65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
segunda-feira, outubro 19, 2009
Complexo do Açu na Época desta semana
Numa matéria de três páginas cujo título é "Uma troca vantajosa - O Ministério Público investiga como a empresa de Eike Batista se tornou credora do Estado do Rio". Abaixo um trecho do meio da matéria que pode ser lida na íntegra aqui neste portal de assunto jurídicos:
Além de comandar a instalação do complexo industrial na nova área cedida pelo governo, o grupo de Eike ainda pode receber indenização pela fatia que virou reserva ambiental.
O chefe da Casa Civil do governo do Rio, Régis Fichtner, justifica a compensação ao grupo de Eike. ?Nós o prejudicamos com essa declaração de interesse ambiental. É impossível para um privado realizar 2 mil compras de terrenos. Bastaria dois ou três não venderem que ele não conseguiria a área inteira?, diz Fichtner. ?Ele (Eike) comprou, mas estamos desapropriando outra área para servir de polo industrial. O Estado assumirá esse ônus?, afirma o secretário do Desenvolvimento Industrial do Rio, Júlio Bueno.
O grupo empresarial comandado por Eike confirmou a ÉPOCA que a área desapropriada pelo governo para fazer uma reserva ecológica faz parte dos planos para o Porto Açu e o polo industrial. ?Essa área foi adquirida numa transação imobiliária com um proprietário particular. É uma área que fazia parte de nosso plano de negócio de alguma forma, mas passou a interessar à agenda ambiental do governo. Estamos aguardando uma manifestação oficial?, afirmou em comunicado o grupo EBX. ?Imaginamos que seremos tratados como qualquer particular que teve uma terra desapropriada. Acreditamos que temos direito a um valor, mas ainda não se falou disso.? De acordo com o grupo EBX, a nova área desapropriada pelo governo para abrigar o complexo industrial não seria uma compensação pela área desapropriada para a reserva ambiental.
O Porto Açu é um misto de terminal marítimo e complexo industrial. Além do investimento de US$ 1,6 bilhão para construir o terminal, o projeto vai exigir também mais US$ 4 bilhões para a construção de uma usina termelétrica a carvão, com capacidade para gerar 2.100 megawatts. As obras no Açu começaram em 2007. A previsão é que o porto comece a funcionar em 2012. A área próxima deverá abrigar ainda duas siderúrgicas, duas cimenteiras e um polo metal-mecânico. Na semana passada, a LLX comunicou a seus acionistas e ao mercado que a MPX Energia S.A., empresa de geração de energia do grupo EBX, recebeu do Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro a licença de instalação para a termelétrica."
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8 comentários:
Será que estou enganada? Não seria esse trabalho ambiental uma compensação pelo desequilíbrio ambiental do empreendimento?
O governo está sendo pouco parcimonioso, ou impressão?
O cinismo sarcástico do grupo liderado pelo mega-empreendedor Eike Batista está diretamente ligado a interesses eleitorais e eleitoreiros, tão claro como luz do sol que não falha a cada dia.
Muitos, o acham como um benfeitor, preocupado apenas com o progresso regioal, mas a volúpia empresarial exacerba as "boas intenções" do grupo empresarial "samaritano"
Tais questões, revelam somente o vilanismo empresarial coronelista tão enraizado na cultura política de nosso País, quanto a ética e a moral estão para aqueles que são heterogêneos ao jogo do poder.
Cabe ao Ministério Público investigar tais relações.
Tenho dito!
Caro don Roberto,
o "buraco" pode e, é bem provável que seja bem mais embaixo...
o "modus operandi" de eike é similar(estranha coincidência, não?)ao de um sócio seu, o famoso daniel dantas...
esse, lá na capital do Estado, também, de forma estranha, adquiriu imóveis que sabia que seriam "desapropriados", de acordo com a revista Carta Capital...
como todos sabem, esses imóveis tendem a perder valor com a avaliação dos governos, e com a demora no pagamento...
no RJ, aconteceu tudo ao contrário: Daniel Dantas comprou, e pasme, em um mês já embolsara o valor pago, com algum ágio...
se não bastasse essa "incrível rapidez" há outras "estranhezas", sob alvo dos deputados da oposição e do MP: proprietários de salas no mesmo prédio desapropriado não receberam, e até agora discutem os valores fixados pelo mesmo governo estadual, para esse, bem abaixo do que recebeu "dd"...
a desconfiança, suscitada pela matéria e pelos que apuram os fatos, é que o governo estadual ajudou, na verdade, a "dd" a lavar dinheiro de operações fraudulentas...
bem, será que por aqui, também teremos essas "coincidências"...?
um abraço...
É os outros foram mais incisivos, não estou enganada mesmo...rs
Eike e cia. soh enganam os ignorantes...tudo politicagem da grossa...aiai...
19.10.09
Link permanente Uruguai: um laptop por criança
por Rafael Cabral , Seção: Internet, Cultura digital às 17:35:21 .
Lembra da ação One Laptop Per Child? Criado pelo fundador do Medialab do Massachusetts Institute Institute, Nicholas Negroponte, o projetou desenvolveu o Laptop XO, vendido a baixo custo (US$100) com o objetivo de melhorar o desempenho escolar de crianças pobres. No Brasil, o governo Lula chegou a declarar que compraria lotes dos computadores, mas a iniciativa acabou não decolando.
Se o projeto por aqui acabou não se concretizando, diversos outros países apostaram nele como uma forma de democratizar o acesso à Internet -inclusive aqui na América Latina. O Uruguai, por exemplo, comprou a ideia da fundação (e também 300 mil unidades do Laptop XO). A primeira leva de estudantes recebeu os dispositivos ainda em 2007, mas só agora o ciclo se fechou: todo estudante de primeiro grau no Uruguai agora é dono de um dos laptops do One Lap Top Per Child.
Flickr @ Oso - Crianças uruguaias
Falar em desenvolvimento,como está a situação da construção do aeroporto que a Petrobrás iria construir em Farol de São Thomé? Se souber de alguma novidade, favor comentar. Obrigado
Pelo jeito, acho que futuramente, Farol de São Thomé tomará o mesmo rumo de São João da Barra e irá "separar-se" oficialmente de Campos, com sua emancipação.
As "tentações" do desenvolvimento e dos Royalties são grandes demais e poderão alavancar essa possibilidade.
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