quarta-feira, setembro 09, 2009

Autopista Fluminense confirma estudo para mudança de traçado no contorno da BR-101 em Campos

Considerando os questionamentos e as informações a respeito da concessão da principal rodovia que corta nossa região, a BR-101, o blog ouviu a Assessoria de Comunicação da empresa Autopista Fluminense. Muitas dúvidas e preocupações ainda permanecem, mesmo após esta entrevista, mas, como a concessionária se colocou à disposição, o blog voltará a indagar a empresa sobre questões inconclusas. O blog espera ainda que nossos leitores possam fazer novas indagações a serem respondidas pela empresa, mesmo no espaço dos comentários desta. Eis a entrevista: Blog: Depois de um ano que a Autopista Fluminense S.A. assumiu a concessão da BR-101, quais são os números da circulação média de veículos na rodovia? Qual é o percentual de caminhões e de carros de passeio? Autopista Fluminense: Cerca de 70 mil veículos por dia, conforme cálculo realizado para a formulação da proposta para o leilão da rodovia. O percentual de veículos na rodovia BR-101: Leves: 75% (carros e Motocicletas) Pesados: 25% (ônibus e caminhões com mais de dois eixos) Blog: O contrato de concessão prevê prazos para a execução de serviços. Quais são os que a concessionária considera adiantados ou atrasados? Autopista Fluminense: A concessionária está cumprindo o que determina o cronograma de obras, de acordo com o contrato de concessão assinado com o governo federal em 14 de Fevereiro de 2008. Blog: O nº de acidentes fatais na rodovia ainda é muito alto. Sabe-se que o problema está, tanto na forma de condução do veículo por parte dos motoristas, quanto no excesso de tráfego e nos problemas da rodovia. O que a concessionária ainda planeja sobre a questão? Autopista Fluminense: Segundo dados da PRF, o número de óbitos ocorridos em 2007 (último ano antes do inicio da concessão) comparado ao mesmo período de janeiro a agosto de 2009 já revela uma redução de 28% no número de óbitos na rodovia. O número ainda é alto, mas a meta é reduzir ainda mais esse número. A concessionária espera que com as obras de duplicação da rodovia e o projeto de sinalização, em conjunto com a fiscalização feita pela Polícia Rodoviária Federal, com o controle de velocidade dos veículos e a conscientização dos próprios usuários por uma direção mais segura, contribuirão muito para a redução significativa nos acidentes com óbitos ao longo da BR-101. Blog: Sobre o contorno de Campos: o traçado inicial previsto no contrato seria na altura de Ibitioca saindo no Km-13 antes do distrito de Travessão. Há informações de que este traçado poderia ser alterado, passando na área urbana de Campos, com a construção de uma ponte na altura da localidade de Martins Lage. Esta informação procede? O que há de concreto ou em estudo sobre isto? Fale mais sobre este estudos e sobre a as negociações com a ANTT. Autopista Fluminense: De acordo com o PER (Programa de exploração da Rodovia), o traçado do Contorno de Campos começaria no km 55 (próximo ao entroncamento com RJ-224 para Travessão) e iria até o km 84 (região de Ibitioca) pelo lado oeste da rodovia, com 23 km em pista simples. Por solicitação dos representantes da região, visto o enorme desenvolvimento econômico do lado leste do município de Campos dos Goytacazes (ex. Porto do Açu), a concessionária está desenvolvendo um projeto de acordo com as alterações solicitadas. O projeto terá que ser aprovado pela ANTT para que se altere o previsto no PER. Blog: O custo desta mudança e da antecipação do prazo para a duplicação do trecho entre Campos e Macaé levará um aumento extra do pedágio? Autopista Fluminense: Não há definição nesse sentido, até porque ainda está em fase de projeto. Ressaltamos que somente a Agencia Nacional de Transportes Terrestres, ANTT, pode efetuar qualquer alteração no cronograma de obras, visto que esta é a responsável pela regulação do contrato de concessão firmado com o Governo Federal em 14 de fevereiro de 2008. Blog: Se tudo for viabilizado e atendido, quando se poderá ter a duplicação completa entre Campos e o Rio de Janeiro? Autopista Fluminense: Esta definição depende da ANTT. Blog: Em termos de negócio a Autopista Fluminense pode dizer que a concessão da BR-101 foi uma boa aposta para a OHL? Autopista Fluminense: Sim. Blog: Como a concessionária vê a possibilidade de representantes dos municípios e da sociedade civil instituir um Conselho de Usuários deste trecho de 320 Km da rodovia? Autopista Fluminense: A organização da sociedade é sempre benéfica a todos os setores, pois é a forma de se estabelecer diálogo com todas as partes e de propor uma agenda positiva para o bem geral. PS.: Atualizado às 18:56: título anterior da nota "Entrevista com assessor da Autopista Fluminense sobre a concessão da BR-101" alterado para o atual.

8 comentários:

Anônimo disse...

Pelo contrato de concessão, o trecho entre Itaboraí e Rio Dourado deve ser duplicado em três anos.
Já se passaram, aproximadamente, um ano e meio com o contrato de concessão em vigor e as obras nem começaram. Será possível duplicar esse trecho em um ano e meio? Não querem admitir, mas tudo indica que o cronograma de duplicação não será cumprido.

E aí ANTT? Não está vendo isso?

Anônimo disse...

A mudança de traçado original previsto pelo desenvolvimento que está ocorrendo em nossa regiao devido a construção do Porto Açu e Porto Presidente Kenedy,um novo roteiro já foi definido, com passagem pela estrada do contorno, construção da ponte em Martins Lage ligando a margem esquerda do Rio Paraiba até E.S.
Isso já foi informado no Jornal O Diário,desde a primeira quinzena de agosto, pela jornalista e colunista Lalinha Paes, em recente encontro em Macaé,com assessor da Auto Pista Fluminense.

Luis Henrique Pantera disse...

Pago com prazer o Pedágio. Ou vocês não lembram como era abandonada essa estrada. Ainda contamos com o serviço de guincho, ambulancia... Antes,. qualquer buraco, ou dano na rodovia ficava meses exposto, muitas vezes era coberto por barro. Hj em 24h esses reparos são feitos. Ainda vem a duplicação da rodovia e esse tal contorno de Campos que pelo visto vai tirar o trafego da rodovia do centro de Campos. É aguardar as decisões. Tudo no seu tempo!!! Acho que só teremos a ganhar com a concessão. Reclamar de pedágio a R$2,50 não dá. Queria ver se vcs utilizassem a Rio Teresópolis, com pedágio a R$ 9,00. A estrada é ótima, mas não é duplicada... E aí?! Acredito que muitos que hoje criticam a concessão, um dia irão falar muito bem da BR-101. Acredito nesse programa de concessões, vide as estradas de São Paulo, Dutra, Ponte, Bandeirantes, etc.

Anônimo disse...

Parabéns pelo Blog Roberto. O melhor da cidade. Imperdivel.

Anônimo disse...

A rodovia tem que ser duplicada imediatamente, em toda a sua extensão!

Só assim o pagamento do pedágio valerá integralmente o que se paga. O resto é paliativo.

O traçado é antigo, muitas vezes fatal! Não comporta o tráfego atual! Filas imensas sem condições de ultrapassagens seguras.

Que se antecipe imediatamente o cronograma de duplicação! Que o Governo viabilize os empréstimos, se necessários, pois foi ele quem errou em fazer a concessão sem a determinação imediata da duplicação. Errou com o estabelecimento do atual cronograma de duplicação. Muita gente ainda vai morrer nessa estrada.

Vários acidentes ainda ocorrem porque o trecho não é duplicado!

E as viagens estão levando cada vez mais tempo.

Alguns acidentes interrompem as pistas por várias horas. Já houve caso de a viagem Campos / Rio levar mais de 7 (SETE!!!) horas!!!

Anônimo disse...

Discordo do comentário acima em que diz: "Vários acidentes ainda ocorrem porque o trecho não é duplicado!"

Vários acidentes ainda ocorrem pela falta de educação de muitos dos motoristas que trafegam diariamente pela BR-101. Eu mesmo já fui ultrapassado pelo acostamento por um carro, que "seguramente" trafegava a uns 120-130km/h, colocando em risco todos a sua volta, inclusive pedestres q utilizam a BR para se locomover.


Vou ficar só nesse exemplo, pois quem trafega diariamente na BR-101, não só pelo trecho que corta a cidade de Campos, sabe do que estou falando. É muito fácil dizer que tudo é culpa da duplicação. A fiscalização por parte da policia tb tem que existir, no controle de velocidade do veículo e no controle de carga que os caminhões transportam diariamente aqui na rodovia.

Será que alguem fiscaliza o coitado do caminhoneiro que se entope de Rebite para ter que entregar a carga em pouco tempo para poder fazre mais viagens e assim ganhar mais?

São observações que eu, como usuário, dessa rodovia e de outras mais pelo estado do RJ faço uso constante.

Dá pena em andar por rodovias administradas pelo Governo do Estado do Rj. Quem já pegou a estrada Pádua - Pirapetinga - Além Paraíba sabe do que estou falando. O trecho Fluminense é ruim demais, mas o mineiro consegue ser ainda pior.

É só trafegar pela BR-393 (tambem privatizada - acho que pela ACIONNA ou ACCIONA) que já se percebe as mudanças...

Anônimo disse...

A duplicação não importa?

Basta comparar o trecho que está duplicado(do Rio a Itaboraí, onde o volume de tráfego é ainda maior) com o trecho que não é duplicado.

A quantidade e a gravidade do acidentes no trecho não duplicado é muito maior.

É claro que as imprudências ocorrerem. Isso é no Brasil todo. Tem que ser coibido. E mesmo assim, em trechos duplicados, quando ocorrerem acidentes eles costumam ser de menor gravidade. Se um "rebitado" perde o controle do seu veículo, num trecho duplicado, não necessáriamente ele invadirá a pista em sentido contrário, atingindo inocentes. Só para ficar nesse exemplo.

Em trechos duplicados, quando ocorrem acidentes, não se interrompe a pista por tanto tempo.

E é claro, óbvio e evidente que em rodovias duplicadas o fluxo de veículos flui muito melhor, fazendo com que as viagens durem o tempo necessário. E não como é hoje a BR-101 Norte, um grandessíssimo gargalo.

Anônimo disse...

Como se não bastassem os desníveis e buracos no acostamento, os da própria pista, a falta de sinalização, o não início nem da duplicação, nem do contorno, a falta de veículos para apreensão de animais em Campos entre outros, hj eu vi uma cena no mínimo retrô (me lembra a época do DNIT): o pixe frio que estavam tapando os buracos (que por si só já é errado) foi levado em sacos plasticos e batidos com o próprio pé do funcionário.
ANTT, tá ficando feio pra vcs!!!