65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
sábado, julho 04, 2009
O tempo, as mudanças e superficialidade dos dias atuais
É impressionante a velocidade das transformações no tempo em que vivemos. Normalmente, quanto mais focado nos assuntos do dia-a-dia, mais difícil é a nossa capacidade de enxergar a trajetória destas mudanças. Quem gosta de história há muito já percebeu que nada melhor que olhar para trás, para entender o que virá pela frente.
Foi assim, meio por acaso, que folheando uma destas revistas semanais, de abril de 2007 que me espantei como o mundo e também o nosso país mudaram. A revista parece estranha. Os assuntos parecem mais velhos do que o amarelado de apenas dois anos atrás.
Uma TV LCD de 32” custava R$ 3.999. Hoje um e-mail do Ponto Frio acabou de me informar que a mesma TV está sendo vendida por R$ 1.199. Era lógico e natural que os preços caíssem com a massificação das vendas, mas nunca poderia imaginar esta proporção. Com o valor de março do ano passado você agora compraria mais de 3 televisões e ainda teria um troco de R$ 400.
Não falo apenas de um item da economia. Olhando a revista sob outros pontos de vista, vê-se que ela é velha grafica e editorialmente falando. Por outro lado, felizmente há outro lado, há matérias e reportagens não "biodegradáveis". A capa e a matéria principal desta revista tratam do tema da educação. A reportagem chama atenção justamente para a necessidade de se adequar a educação aos tempos atuais.
Nesta matéria percebe-se que a revista, as opiniões e todas as sugestões são ainda novíssimas. Poderia ser reeditada sem necessidade de acréscimos ou retoques. Interessante isso, a comprovação da relatividade do tempo. Um assunto antigo para físicos e filósofos. Aliás, neste aspecto, a educação ainda pode ser como nos tempos passados, não há como aprender sem estudar.
Quem foi que defendeu mesmo a idea da relatividade do tempo? Quais são os seus principais pressupostos? Faça isso sem usar o Google e aí, nós poderemos identificar em que época você anda navegando nestes tempos malucos desta pós-modernidade superficial.
Se você é professor(a) está aí, uma boa forma de tratar um tema transversal (como gostam de falar os pedagogos) e importante como é o tempo, nos aspectos da física, da filosofia, da história, da matemática, da comunicação, linguagem, etc.
O blogueiro começou tratando de um tema e terminou em outro. Me desculpem, mas, a culpa disso é deste espaço do blog. Se por um lado, ele me permite acessar, compartilhar e enfrentar diferentes temas e discussões, por outro, suponho, que ele ande me fazendo ficar na superfície das coisas e fatos, tal qual, induz a pós-modernidade que eu tentava contestar...
Enfim, voltando à experiênca, proponho que você leitor aceite o desafio. Pegue também para ler uma revista de um ou dois anos atrás. Leia devagar e com o olhar de comparação com os dias de hoje. Feito isso olhe para frente e trace o cenário de como será em julho de 2011. Espero que ainda seja otimista, mas não garanto.
PS.: Correções feitas às 11:55.
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Um comentário:
O autor da Teoria da Relatividade, acredito que todos saibam que foi Albert Einstein. Ele dizia em sua teoria que, se fosse possível entrarmos numa nave espacial que viajasse à velocidade da luz numa viagem que duraria poucos meses por exemplo, quando os tripulantes retornassem à Terra, retornariam anos à frente daquele em que eles decolaram, retornatiam no futuro em verdade. Creio ser mais ou menos por aí o básico da teoria.
Acho interessante a proposição feita pelo professor, uma (re)leitura de periódicos, revistas antigas, mas nem tanto, feita de forma crítica, comparativamente com o nosso olhar atual e, fazermos um exercício de futurologia, é uma forma dectraçarmos um cenário dos próximos dois anos vindouros subsidiados por dados e informações que foram registradas anteriormente.
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