65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
quarta-feira, agosto 19, 2009
"Futebolês"
Sensacional a crítica que o colunista do jornal O Globo, Fernando Calazans, fez em seu texto publicado hoje. Muitos o tem como ácido, antipático, mal humorado, prepotente, etc. talvez, pela força que seus textos apresentam contra a mediocridade e farsatez presentes em gente que vive no meio esportivo, especialmente no futebol.
Tenho-o como um independente (seria isto possível?) comentarista sobre as coisas do nosso futebol. Respeito-o e admiro pela simplicidade e objetividade do seu texto, que não tenta reproduzir uma erudição que imagino que tenha, desde quando, o vi sair de uma livraria no Rio, com cinco ou seis livros de uma única tacada, num final de semana esticado com feriado, o que passou a ideia de grande disposição para a leitura.
Deixando os elogios de lado, coisa que o próprio Calazans, sempre foi econômico, imagino que até para não vulgarizá-lo, quando se faz por merecer, volto ao tema principal da coluna. Lá, ele critica o que chamou de "vocabulário futebolês" que acaba sendo repetido por muita gente, inclusive da própria impresa, a partir do que falam os técnicos, supervisores, coordenadores, gerentes, jogadores e "quejandos" (rs,rs).
Calazans desfilou por lá um rosário de expressões que todos nós já ouvimos, e muitas vezes repetimos, ao comentar sobre o esporte preferido em nosso Brasil: "encaixar... não encaixou o jogo; defesas expostas e não desguarnecidas, ou desprotegidas ou abertas; focar o jogo, focado, "foca e... outros bichos que equilibram a bola do futebol no fucinho"...
Por final Calazans é cruel com o Fluminense ao provocar, sobre o comentário que gerou o tema da crônica, de que estaria faltando atitude aos jogadores tricolores dizendo: "deve ser por isso, por excesso de cabeças - e não por falta de "atitude", por falta de jogador "diferenciado" ou por falta de "foco" - que o time do Fluminense, com sua defesa "exposta" não está "encaixando". Fecha o pano porque agora no Morumbi o outro tricolor vai "encaixando" mais uma derrota no balaio do time das Laranjeiras.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Pois é Roberto, o recado foi dado.
Dá o recado quem pode... e obedece quem tem juízo... ou é humilde... senão... Haja micos, não?
olha a palavrinha: deest
Bom! Destes o recado... rsrs
Professor, estamos falando do futebolês dos técnicos porque o futeboles dos jogadores já deu o que tinha que dar.
É até com muita tranquilidade que recebi a noticia de que, desde o Pan2007, a imprensa do Rio nao pode entrar no gramado para fazer entrevistas nos jogos da primeira divisao (nao sei se extendeu-se às outras divisoes a determinaçao, o que acho dificil). Afinal de contas, o que se ouve, seja do grosso zagueiro dono da camisa 3, ao "ponta esquerda" camisa 11:
"O professor pediu pra "mim" jogar serio, repetir o trabalho feito durante a semana e... (nesse momento, coça-se a cabeça, invariavelmente) lutar os 90 'minuto' em busca dos 3 ponto".
É daí pra pior. Mas se ouvir 10, 11 serão iguais. Exceções fazem como o ex-atacante Caio (outrora São Paulo, Inter de Milao, Flamengo e Flu) que com um mínimo de cultura viram comentaristas (ainda aos 35 anos) porque deve ser duro ouvir isso todo dia.
NOTA FINAL: O senhor sabia que Vanderlei Luxemburgo irá disputar as eleições de 2010 (ééé... ano q vem) como candidato a Senador por Tocantins?
Postar um comentário