segunda-feira, setembro 14, 2009

Eike pode trocar controle da LLX e MMX pela Vale

Da edição da Revista IstoÉ Dinheiro desta semana, em matéria dos jornalistas Leonardo Attuch e Luciana de Oliveira: “Ele já é o homem mais rico do Brasil, sonha em ter a maior fortuna global e agora quer a Vale. Mas antes precisa combinar com os adversários e melhorar os resultados das suas próprias empresas”. “No dia 2 de Setembro, o presidente Lula foi ao rio de Janeiro participar de uma solenidade de distribuição de diplomas a alunos carentes. Depois disso, teve uma reunião reservada com o governador Sérgio Cabral e com seu vice, Luiz Fernando de souza, o pezão, no hotel Windsor, na barra da tijuca. No encontro, Cabral falou de sucessão estadual, mas avançou num tema explosivo: a transferência do controle da Vale, maior empresa privada nacional, das mãos da Bradespar, que é do Bradesco, ao empresário Eike batista, dono do grupo EBX e homem mais rico do país. “O governo tem alguma restrição?”, perguntou Cabral. Lula respondeu que não. Disse até que via com bons olhos a operação. Um negócio com implicações políticas, pois os maiores acionistas da Valepar, que controla a Vale, são a previ, fundo de pensão dos funcionários do banco do brasil, e o BNDES. Dias depois, esse início de conversa vazou, obrigando o presidente da Vale, Roger Agnelli, indicado pelo Bradesco, a marcar uma audiência com o presidente Lula. Em brasília, na terça-feira 8, ele se surpreendeu ao encontrar na reunião o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, um dos acionistas, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que tem influência direta no banco do brasil, patrocinadora da Previ”. "Apesar das pressões, Agnelli listou os investimentos que a Vale está realizando no País – US$ 9 bilhões ao todo – e disse ainda que o Bradesco está satisfeito com seu investimento na mineradora. Portanto, o banco não está disposto a vendê-la. “o Eike tentou arrombar a porta”, disse à DINHEIRO um diretor do banco". "O não do Bradesco deveria, em tese, fechar as portas da Vale para a investida de Eike. Mas a história não chegou ao fim. O dono do grupo EBX já fez uma oferta de R$ 9 bilhões pelas ações da Bradespar e estuda aumentá-la. “Eike é Eike”, disse à DINHEIRO uma pessoa próxima ao empresário. É dado a missões impossíveis e tem uma ambição ilimitada. Vendendo ações de empresas pré-operacionais, ele conseguiu se transformar no homem mais rico do Brasil, com um patrimônio estimado em US$ 20 bilhões. Depois, anunciou publicamente que teria a maior fortuna do mundo, ultrapassando nomes como Bill Gates e Warren Buffett. E agora quer ter uma posição no bloco de controle da Vale, uma empresa avaliada em mais de R$ 190 bilhões. Um sonho, à primeira vista, impossível, mas que ganhou uma janela de oportunidade depois que o governo federal começou a demonstrar, de forma explícita, insatisfação com a gestão de Agnelli na Vale". “Na operação idealizada pelo empresário não seria feita uma compra direta da mineradora, mas sim da Bradespar, a empresa de participações do Bradesco que está no bloco de controle da Vale. A oferta foi levada por Eike aos dois homens fortes do Bradesco, Lázaro Brandão e Luiz Carlos Trabucco Cappi, no dia 26 de agosto, quando o dono da EBX veio a São Paulo e se hospedou no Hotel Unique. A aproximação foi costurada pelo governador Sérgio Cabral e também pelos banqueiros André Esteves e Antônio Carlos porto Filho, o totó, da BTG. Ex-BCN, totó mantém boas relações com o Bradesco. O dinheiro para a compra viria de um eventual IPO da EBX, que reuniria todos os ativos de Eike. E, para estruturar o negócio, ele chegou a contratar vários bancos de investimento, como o Itaú BBA e o Credit Suisse. Eike criou ainda um discurso sob medida para os sonhos estatizantes do governo: o de que poderia se candidatar a uma vaga no conselho de administração, abrindo espaço para uma gestão mais compartilhada com os fundos de pensão e o BNDES, que possuem mais de 60% das ações de controle, mas, na privatização, cederam a gestão à Bradespar, que tem 17,5% – o outro sócio relevante, com 15%, é a trading japonesa Mitsui. “Na prática, o Eike seria a cara privada de uma reestatização branca”, disse à DINHEIRO um alto dirigente do PT. Em contrapartida, o dono da EBX venderia à Vale suas principais empresas, como a mineradora MMX, o porto LLX e, eventualmente, até a petrolífera OGX. “Eike poderia assim monetizar seus investimentos”, disse Victor Mizusaki, da Itaú Securities, num relatório distribuído a clientes. Coincidência ou não, na terça-feira 8, as ações da Bradespar dispararam, subindo 10%, assim como os papéis de quase todas as empresas de Eike”. “Nesse desenho, alguns interesses seriam atendidos. O dono da EBX conseguiria migrar de um mundo ainda virtual, com negócios que hoje existem mais no papel do que na realidade, para uma posição relevante na maior empresa privada do País. O governo, por sua vez, teria voz de comando na companhia. Mas, para o Bradesco, a única vantagem seria se ver livre das pressões do governo. No comando do PT, uma ideia que já se discute abertamente é a nomeação de Sérgio rosa, chefe da previ, para a presidência executiva da Vale em abril de 2010, quando termina seu segundo mandato à frente do fundo de pensão. “O Estado deverá exercer mais poder dentro da Vale por meio da previ, do BNDES e dos outros fundos”, adiantou à DINHEIRO o ex-senador José Eduardo Dutra, que é o favorito na disputa para ser o próximo presidente nacional do PT”.

5 comentários:

Anônimo disse...

Eike Batista acusado da prática de especulação de mercado

O Ministério Público Federal deverá investigar denúncia de que o empresário Eike Batista praticou especulação de mercado na transação da venda da MMX para a empresa multinacional Anglo American. A denúncia foi feita por meio de depoimento na Procuradoria da República no Estado do Amapá pelo microempresário de comunicação Jorge Afonso Ramos. A declaração do denunciante foi protocolada às 15h20min do último dia 22 de janeiro. Segundo disse o microempresário ao Ministério Público Federal, a especulação de mercado praticada por Eike Batista é caracterizada, entre outros pontos, no fato da Anglo American possuir escritório em São Paulo e de o empresário fazer parte como membro do Conselho Deliberativo.

“Quer dizer, o senhor Eike Batista vendeu a MMX para ele mesmo”, interpretou Jorge Afonso, acrescentando ser inaceitável a transação com uma multinacional com sede na África do Sul, depois de seis meses da instalação do projeto de extração de ferro em Pedra Branca do Amapari, com investimento de US$ 55 milhões, conforme declarado pela MMX. Jorge lembrou ainda que o projeto de ferro em Pedra Branca foi concebido para execução durante 20 anos e não passam seis meses a MMX é vendida pelo preço estratosférico de US$ 5,5 bilhões. “Esse senhor não pode simplesmente se implantar aqui, tirar uma riqueza do Estado e passá-la para as mãos de uma empresa do outro lado do oceano”, desabafou o denunciante, alertando que a Anglo American jamais poderia explorar o ferro amapaense se não tivesse a intermediação do empresário Eike Batista.

FONTE: www.videversus.com.br

Anônimo disse...

Aí eu pergunto:

o que tem sérgio cabral, um dos governadores mais medíocres que este estado já teve, que se intrometer neste assunto?? Ele não entende nada nada de nada. Seria bom que ele começasse a governar este estado estagnado.

O olho que tudo vê disse...

Amigos do Blog:

A fórmula é muito simples de ser entendida e portanto, dispensa romantismos com relação à pessoa do empreiteiro "visinário" e benfeitor:

Empresário = Lucro + prestígio político.

Assim sendo, os interesses megalomaníacos do empresário não condizem com os interesses do povo.

Tenho dito!

Anônimo disse...

aí prof roberto achei no youtube uma visão diferente da nossa campos

http://www.youtube.com/watch?v=bWETxL8OBfc

abrço

Anônimo disse...

Concordo plenamente com olho q tudo vê!