65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
quarta-feira, julho 22, 2009
8 horas até o Rio
Este tempo seria o suficiente quase para se cruzar o Atlântico e chegar à Europa de avião. Entre 7 e 8 horas foi o tempo gasto por quem saiu hoje cedo de Campos em direção ao Rio. Além do acidente entre três caminhões e um ônibus entre Campos e Macaé, um trecho em obras mais adiante, fez o martírio de milhares de pessoas nesta quarta-feira. (leia alguns nos comentários desta nota aqui)
É verdade que um acidente é uma anormalidade, mas, é inadmissível, que a operadora da rodovia Rio, a concessionária Auto Pista Fluminense, não tenha um plano de contingência/emergência mais eficiente. A rodovia vive um movimento crescente em termos de fluxo de veículos, especialmente caminhões, que já é superior a 50% do movimento total.
(Hoje em matéria na pag. A7 do jornal Monitor Campista a concessionária, Auto Pista Fluminense, e a PRF em matéria sobre acidente de colisão com animais, na rodovia, próximo à Guandu. na direção de Vitória, debatem sobre de quem é a responsabilidade da apreensão de animais na rodovia). Veja aqui.
Todos têm percebido que é muito grande o aumento do número de acidentes tanto ao norte quanto ao sul de Campos na rodovia. Há informações de que hoje o socorro levou mais de 30 minutos para chegar ao local do acidente. É indiscutível a necessidade de se priorizar a duplicação deste trecho entre Campos e Macaé.
Percebe-se que a concessionária tem feito movimentos na defesa desta proposta. O interesse não é exatamente a segurança do usuário e sim o aumento do valor do pedágio para fazer face à duplicação antecipada deste trecho que teria sido estimado, em cerca de R$ 150 milhões. O duro é pensar que tudo isto foi previsto... e... até lá, continuamos sofrendo e morrendo...
PS.: Atualizado às 23:11.
PS.: Atualizado às 23:58:
Dois reitores presos no engarrafamento da BR-101
Por conta do blog, os reitores da Uenf e do IFF descobriram que ambos ficaram retidos nesta quarta-feira, na BR-101, por conta do acidente e das obras da rodovia entre Campos e o Rio de Janeiro. Veja o depoimento dos dois:
Cibele Daher reitora do IFF:
“Roberto,
É impressionante como faz falta uma boa estrada que facilite o acesso às outras cidades do estado e que também seja segura. Infelizmente, apesar da privatização não é o que vemos com a BR 101. Precisamente hoje, quem saiu de Campos cedo ainda, pela manhã somente conseguiu chegar ao Rio de Janeiro às 04 horas da tarde. Além da retenção provocada pelo grave acidente em Caxeta, ainda enfrentamos uma retenção entre Rio Bonito e Itaboraí, e, levamos duas horas e meia para andar três quilômetros. É impressionante o descaso, pois não havia sequer um aviso, uma sinalização, ajudando aos motoristas entenderem o que estava acontecendo ou avisando ao usuário que o atraso seria tão grande. Fiz a minha parte, como usuária e reclamei pelo serviço 0800 da Auto Pista Fluminense, que me deu um número de protocolo pela reclamação e justificou com uma obra, que não chegamos a ver. Eu, apesar de ter saído de casa às 8 horas da manhã, perdi meu avião marcado para sair do galeão às 15:50, hora em que cheguei ao Rio de Janeiro. O pior de tudo porém, não é o prejuízo material, mas o prejuízo humano, pois o estresse que se vive com a falta de segurança e com a falta de planejamento da manutenção da rodovia acaba muitas vezes provocando acidentes, em que muitas vidas são ceifadas.Cibele Daher Botelho Monteiro”.
Almy Junior reitor da Uenf:
“Prezado Roberto,
Hoje saí às 6:00 e cheguei ao Rio às 14:00 h. Os atrasos me trouxeram dificuldades em reuniões no Rio e consequências negativas em nosso trabalho em prol da Uenf e, consequentemente, da região.
Passei pelo mesmo problema da Cibele e, mais uma vez, sem respostas. Está cada vez mais complicado. É cada vez mais grave o problema e, pelo jeito, vamos ter, os gestores da Unidades em Campos que precisam está constantemente no Rio ou em Brasília, de gastar mais tempo ou ficar mais tempo fora daqui.
Sinceramente, não sei como um grande empreendimento pode acontecer em Campos com tais condições de logística. O aeroporto ainda não se viabilizou..
Parabens pelo blog,
Almy Junior”.
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4 comentários:
Prof. Semelhante aconteceu hoje com a nossa caravana de Peregrinos quando cruzava a fronteira de Egito para Israel. Foram de 4 horas de espera as nossas mulheres foram liberadas e os homens ficaram em espera mais de 3 horas. A Auto pista aqui passar fome.
Sds alvi-anis
Marcos Barcelos
TO Pleno Petrobras.
A Team está operando 2 voos
diários de Campos para o Rio.
Às 10:32 ( voo direto ) e às
16:26 ( com escala em Macaé ). No
primeiro em 50 minutos você está
no Rio e no segundo, por causa da
escala em Macaé, em pouco mais de uma hora. É verdade que o avião não é lá essas coisas, más é melhor do que ficar por 8 horas preso numa estrada! E a passagem
não está tão cara, pode ser com-
prada por R$225,00.
Pô Marcelo,
Que momento mais indevido para fazer propaganda, heim?
Pode ser uma oportunidade, mas, a falta de bom senso dá nojo. Desculpe, mas não tinha como não falar.
Um acidente com essa proporção até que a pista foi libararada num tempo razoável. Bato na mesma tecla: Pq ninguem comenta que o motorista do Caminhão, que trabalha horas e horas, a base de remédios, e ainda cometendo diversas infrações na rodovia? Um motorista desse, que colidiu lateralmente com outros dois caminhões antes de bater de frente com outro caminhão só não causou trajédia maior pq o motorista do 1001 parou o bus em, tempo hábil. Eu estava lá e a primeira viatura da concessionária chegou com menos de 15 minutos e a ambulancia em menos de 20. A estrada melhoru bastante e a duplicação só temos a ganhar com a concessão.
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