65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
sexta-feira, outubro 02, 2009
Dessalinização da água vai se viabilizando economicamente
Para o blog uma boa e agradável surpresa, a informação de que a dessalinização da água do mar já se tornou viável economicamente. Hoje, com a nova tecnologia das membranas também chamada de "osmose inversa", que filtra a água ao invés de evaporá-la, passou a ser usada mais amplamente com a viabilidade de seus custos, em torno de US$ 0,80/m³.
O preço ainda pode parecer alto, porém, em São Paulo o custo de tratamento de água em algumas cidades é de R$ 0,90/m³. A empresa espanhola OHL, a mesma que é a concessionária da BR-101, na região, já opera 25 unidades de dessalinização na Espanha, duas na Argélia, duas no Chile e uma no México e, segundo reprsentantes da empresa, novos projetos estão sendo negociados na Índia, na China e no Brasil.
A OHL aqui no Brasil está pensando em propor o projeto para cidades do Nordeste e em Florianópolis, onde na temporada de verão há grave falta de água tratada. Os representantes da empresa dizem que com um custo de R$ 1,40/m³, a dessalinização começa tornar-se competitiva em regiões onde o acesso a água de qualidade está ficando difícil.
As informações acima constam de uma matéria do jornalista, Fernando Teixeira que foi veiculada ontem no jornal Valor Econômico.
A desssalinização da água já é utilizada aqui pertinho da gente, nas plataformas de petróleo na Bacia de Campos. O blogueiro não saberia informar a tecnologia lá usada, mas, provavelmente ainda é por destilação, que tem um custo, segundo a reportagem de US$ 5,00/m³.
Sobre o investidor a matéria também informa que o grupo empresarial espanhol já possui um braço ambiental, a OHL Ambiental que trata destes empreendimentos. Com isso, a OHL estaria planejando ampliar os 140 milhões de euros de faturamento que a empresa tem no Brasil, cerca de 15% do total de seus negócios em todo o mundo, para 50%, num prazo de cinco anos.
Apesar dos interesses comerciais envolvidos, a notícia da viabilização deste uso reduzem assim as preocupações com as limitações dos recursos hídricos hoje existentes, em prol da humanidade, já que 97% de toda a água do planeta é salgada.
Porém, não se deve deixar de considerar que o uso indiscriminado deste recurso precisa ter os impactos ambientais avaliados. De toda a sorte, mais uma vez, o uso da ciência e da tecnologia trazem boas expectativas para a humanidade.
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2 comentários:
Boas notícias, Roberto!
As plataformas da bacia de campos utilizam a tecnologia de osmose reversa, ou inversa como publica o blog, desde 1988 nas unidades de pargo, carapeba e vermelho. Lá a dessalinização é a opção economica mais barata.
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