Ponte x Casa Terra

O blog recebeu este texto com críticas e sugestões do Leonel Carneiro: "Elefante branco" "Nos meus afazeres diários precisei ir ao centro da cidade e fiz opção pelo itinerário Av. 28 de março à Av. XV de Novembro pela beira valão. No trecho próximo à rodoviária Roberto Silveira começou um engarrafamento que consumiu bons minutos de quem dele precisava. Pude observar que várias infrações são cometidas por pessoas que nela trafegam, mas o que me chamou mais atenção foi o gargalo quando cruzei a Ten.Cel. Cardoso (Formosa), e me vi diante de um amontoado de ônibus seguindo em fila na direção do abrigo de passageiro, que hoje se encontra cheio devido ao estímulo pela passagem de R$1,00, descarga de caminhão pela lateral do mercado municipal, dezenas de vans de transporte alternativo e guardas municipais tentando sem sucesso organizar a saída de carros de uma agulha que minimiza a distância de quem vem de Guarus pela ponte Rosinha Garotinho (não sei se pode homenagear vivo) e quer ir para o centro, não se esquecendo dos carros que vem da Formosa e querem pega-la. Agora pasmem, pouquíssimos carros subiam a ponte. Numa análise grotesca, tento entender o porquê de tão pouco movimento e tanto incômodo esta ponte causa, podendo ser considerado um “elefante branco”. Observando apenas a margem direita: 1- A ponte sobrepõe duas avenidas de suma importância que poderiam irrigá-la, uma a Avenida XV de Novembro e a outra Avenida Alberto Torres. 2- Sua cabeceira veio buscar em metade da Rua Formosa, beira valão, e pedaços da Av. Pelinca e da 28 de março a sua fonte de abastecimento. 3- Há um achatamento considerável da Avenida Helion Povoa, nas imediações do parque Alberto Sampaio que foi em parte destruído. 4- O centro da cidade, onde tem uma aglomeração de bancos, comercio, igrejas e serviços, ficou sem condição de irrigá-la, pois os motoristas fazem opção pelas pontes laterais, além do mais a Rua Formosa em sentido contrário não favorece. 5- Agressão à beleza daquele lugar, poderíamos ter uma ponte com lindo designer, valorizando as belezas naturais. 6- Do outro lado, onde recebemos os motoristas vindo de Guarus, temos também um afunilamento considerável, descida da ponte, descida da Helion Póvoa e saída de ônibus de suas baias, um verdadeiro caos. 7- Ao se projetar esta ponte deduzo que não houve um estudo sobre o impacto que ela causaria à vizinhança. Conclusão: antes de pensar numa demolição da Casa Terra, patrimônio representativo para a cidade, vamos procurar atenuar um pouco o erro cometido na construção dessa questionável ponte, aí sim numa visão de benefício para a cidade. Uma solução que poderia trazer um resultado significativo diz respeito ao mercado municipal. Existem dois estudos na PMCG que poderiam ser usados, que são: 1- A construção de um novo mercado municipal, onde teria instalações modernas e amplos estacionamentos bem adequados ao século XXI, que devolveria o prazer de fazer feira. Essas instalações seriam feitas na própria Avenida Visconde do Rio Branco, na direção da Avenida Princesa Isabel. Seria colocado ônibus que levariam passageiros da rodoviária Roberto Silveira e do terminal Luis Carlos Prestes (centro) direto para o novo mercado. No antigo mercado seria feita uma grande reforma transformando-o num shopping cultural. 2- A feira seria deslocada para onde hoje está o shopping Michel Haddad (camelódromo), que iria para um terreno próximo, na mesma Rua Barão de Amazonas e, onde hoje estão as bancas haveria um amplo estacionamento. A peixaria seria instalada com câmaras frigoríficos, em local oposto ao atual, onde haveria também uma área destinada à carga e descarga de mercadorias. Também haveria a reforma geral do prédio, valorizando a sua arquitetura.Alguma providência tem que ser tomada, aquela área precisa ser organizada. Se a gestora atual conseguir executá-la terá, a meu ver, prestado um grande serviço à nossa cidade. Leonel Carneiro".