65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
quinta-feira, junho 04, 2009
Viva a convivência!
O blog sempre se alegra quando vê urbanistas defendendo a integração e as áreas de convivência social em nossas cidades. Nesta linha registramos a opinião do arquiteto Pedro Évora, hoje, na coluna Gente Boa, no jornal O Globo:
“Precisamos recuperar e inovar a qualidade do espaço público como lugar da integração social: as praças. A recente administração do Rio foi marcada pela construção de mini-cidades: a Cidade da Música, do Samba, das Crianças... São iniciativas isoladas. Não resolvem o problema da qualidade urbana. É preciso trabalhar em rede, conectar a cidade e não construir muros que fragmentam ainda mais”.
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Um comentário:
Sabe, Roberto, volta e meia, reflito um pouco sobre a relação, do brasileiro com o espaço público. É intrigante, o pouco caso que fazemos deste, que em tese deveria ser o tal espaço privilegiado da convivênca, da integração e do espraiamento.
Se observarmos o modo com que outro povos, como por exemplo, o europeu, aproveitam a rua, praças e calçadas, constataremos que a "rua" é também sua, uma extensão de seu espaço privado. Por isto, cuidam. Nela, as pessoas das diversas classes sociais, bem como, de todas as faixas etárias, namoram, lêem, ouvem música, conversam, pegam sol, fazem suas pequenas refeições e por aí vai.
Para nós brasileiros, com exceção da praia, a rua é um local de passagem, é o local do povão, não da elite, portanto, um espaço "menor". E isto tem sua raiz na nossa Cultura. Na valorização distorcida do privado sobre o público. Tá lá na nossa colonização, na apartação entre as classes.
Nos aqui não tivemos, as vilas do período medieval onde a praça era o grande pólo irradiador da vida citadina.
Não estou propondo aqui nenhum conformismo...é tão sómente desprentensioso e breve comentário.
Luciana Portinho
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