65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
quarta-feira, julho 15, 2009
“A territorialidade in(visível) dos bailes funk em Campos”
Quem tratou do assunto foi o astuto jornalista e agora colega de trabalho no IFF, Antônio Fernando Nunes aqui no seu blog “Fotoatenta”. A temática dos bailes funk foi assunto de uma monografia de conclusão de curso do formando no curso de licenciatura em Geografia, Almir Gonçalves de Souza Jr. cuja defesa acontecerá hoje, no auditório Reginaldo Rangel (Multimídia) do IFF (ex-Cefet), às 16 horas.
A orientação do trabalho é do professor Linovaldo M. Lemos do IFF, doutor em Geografia pela UFRJ, que será o coordenador da banca de avaliação que terá ainda as presenças das professoras e mestras repectivamente em Geografia e Socilogogia, Rita Nonato Melo e Dircea Branco Menezes.
Um excelente assunto, apresentando a questão em nosso município, exatamente no momento em que o novo comendo da Polícia Militar do nosso estado divulga a intenção de proibir bailes funk em áreas perigosas.
Antônio Fernando que além de jornalista é aluno do curso de Geografia do IFF, além de lembrar a oportunidade de tema da monografia escreveu em seu blog sobre o assunto:
“Durante meses o estudante conviveu com jovens de comunidades faveladas para estudar o fenômeno. Lá pelas tantas um jovem do tráfico perguntou se o pesquisador não tinha medo de morrer. Além de estudar os aspectos culturais e geográficos, ele entrevistou pessoas das comunidades, organizadores de bailes e também traficantes.
Acostumados a acompanhar a vida dessas comunidades com a intermediação da polícia, nós da imprensa temos uma boa oportunidade de dar também um mergulho nesse rico universo. Na geografia aprende-se que uma paisagem, para ser verdadeiramente conhecida, exige mais que sensibilidade do olhar.
É preciso saber chegar, conhecer o que há por trás das aparências, a forma como as coisas se relacionam. O grande geógrafo Milton Santos usa como metáfora a prática de remover camadas de paredes até chegar àquela da tinta original. É assim que se desvenda a paisagem.
Quanto aos territórios, marcados por relações de poder, há nesse caso específico das comunidades muito o que desvendar. Vale lembrar problemas recentes, como a briga de grupos rivais da Baleeira e Tira Gosto, em eventos cívicos na frente da prefeitura de Campos. Isso tem a ver com a territorialidade, representada pela ação de determinados grupos numa fração de espaço”.
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