segunda-feira, julho 06, 2009

Canais, coincidências e necessidades na Baixada Campista

A região de Santos-Guarujá que abriga um porto há mais de 100 anos é também uma baixada, a Baixada Santista. A região no entorno do Açu é conhecida como a nossa Baixada Campista. O nosso conterrâneo, famoso engenheiro sanitarista, Saturnino de Brito, nascido nestas bandas, em 1864 foi o responsável pelos projetos de canais, saneamento básico e urbanismo, no final do século XIX, início do XX, na Baixada Santista, assim como fez também em Vitória, Recife, Campinas, Ribeirão Preto, Pelotas, etc. Com todos os projetos logísticos e industriais previstos para a Baixada Campista, centrada em dois portos, um aeroporto, uma usina termelétrica e uma siderúrgica, entre outros que surgirão como decorrência destes, não há como não considerar urgente e prioritário, a elaboração de um trabalho sério e profundo de saneamento básico com a rápida projeção de canais para aquela região. Fora disso, teremos problemas ainda mais graves como que pode ser considerado, no contexto até como simples, adensamento populacional. Passados 80 anos da morte de Saturnino Brito, a sua terra mãe sente como nunca a sua falta!

4 comentários:

Carlos Faria disse...

Aproveito a oportunidade de seu comentário, para reafirmar que infelizmente após a extinção do DNOS em 1990, o que se tem visto em Campos é uma desatenção total com a malhas de canais existente não só na Baixada, mas em todo o município. Ações tem sido aplicada constantemente por sucessivos governos, sem critério técnico, sem plano de metas e gerenciamento. Todos investimentos feitos na região no passado, no presente, se perdem a cada dia, face as desconexões de conhecimento profundo do funcionamento do sistema hidráulico, como você citou que teve inicio pelo grande especialista Saturnino de Brito. Vale ressaltar que o avanço e o crescimento industrial da Baixada com conseqüente crescimento urbano e populacional das comunidades rurais, varias interferências serão relizadas, mas com certeza durante estes anos, não presenciamos até agora nenhum planejamento que atendam este setor específico, de forma a se evitar problemas futuro. Por isto tenho que alertar que uma reversão ao passado poderá existir sim. Poderemos ter em breve a evolução de doenças endêmicas, inundações de locais produtivos, o que já vem ocorrendo. Milhares de hectares de terra serão inundadas sem contar com o risco de salinização do solo, com perda de sua capacidade agricultável. Perde o Município, perde o Estado e perde a economia regional. Este assunto neste instante não só deve ser tratado como problema econômico, mas já como problema de saúde pública. Com a palavra as autoridades que olhar com mais atenção esta situação lamentável em que chegou um dos maiores complexo hídrico artificial do país, onde, com o advento da irrigação e hoje com o avanço industrial poderia ser o grande suporte para abastecimento sustentável de água para mover esta maquina de geração de emprego que possuímos. Faz-se necessário colocar este assunto em debate público e se promover uma fiscalização maior, pois li que em breve será injetado milhões de reais para dragagem de canais. Será que os levantamentos topográficos já foram feitos para tais serviços ? Será que as normas técnicas implantadas no passado e hoje atualizadas conforme os manuais de dragagem do DNOS estão sendo seguidos ?
Será que já foram feitos levantamentos de capacidade de atendimento na região com equipamentos adequados para execução de serviços, para que não possamos presenciar a redradragagem de canais sendo realizadas com retro-escavadeira de pneu ou pequenas escavadeiras, num total desrespeito as normas da engenharia hidráulica com retirada apenas de vegetação flutuante ou sobrenadante (aguapés e outras), garantindo visualmente um resultado pratico mas de nenhuma eficiência hidráulica. Com a palavra as autoridades competentes. Parabéns Roberto por ter tocado neste assunto de tamanha importância para Campos e região.
Carlos Faria - Engenheiro Civil
Ex- Residente do DNOS

Anônimo disse...

Naum temos o basico e toda essa tecnologia vai se implantar em meio ao caos? Os poderes publicos tanto sanjoanense qto campista ficam se amarrando p/ fornecer atencaum basica na saude e na educacaum e se gabam com esses feitos, isso significa q cada vez mais a populacaum local ficarah oprimida, sofrida, dexada de lado. Em SJB a prefeitura implantou curso de Mandarim, mas a populacaum naum sabe nem o Portugues, a educacaum de lah apresenta baixos indices, a quem esse povo quer enganar e onde querem chegar? Ao CAOS?

Anônimo disse...

A viabilização desses empreendimentos envolvendo o Porto do Açu e Barrado Furado, bem como o desenvolvimento de suas retroáreas, dependedem, para um pleno funcionamento, da duplicação da Rodovia Campos Farol e da BR 101

Roberto Moraes disse...

Neste aspecto das vias de acesso para uma completa articulação de uma modal de transportes (porto, rodovias e ferrovia) além da BR-101 e Campos-Farol, a BR-356 também deveria ser suplicada no trecho Campos-SJB.

Neste caso poderia se tentar aproveitar os serviços de recuperação que já foram aprovados.

Sds.