65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
quarta-feira, outubro 07, 2009
Grupo EBX em Barra do Furado
Este blog já havia comentado em nota aqui de 16 de maio de 2008 e aqui em nota de 27 de março de 2009 sobre a possibilidade do grupo EBX do Eike investir no estaleiro de Barra do Furado. A última tentativa descartada pelo receio de ter problemas com o licenciamento ambiental, que passaria ser mais complexo e de difícil obtenção pela já ampla intervenção no Complexo do Açu, que assim, definitivamente se ligariam.
O grupo decidiu na ocasião em montar o estaleiro, numa área de 1,3 milhão m² no município de Biguaçu, a 28 quilômetros de Florianópolis. O investimento anunciado foi de US$ 600 milhões com o objetivo de construir entre 8 e 10 plataformas, em atendimento à demanda de equipamentos para perfuração e produção de petróleo nos campos adquiridos em leilão da ANP na Bacia de Campos e de Santos, até o ano 2018.
O retorno do interesse em Barra do Furado certamente está ligado à concretização do acordo comercial fechado pelo grupo EBX com a siderúrgica chinesa Wuhan Iron & Steel (Wisco) no Complexo do Açu. (Relembre o anúncion na China clicando aqui). Acompanhemos
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3 comentários:
Oi Roberto, nesse caso específico de investimento da EBX em Barra do Furado (noticiado no O Globo de hoje na coluna da Flávia Oliveira) parece ser de fundamental importância a resolução da drenagem com recursos públicos da ordem de R$ 50 milhões. Os prefeitos de Quissamã e Campos irão inclusive se encontrar com a Dilma para viabilizar isso. O pano de fundo do dilema sócio-ambiental parace ser sempre: como superar a estagnação econômica regional sem degradar irreversivelmente o meio-ambiente e as condições de existência das populações. Em recente tese de mestrado defendida no IFF, sobre o caso dos impactos sócio-ambientais da instalação do complexo siderúrgico portuário do Açu, ficou claro que as projeções feitas com base nas precárias condições atuais são assustadoramente insustentáveis e quase inexoráveis. A sociedade envolvida e o poder público em questão tem que se organizar muito para no máximo conseguir uma relativa "redução de danos". Saravá misifio
Caro Roberto,
Barra do Furado, ou melhor, os moles de pedra para a estabilização da foz do canal Flecha é um grande passivo ambiental, herdado do governo militar, do DNOS e com participação do Ex-Deputado Alair Ferreira. Aquele projeto, apesar de bem intencionado, foi concebido de forma errada, construído de forma errada e não terminado. Serviu por menos de um ano e até hoje só gerou problemas. Quem frequenta e conhece a área sabe que o lado sul (Quissamã)cresceu, enquanto o lado norte (Campos) regrediu. A erosão causada pelos moles já causou danos irreparáveis. Quem lembra do portal da Gaivotas? Hoje, Campos já está no 3 desvio de transito. Em breve, o Viegas não existirá mais. O problema é da interferência antrôpica nas correntes marinhas. A solução: Remover os moles e redimensionar o projeto. Insitir no que está é perda de tempo e de dinheiro. Por que será que até hoje aquela obra não se viabilizou? Ela é errada, está errada e insistir no erro é burrice! Além de cara esse caminho não é sustentável!
Desde o início da UENF (há 16 anos),que, por solicitação do então Reitor, fomos buscar entender o caso e concluímos que a solução seria a remossão e, se for consenso, refaze-lo. Falar assim é fácil, mas quando se chega nos setores organizados da sociedade, percebemos o tamanho da recusa e da não compreensão dos fatos. Todos acham que há engenharia possível de solção. Enquanto isso vemos o problema a se agravar e em curto espaço de tempo, veremos a Baixada Campista ser inundada pelo mar, o que segundo nossas pesquisas, atingirá Santo Amaro e localidades vizinhas, uma vez que o colmado do Viegas será erodido e o mar adentrará a Baixada Campista. Já reportei, a muitos anos essas informações aos órgãos competentes, que até o momento, insistem em tentar manter a situação atual. O que resta é tentar manter a calma e vendo que as autoridades estão optando pelo caminho, a meu ver errado, lamentar o prejuízo que sofreremos. Vejam os fatos e "contra fatos não há argumentos"
José Carlos Mendonça
Laboratório de Meteorologia - UENF
Caro Roberto,
Barra do Furado, ou melhor, os moles de pedra para a estabilização da foz do canal Flecha é um grande passivo ambiental, herdado do governo militar, do DNOS e com participação do Ex-Deputado Alair Ferreira. Aquele projeto, apesar de bem intencionado, foi concebido de forma errada, construído de forma errada e não terminado. Serviu por menos de um ano e até hoje só gerou problemas. Quem frequenta e conhece a área sabe que o lado sul (Quissamã)cresceu, enquanto o lado norte (Campos) regrediu. A erosão causada pelos moles já causou danos irreparáveis. Quem lembra do portal da Gaivotas? Hoje, Campos já está no 3 desvio de transito. Em breve, o Viegas não existirá mais. O problema é da interferência antrôpica nas correntes marinhas. A solução: Remover os moles e redimensionar o projeto. Insitir no que está é perda de tempo e de dinheiro. Por que será que até hoje aquela obra não se viabilizou? Ela é errada, está errada e insistir no erro é burrice! Além de cara esse caminho não é sustentável!
Desde o início da UENF (há 16 anos),que, por solicitação do então Reitor, fomos buscar entender o caso e concluímos que a solução seria a remossão e, se for consenso, refaze-lo. Falar assim é fácil, mas quando se chega nos setores organizados da sociedade, percebemos o tamanho da recusa e da não compreensão dos fatos. Todos acham que há engenharia possível de solção. Enquanto isso vemos o problema a se agravar e em curto espaço de tempo, veremos a Baixada Campista ser inundada pelo mar, o que segundo nossas pesquisas, atingirá Santo Amaro e localidades vizinhas, uma vez que o colmado do Viegas será erodido e o mar adentrará a Baixada Campista. Já reportei, a muitos anos essas informações aos órgãos competentes, que até o momento, insistem em tentar manter a situação atual. O que resta é tentar manter a calma e vendo que as autoridades estão optando pelo caminho, a meu ver errado, lamentar o prejuízo que sofreremos. Vejam os fatos e "contra fatos não há argumentos"
José Carlos Mendonça
Laboratório de Meteorologia - UENF
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