem achar a trilha normal que a maioria usa.
Por isso precisam de ajuda.
Mendigo não tem nome, não tem carteira de identidade nem parentes, é enterrado quando morre como indigente(“sem ninguém que chore a sua morte”), sem ninguém que reclame o seu cadáver, sem alguém que tenha coragem de dizer: “ Este é o meu irmão, parente, amigo”.
Mendigo vive sozinho e anda pelas ruas, olhado como um doente, de quem todos fogem por medo de contágio. É visto como ladrão disfarçado, vagabundo que gosta de não trabalhar e se aproveita de bondade de alguns ingênuos.
No Brasil, numa tentativa de abordar de forma mais politicamente correta a questão dos que vivem em carência material absoluta, criou-se a expressão "moradores de rua" para denominar este grupo social.
De Frente Pro Crime
(João Bosco)
Tá lá o corpo
Estendido no chão
Em vez de rosto uma foto
De um gol
Em vez de reza
Uma praga de alguém
E um silêncio
Servindo de amém...
O bar mais perto
Depressa lotou
Malandro junto
Com trabalhador
Um homem subiu
Na mesa do bar
E fez discurso
Prá vereador...
Veio o camelô
Vender!
Anel, cordão
Perfume barato
Baiana
Prá fazer
Pastel
E um bom churrasco
De gato
Quatro horas da manhã
Baixou o santo
Na porta bandeira
E a moçada resolveu
Parar, e então...
PS.:
Quem dava esmola falava:
- Amém.
A pessoas que recebiam respondiam:
-Amém digo eu. ( Daí MENDIGO.)
mendigo=amém digo eu.
O nome ANTÔNIO vem do latim; significa "inestimável",
"impagável"; em grego, significa "próspero".
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