Ainda sobre a cooperativa de costureiras em Santo Eduardo

O blog recebeu do Lenilson Werneck de Santo Eduardo, um e-mail colocando pontos importantes que esclarecem e ao mesmo tempo, permitem, um debate mais qualificado sobre o empreendimento previsto para este distrito da região norte-fluminense. Algumas informações me agradaram outras trouxeram preocupações. A pprincipal decorre da informação: “a produção seria para uma Empresa canadense que se instalou em Campos recentemente, de nome Dorel, que inclusive, dará o treinamento e comprará toda a produção das costureiras”. Não é um bom indicativo a constituição de uma cooperativa com o objetivo único de ser fornecedora para um único cliente, no caso a empresa canadense citada. Isto não é recomendável sob o ponto de vista dos negócios, porque se a empresa acaba a cooperativa vai pelo mesmo caminho. De outra forma, o Ministério Público do Trabalho tem sido atuante e questiona sempre o fato de uma empresa indiretamente criar esta situação (montagem de uma cooperativa), ao invés de decidir pela contratação direta destas profissionais (as costureiras). Enfim, bom que estas informações venham às claras, o debate aconteça e as oportunidades sejam aproveitadas, sem que a população corra os riscos de ser enganada. Por tudo isso, as informações e o detalhamento trazido pelo blogueiro atuante de Santo Eduardo, Lenilson Werneck merecem ser analisadas: “Caro Roberto... Humildemente lhe digo que Santo Eduardo e Santa Maria não estão disputando uma cooperativa de costureiras, não é exatamente assim que o assunto tem que ser colocado professor. Sugiro que leia uma postagem que fiz em meu Blog sobre o assunto, no dia 3, quinta-feira, com o título: Cooperativa de costureiras: mais uma reunião em Santo Eduardo, e veja as explicações que as autoridades de Campos deram sobre o caso. No mais, quando você pergunta sobre o por que e para quem a produção seria empreendida, anteriormente, já expliquei para todos da minha região, numa outra postagem, que a produção seria para uma Empresa canadense que se instalou em Campos recentemente, de nome Dorel, que inclusive, dará o treinamento e comprará toda a produção das costureiras. Uma dúvida: quando você afirma que conhece mais exemplos de pequenos e caseiros negócios de produção, tipo de fundo de quintal, mais em Santa Maria do que em Santo Eduardo você está sugerindo que Santo Eduardo esteja precisando mais da intervenção do poder público para a adequação destas cooperativas de trabalho, já que em Santa Maria existem mais pessoas inseridas nestes tipos de projetos e consequentemente teriam menos urgência de assistência? Confesso que não entendi muito bem esta colocação,mas acredito mediante o que já ouvi sobre o caso, acredito que a Secretaria fez a coisa certa, se desvinculando de burocracias e adequando o projeto num lugar cedido de um particular. Outro detalhe: Algumas pessoas de Santa Maria e de Santo Eduardo têm usado o espaço de comentários do Blog de Paulo Rocha para ressuscitar uma antiga rixa entre os dois lugares, o que não é nada interessante e nada tem a ver com a realidade dos nossos dias tão globalizados. A mentalidade tem que ser diferente hoje em dia, caso contrário, quem sempre perderá será o povo, que sempre ficou refém das minorias dominantes. O convívio entre as pessoas dos dois distritos nunca foi tão harmonioso como hoje, professor, e este fato da cooperativa não pode servir de estímulo para que antigos hábitos, venham à tona neste momento, visto que a cooperativa tem por objetivo atender às costureiras de Santo Eduardo, Santa Maria, Espírito Santinho e até costureiras da localidade de Ponte do Itabapoana, no Espírito Santo, que praticamente é junto de Santo Eduardo, que estiverem interessadas em aderir ao projeto. A ótica aqui na minha região, é a de sempre procurar unir forças, de sempre procurar somar, e luto por isso, apesar de existirem pessoas que não pensam e não agem assim aqui e ainda são estimuladas para que isso não venha a acontecer. Grande abraço! Lenilson Werneck”.