sábado, setembro 12, 2009

OAB e CNM, além do TSE, contestam posse dos suplentes de vereadores

A posição de que a Emenda Constitucional, aprovada em primeira votação, na Câmara Federal, só valerá para a próxima legislatura foi reforçada ontem, pelo presidente nacional da OAB, Cezar Britto que disse: “Se alguma câmara de vereadores insistir em dar posse a suplentes, a entidade entrará com uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF): — Se a interpretação dada pelas câmaras de vereadores for a de que a lei retroage, vamos entrar no STF com uma Adin. Uma lei poderia dizer que não pode mais haver vereadores no país, e eles perderem, imediatamente, seus mandatos? Não. Se não pode mais, não pode menos”. O presidente do TSE já havia manifestado sua opinião contrária ao aumento de vaga ser retroativa. A novidade foi a posição do presidente da Confederação Nacional dos Municípios Paulo Ziulkoski que disse não acreditar em posse dos suplentes: “Não é uma opinião pessoal, analiso à luz do entendimento do TSE. E a fala do ministro reforça essa linha. Além disso, caberá às leis orgânicas dos municípios a definição sobre o número de vereadores. Podem mudar o número, manter e, se convocarem os suplentes, certamente o Ministério Público vai recorrer. Vai acabar no STF”. Com o fortalecimento deste entendimento é difícil acreditar na posse dos suplentes, mesmo após a aprovação da Emenda em 2º turno na Câmara Federal e sanção presidencial.

2 comentários:

xacal disse...

Don Roberto,

Esse debate promete, e como em todo debate, a despeito de alguns quererem vender "impressões tecnicistas", ou códigos de juridiquês, os interesses e crenças mediam os argumentos...

Veja o caso da Oab, que silencia em questões graves, mesmo nesse tópico: como a manifestação de um ministro do tse que depois decidirá a matéria em sede constitucional...Nenhuma fala da oab...que se apequena cada dia mais...

O argumento do ilustre presidente dessa entidade é um primor de mau caratismo: o princípio comezinho de direito: "quem pode mais, pode menos", foi distorcido e manipulado, descaradamente...

Pois veja: coloca a questão de "encerrar mandatos" na mesma proporção da ampliação da representação popular, que será o efeito dessa emenda, como se fossem medidas de mesma natureza..

Que se diga novamente: a emenda não cria novas vagas...ela restitui vagas que foram ceifadas por um a interpretação errada do coeficiente eleitoral...

Anônimo disse...

Ao inves de se meter nessas questoes, os ilustres ministros do STF deveriam julgar os crimes do Maluf que vao prescrever e cujos processos foram recebidos desde 2007.

O Brasil vive um momento critico de judicializacao do poder legislativo. Os ministros do STF sao indicados pelo presidente da republica e muitas vezes as condutas sao claramente associadas a quem foi o padrinho.