65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
sábado, junho 27, 2009
Relato trágico e atual de uma filha num caso estarrecedor na Saúde Pública em Campos
O blog recebeu da professora Kátia Maria dos Santos Silva, também aluna concludente da licenciatura em Geografia do IFF, um relato detalhado e emocionado feito agora, no final desta manhã de sábado de um problema vivido nos corredores dos setores dos setores de Saúde do município de Campos com o seu próprio pai.
A riqueza de detalhes e o absurdo da situação têm que ter algum tipo de repercussão. Com certeza, ele não é único e nem pontual. Ele pode estar mostrando algo que também não é novo e nem apenas deste governo. Em meio a tantos recursos a saúde pública em Campos está gravemente enferma. Leia o relato e não tiremos dela apenas conclusões e a torcida e o desejo que o caso possa ainda ter um final feliz, mas que se possam ter ações rápidas, inclusive do MPE. Abaixo o relato da professora Katia:
“Brasileiro, aposentado, 77 anos, casado, pai de 9 filhos (7 mulheres e 2 homens), migrante nordestino, negro, analfabeto funcional, cego em conseqüência da evolução da diabetes (doença que lhe tem legado outras patologias). Este é o meu pai que há 20 dias encontra-se internado na enfermaria da clinica médica de um hospital público. Passou por um procedimento cirúrgico em caráter emergencial para retirada da vesícula.
Desde então precisava ser submetido a um exame de CPRE, (indicado para avaliação diagnóstica e tratamento das doenças como cálculos e tumores biliares, tumores e cistos pancreáticos, pancreatite crônica, doença crônica parenquimatosa do fígado e estenoses- estreitamentos inflamatórias ou pós-cirúrgicas das vias biliares.) cujo pedido foi solicitado a duas semanas, e por várias vezes refeito ao setor competente do hospital por mais de um dos médicos que diariamente relatam o quadro clinico dos pacientes da clínica.
Durante este período de espera o quadro clínico do meu pai agravou-se, ao ponto de apenas conseguir ingerir 3 tampinhas de água mineral. Nesta semana, por duas vezes, nos preparamos para sua remoção para Itaperuna e no dia seguinte para Bom Jesus do Itabapoana, onde o exame supostamente seria realizado. Mas as orientações e informações recebidas no hospital não se confirmavam.
Após muita pressão da família ao hospital e um e-mail (em forma de reclamações, ameaças de denúncias na mídia e na justiça, pedido de socorro a governantes e outras autoridades) enviado à ouvidoria do município, na quarta-feira 22/06, no horário da visita familiar, um médico apresentou-se, afirmando ter vindo de Bom Jesus para avaliar o meu pai e que na quinta feira entre 12:00 e 13:00 horas, o mesmo estaria sendo removido a outro hospital daqui de Campos mesmo, para fazer o exame, pois o meu pai não apresentava condições de ser removido para outra cidade.
No dia seguinte a remoção não aconteceu, pois o pagamento do exame não tinha sido liberado. Percorremos a sede do governo municipal, vários telefonemas foram dados por autoridades competentes ao hospital, a reportagem de um jornal da cidade entrevistou a família para possível publicação de uma matéria. Chegamos até a Delegacia, já havia possibilidade de ameaças em questão, quando por telefone mais uma vez fomos informadas de que o exame estava marcado para a sexta às 10:00.
Ontem chegamos ao local do exame aproximadamente ás 14:40, (na documentação do hospital o horário solicitado era de 14:00 horas) o pagamento do mesmo não havia sido realizado. Eu pessoalmente dirigi-me ao setor competente, paguei R$ 2.300.00. Meu pai foi encaminhado ao centro cirúrgico, após ter ficado aproximadamente 10 minutosaguardando dentro da ambulância. Fui à sede do governo, uma das autoridades do poder executivo estava no estacionamento, mostrei-lhe o xerox do recibo do pagamento realizado por mim.
O diretor do hospital público em questão, também se encontrava na sede municipal. Todos os envolvidos frente a frente, ali mesmo mais um telefona foi dado, e a informação recebida era de que quando o pagamento do hospital “entrou”, o médico já estava na metade do procedimento cirúrgico pago por mim. A autoridade em questão me disse: “então filhinha susta o seu cheque, já está tudo resolvido”. Eu prontamente lhe respondi, não. E para tal hospital o meu pai não vai voltar, pois já havia também solicitado sua internação após o exame.
No caminho entre Prefeitura e hospital, várias vezes estacionei para atender a chamada telefônica de minha irmã, que me passou as seguintes informações. 1ª- O médico disse que papai está muito fraco, e precisa de pelo menos dois dias para se fortalecer para depois ser reavaliado, e talvez vir a fazer o exame, e que não poderia “segurar essa bomba.”
2ª. Como havia também a solicitação de uma “Papilotomia endoscócipa”, disse ter realizado a mesma, explicou todos os procedimentos realizados e que precisavam ser seguidos, mas o que foi possível ele havia feito.
Neste ínterim, chega o diretor do hospital público e a curta distância ambos pareciam se desentender verbalmente. Ambos saíram e não mais voltaram ao centro cirúrgico. Uma funcionária devolveu o meu cheque e informou a minhas irmãs que o tal diretor havia pagado o exame com dinheiro, e que havia deixado a ordem para remoção do meu pai de volta após o exame.
Na saída do centro cirúrgico procuramos pelo hospital um médico disposto a fazer uma avaliação do nosso pai. Fomos aconselhadas a não mantê-lo internado ali, pois não havia nenhuma descrição documentada detalhando a situação completa do paciente sendo dificílimo um médico assumir um paciente em tais condições.
Cansadas, magoadas, revoltadas e tantas coisas a mais, acompanhamos a remoção de nosso pai de volta ao hospital publico, o seu nariz sangrava lentamente e ele reclamava de dor de cabeça. A última notícia de hoje manhã de sábado 27/06 foi passada agora por telefone à minha irmã que no momento está com ele, informando que o sangramento donariz não cessou e que sua barriga voltou a ficar assustadoramenteinchada e no momento ele vomita sangue.
Num imenso esforço para manter-me emocionalmente controlada e agir de forma racional, quero explicar que minha intenção é de tornar público este drama pessoal com as seguintes perguntas. Até quando? Quantas famílias irão passar dramas semelhantes e até pior do que este. Alguém pode nos ajudar? Meu pai vai mesmo morrer dentro deste “hospital”? O que podemos fazer?
Kátia”.
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18 comentários:
Estou arrepiada só de ler... é muito desmando e muita irresponsabilidade.
Profundamente indignado, diante de um relato detalhado de como REALMENTE É a qualidade da saúde na nossa cidade.
É dificil imaginar e aceitar os fatos descritos no post.
Será que as autoridades/funcionários da saúde não tem um mínimo de dever/solidariedade/copetência diriamós até um pouquinho de vergonha na cara para encaminhar devidamente esse ocorrido ?!
Tenho dúvidas se devemos ser mansos e ficar aguardando um bando de imcopetentes fazer alguma coisa ou se devemos partir para as vias de fato !
Aonde está a saúde de qualidade que a prefeita rosinha prometeu ?
Na verdade tudo nao passa de mentiras para ganhar eleição !!!
Mas com certeza os culpados serão recompensados na outra vida, pois o fato mais real das nossas existencias... é que todos deveremos prestar contas !
Cidadão revoltado.
Onde estão os defensores da Prefeita Marionete e seu palpiteiro? Estamos esperando eles aqui para dizerem que a culpa é do governo anterior, que não deu tempo de arrumar a prefeitura. Enquanto isto as obras repartidas entre os empreiteiros estão sendo feitas, em caráter emergencial.
Bicho Possuído
Ao terminar de ler o relato da professora Kátia Maria dos Santos Silva, meus olhos já se encontravam cheios de lágrimas, a voz embargada e uma revolta inexplicável.
O que dizer ou o que fazer, quando milhares de vidas estão nas mãos de meia dúzia de aproveitadores que usam a mídia para suas demagogias, enquanto a realidade é o que essa filha mesmo com toda dor e indignação, teve coragem e serenidade de relatar com detalhes a crueldade que seu pai está sofrendo pelo poder público.
Onde estão os vereadores que foram eleitos para fiscalizarem e cobrarem do executivo melhorias nos atendimentos, respeito aos cidadãos ao invés de ficarem posando para fotos e defendendo quem está condenando o povo a crueldade.
Vou parando por aqui, pois a revolta é gigantesca.
É revoltante. Já está na hora de dar um basta e culpar as malditas gestões anteriores. Só ficou faltando uma coisa: os nomes dos médicos, das autoridades e dos hospitais. Prefeita, abra seus olhos e enxergue o óbvio: a saúde continua não funcionando em Campos. As ruas estão esburacadas. O trânsito está caótico. A cidade está feia.A pobreza está crescente.
Soque a mesa. Não deixe que estranhos nomeados corroam seu governo.
Pense com a cabeça e o coração. Muita política atrapalha.
A cidade está largada mesmo...
É uma pena. Por mais (pelo menos menos)3 anos e meio continuará assim. E eu acho que a única mudança que conseguiremos é para pior...
Quando é que o povo de Campos vai se revoltar? Quando vamos deixar de ser conformados, estagnados, homens e mulheres samambaias... ficaremos plantados, vendo a banda passar?
O povo tinha que ir para as ruas, jogar sapatos na prefeita e seus políticos...
eu já estou juntando os meus...
Kátia, seu relato é a realidade do que está acontecendo no nosso município. Sugestão: PROCURE O JUDICIÁRIO PARA QUE CONSIGUA UMA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA, a fim de que seu pai tenha atendimento digno.
Fernando Torres.
A cidade vive em pleno caos e boa das autoridades nos fazem de bobos ! Uma desordem pública ! Rede de prostiuição na Lacerda sobrinho, próximo a 3 escolas ! Alberto Sampaio e praça da rodoviária dominada por deliquentes (muitos precisam de ajuda, ruas esburucadas, esquinas com grupinhos de 5 a 6 guardas muncipais de papo ! Que isso !? Chega, vamos reagir ! Reage Campos !!!
Não dá para acreditar que tamanha crueldade esteja acontecendo. Onde estão a solidariedade,amor ao próximo,profissionais capacitados e respeito um para com o outro. Será que vamos ter que esperar o pior acontecer para que vejamos a Srª Prefeita se pronunciar? Isso é a realidade do nosso município, tão rico? O pior é pensar na dor que esta família está vivendo. Ver que um chefe de família que pagou todos os seus impostos descentemente, não tem direito a um atendimento hospitalar no minimo digna..... REVOLTANTE! VAMOS ACORDAR ANTES QUE SEJA TARDE!!!!!!!!!
Com certeza fatos como esses nos deixa indignados. Antes de ficarmos metendo o "pau" na prefeita devemos pensar em nosso papel enquanto cidadão e que tipo de postura estamos tomando em relação aos descasos que ocorrem no País de forma geral. Do meu ponto de vista, penso que Kátia e sau família deveria interrogar a prefeita sobre a postura que a equipe do hospital está tomando em relação ao seu pai e paralelo a isto fazer uma denúncia ao Ministério Público e depois denunciar a todos os meios de comunicação todo odescaso do hospital inclusive com verificação se procede a informação que veio um médico do município vizinho para fazer a avaliação do paciente, pois o médico pode ser da cidade vizinha e trabalhar em Campos. Só conseguiremos fazer este País mudar se usarmos os veículos certos para lutarmos por nossos direitos. Falar do mal só dos governantes não muda a condução política de uma País. Katia denuncie ao MPE e depois divulgue sua denúncia em todos os meios de comunicação que você puder.
Paulo Oliveira
A desumanidade,o descaso,a ignorancia dos profissionais da area de saude ,juntamente com os politicos é revoltante.Ao ler esse depoimento de filhas desesperadas com a situação do pai vem de público mostrar a realidade nua e crua com que convivemos aqui e em todo o país,Onde já se viu um paciente entre a vida e a morte estar nas mãos de políticos até se agravar mais ainda o caso e a familia como fica?sabe o porque de tudo isto?não foi pessoa da familia deles,nem dos médicos nem dos politicos,pois se assim fosse iriam procurar socorro,na India,Malasia,em paises desenvolvidos e com o nosso dinheiro,isto mesmo dinheiro do povão que trabalha uma vida inteira pra ter como recompensa o descaso na velhice!!!Me sinto envergonhada e triste por ser uma cidadâ honesta que um dia poderá a vir passar por todo esse descaso.Revolta é o que causa lendo esse depoimento que estamos vendo aqui perto de todos nós.Vão a luta filhas,enquanto puderem lutar pela vida do pai de vcs.DIVULGUEM,GRITEM,PEÇAM SOCORRO,algum filho de Deus irá ouvil-as.
Descaso, descaso, descaso...
falta de amor ao próximo, falta de responsabilidade, falta de profissionalismo e acima de tudo, falta de Deus. Vivemos numa cidade "rica", porém pobre de compromisso, de responsabilidade,de recursos humanos...Continue, Katia, fazendo o seu papel de filha e de cidadã ciente dos seus direitos. Quem sabe que com isso, outros pacientes não venham passar por isso também.
A qualidade da saúde pública, está bem longe do desejavél para a nossa cidade.
A Sra Prefeita não procura resolver isso o mais rápido possível pois não precisa utilizar hospitais públicos para cuidar de sua saúde ou de seus familiares, e não adianta dizer que ainda está arrumando a casa, pois já se passaram 6 meses e na minha visão nada mudou.
Quantos filhos, irmãos serão necessários expor o seu sofrimento para que algo seja feito? As autoridades precisam primeiramente olhar para o povo, as necessidades e resolver o mais rápido possível, dinheiro a cidade tem, só faltam pessoas capacitadas e honestas para administrar todos os recursos que a cidade possue!!
Continuem lutando pelo seu pai, que alguma pessoa que ainda tenha amor no coração irá ajudar!!!
Deus abençõe vocês!!!
Estou aqui com meu coração apertado por ver filhos dedicados lutando pela vida de seu pai.
Enquanto isso as autoridades estão passeando viajando e gastando o dinheiro,que deveria esta sendo gasto em melhoria da saúde que está precária aqui em Campos.
Estou revoltada com essa situação,o que nossas autoridades estão esperando???
Que mais pessoas passem por essa humilhação??
E a nossa prefeita,o que está esperando??
Que mais filhos sofram com isso??
Que Deus tenha misericórdia e que Ele toque nos corações daqueles que podem ajudar de alguma forma!!!
Nunca desista de lutar pela vida pois ela é o maior bem que temos!!
Que Deus os abençoe e os fortaleça a cada dia!!!
Roberto, tomei a liberdade de copiar e colar no blog do Garotinho este relato da Sra. Kátia, esta barbaridade que estão fazendo com o seu pai e também a ela. O fiz para não dizerem depois que não sabiam, que não foram procurados, como se isso fosse necessário. Onde isso vai acabar, quando que teremos direito realmente a um atendimento dígno, respeitoso e acima de tudo humano. Votamos para mudar (particularmente eu) e exigimos que isso aconteça. Força colega Kátia e parabéns pela sua atitude para com o seu pai.
É ultrajante esta situação, diante de orçamento bilionário de nossa cidade, nos deparemos com o descaso, inoperância, desumanidade dos gestores públicos.
Prof. Kátia, estamos contigo nesta luta, mesmo indiretamente em compartilhar nossa indignação.
Pois o drama familiar que vives, faz-nos constatar e alertar do drama da saúde pública em Campos. quantos ainda terão que passar pelo opróbrio para atendimento humano nos hospitais públicos desta cidade.
Ou teremos que queimar pneus em frente destas instituiçôes para sermos atendidos na base da pressão (alusão ao protesto da rua Formosa próximo a Sorveteria Líder).
Ficamos estarrecidos com o caos na saúde pública que se alastra por todo o páis. Contudo, quando se trata de um município que possui recursos para minimizar o caos (e não importa se os royallties estão divididos ou não, o fato é que há recurso), a sensação é de que estamos sem o mínimo de cobertura dos nossos direitos sociais associados à ingerência de políticos que estão à frente de cargos de confiança na gestão pública. Um chefe de família que trabalhou a vida inteira, na sua velhice, quando precisa, ser submetido junto a sua família a todo esse cosntrangimento como se fosse um favor ser atendido no serviço público de saúde é realmente escandaloso e mostra o retrato não só da saúde, como de quaisquer outro setor público do município. A situação por si só já é extremamente desgastante para o paciente que é lúcido e tem consciência de tudo o que se passa, como para os parentes. Daqui em diante, será que todas as pessoas que não tem o chamado "conhecimento" dentro das instituições públicas de saúde do município, terão que recorrer a imprensa para só assim serem atendidas com dignidade dentro daquilo que lhe é devido por direito? Além das pessoas sofrerem em filas nos hospitais pra marcarem consultas, com um número mínimo de fichas para médicos, passarem por mais uma via crucis pra marcarem exames, onde tem q atravessar a cidade inteira se quiser tentar resolver a situação (sim, porque nem sempre conseguem - isso quando as máquinas não estão quebradas), constatamos com a publicação - denúncia - deste, que até quem precisa dentro dos hospitais da nossa cidade, tem que ficar de pires na mão,implorando a "boa vontade" desses "profissionais" que parecem estar mais preocupados em sua própria promoção em um cargo de destaque. Cargo de confiança hoje, não é nada mais que um out-door para as próximas eleições. Realmente o que depende do setor público está mergulhado no caos. Pois estas pessoas não se preocupam ou se compadecem nenhum pouco com o sofrimento alheio, apenas estão ali com meia dúzia de puxa-sacos fazendo do cargo trampolim politiqueiro. Todos os cidadãos que pagam impostos nesse país e pagam o salário desses políticos espalhados nos cargos públicos, tem que fazer o que esta família viu-se obrigada a fazer, gritando como último recurso pra todos ouvirem a realidade que se encontra por trás da fachada política que foi construída em nosso município nos últimos anos e cobrar deles atitude pra realmente fazerem jus aos cargos que ocupam. Essa "rotina" de destratar os usuários do serviço público, especialmente o de saúde, tem que acabar. Se todos em Campos reinvidicassem seus direitos e a população deixasse de ser pacífica ao extremo, a realidade seria outra. Parabéns a todos que tem coragem de denunciar e não ficar na mão desses políticos.
Ficamos estarrecidos com o caos na saúde pública que se alastra por todo o páis. Contudo, quando se trata de um município que possui recursos para minimizar o caos (e não importa se os royallties estão divididos ou não, o fato é que há recurso), a sensação é de que estamos sem o mínimo de cobertura dos nossos direitos sociais associados à ingerência de políticos que estão à frente de cargos de confiança na gestão pública. Um chefe de família que trabalhou a vida inteira, na sua velhice, quando precisa, ser submetido junto a sua família a todo esse cosntrangimento como se fosse um favor ser atendido no serviço público de saúde é realmente escandaloso e mostra o retrato não só da saúde, como de quaisquer outro setor público do município. A situação por si só já é extremamente desgastante para o paciente que é lúcido e tem consciência de tudo o que se passa, como para os parentes. Daqui em diante, será que todas as pessoas que não tem o chamado "conhecimento" dentro das instituições públicas de saúde do município, terão que recorrer a imprensa para só assim serem atendidas com dignidade dentro daquilo que lhe é devido por direito? Além das pessoas sofrerem em filas nos hospitais pra marcarem consultas, com um número mínimo de fichas para médicos, passarem por mais uma via crucis pra marcarem exames, onde tem q atravessar a cidade inteira se quiser tentar resolver a situação (sim, porque nem sempre conseguem - isso quando as máquinas não estão quebradas), constatamos com a publicação - denúncia - deste, que até quem precisa dentro dos hospitais da nossa cidade, tem que ficar de pires na mão,implorando a "boa vontade" desses "profissionais" que parecem estar mais preocupados em sua própria promoção em um cargo de destaque. Cargo de confiança hoje, não é nada mais que um out-door para as próximas eleições. Realmente o que depende do setor público está mergulhado no caos. Pois estas pessoas não se preocupam ou se compadecem nenhum pouco com o sofrimento alheio, apenas estão ali com meia dúzia de puxa-sacos fazendo do cargo trampolim politiqueiro. Todos os cidadãos que pagam impostos nesse país e pagam o salário desses políticos espalhados nos cargos públicos, tem que fazer o que esta família viu-se obrigada a fazer, gritando como último recurso pra todos ouvirem a realidade que se encontra por trás da fachada política que foi construída em nosso município nos últimos anos e cobrar deles atitude pra realmente fazerem jus aos cargos que ocupam. Essa "rotina" de destratar os usuários do serviço público, especialmente o de saúde, tem que acabar. Se todos em Campos reinvidicassem seus direitos e a população deixasse de ser pacífica ao extremo, a realidade seria outra. Parabéns a todos que tem coragem de denunciar e não ficar na mão desses políticos.
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