65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
terça-feira, junho 02, 2009
Profundidade onde provavelmente caiu o avião da Air France tem entre 6 e 8 mil metros de profundidade
Petrobras pode vir a ser chamada para ajudar na recuperação dos corpos e dos destroços do avião
Por volta das 5 e meia da manhã desta terça-feira um dos aviões da Força Aérea Brasileira que participam das buscas à aeronave da Air France que caiu no oceano Atlântico, encontrou objetos metálicos, uma poltrona de avião, pequenos pedaços de materiais brancos, um tambor, uma boia laranja e vestígios de óleo e querosene em dois pontos distintos, distantes 60 quilômetros um do outro, a cerca de 650 quilômetros a Nordeste da Ilha de Fernando de Noronha, perto das Ilhas de São Pedro e São Paulo.
O local se situa em terras brasileiras e por isso, as investigações deverão correr por conta do Brasil, embora com apoio de diversos outros países. A informação ainda carece de confirmação que só com a chegada de navios ao local poderá ser feita.
A profundidade do oceano neste local é de até 8 mil metros segundo especialistas em oceanografia. Acima de 300 metros de profundidade não há condições humanas para mergulho.
A Bacia de Campos só deslanchou na produção de petróleo na Bacia de Campos, quando desenvolveu tecnologias de movimentação, instalação e manutenção de equipamentos submarinos, válvulas, tubulações, etc. capazes de executar trabalho remotamente com auxílio de operadores de ROV (Veículos Operados Remotamente). Os ROVs ou VORs são robôs submarinos controlados à distância com uso de câmeras que passam a imagem para operadores que através de vídeos mandam comandos por joysticks (similares ao de vídeo-game) para intervenção no fundo do mar.
É provável que a Petrobras ou empresas que trabalham para a estatal brasileira na Bacia de Campos na execução destes serviços, sejam solicitadas a dar apoio na busca dos destroços e das vítimas do acidente da companhia francesa Air France.
Não será uma tarefa simples. Todos se lembram quando em 2001 afundou a plataforma P-36 na Bacia de Campos, que devido à explosão e às condições dos destroços, onze corpos dos trabalhadores da empresa ficaram presos no fundo do mar, junto à plataforma e não puderam ser resgatados pela empresa.
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2 comentários:
Caro Professor
A Petrobras pode até auxiliar na tentativa de resgatar os restos da aeronave e dos corpos dos passageiros mas, não creio que a ajuda poderá ser de muita valia, pelo simples fato de que a profundidade onde a P-36 afundou, gira em torno de 3 mil metros e a empresa não conseguiu sucesso no resgate, como conseguirá numa profundidade que oscila entre 6 a 8 mil metros?
Infelizmente, o túmulo para as vítimas desse lamentável desastre será mesmo as profundezas abissais.
Professor,
qual a profundidade máxima alcançada pelos "sinos" da Petrobras?
Lembro de uma reportagem muito antiga no Globo Reporter, onde mergulhadores precisavam se submeter a uma espécie de quarentena para entrar no "sino" e terem a pressão ajustada as condições do local onde eles necessitavam trabalhar.
Será que esses robôs terão condições de recolher destroços em local tão baixo?
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