65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
domingo, outubro 25, 2009
Pagando publicidade
O fato não é nenhuma novidade. Lembro-me quando no início da década de oitenta usei o argumento para convencer meu pai a deixar de assinar a revista Veja. Estou falando da quantidade de publicidade nas revistas semanais. Chega a ultrapassar a metade das páginas, as publicidades comercializadas nestas revistas. Para mim isto é uma agressão ao leitor.
Passadas quase três décadas a relação é a mesma. Hoje dando uma olhada rápida na revista Época que, para mim chega como complemento da assinatura mensal do jornal O Globo, mais uma vez me espantei: das primeiras 50 páginas doze são de publicadade. Quarenta 44 das primeiras 100 páginas continuam como sendo de propaganda.
Na parte final a relação melhora a estatística final da edição desta semana: 84 das 162 páginas são de publicidade. Quase 50%, mesmo considernado como matéria ou reportagem, as grandes fotos ou infográficos de grandes dimensões que ilustram as matérias principais.
No fim, como leitor a gente conclui que estão pagando para que como "possíveis leitores" sirvamos como forma de melhor negociar seus anúncios. Depois não sabem porque abandonamos os meios impressos, embora, a via digiltal ou "virtual", caminhe por trilhas similares.
Todos nós sabemos que não há como este meio sobreviver, sem as verbas da publicidade, mas para os anunciantes é bom pensar que o leitor mais exigente cada vez se irrita mais e mais, com aqueles que pensam que somos ingênuos ou mesmo idiotas. Não precisa ser cidadão. Consumidor nenhum quer ser tratado desta forma.
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5 comentários:
Ah Roberto, isso é com quase todas as Revistas.
Sempre gostei muito de Revistas de Decoração, Arquitetura, Jardinagem. E eu ficava pasma de ver as páginas de propagandas.
E sem contar que nunca entendi porquê nas últimas páginas da Arquitetura e Construção vinha o mapa do Brasil " estrategicamente" cortado...aquilo era algo que me irritava. Era simplesmente quase que deixando uma mensagem... "Amazonas não é toda do Brasil.
Essas Revistas são enganosas... repetem cenas mudando apenas o ângulo... Enganação pura.
Uma falta de respeito com o leitor. Não verdade, não há integridade e não há humildade.
Parei de comprar.
Parei com as revistas. Essa falta de respeito, e as tendencias...
Abraços!
Boa noite Professor,assino a Veja e com ela chega também a Veja Rio,essa parece classificados de jornais,absurdo!!!
roberto, os leitores não tem culpa mas, isso sempre foi próprio da imprensa pois é isso o que a sustenta. qualquer veículo de qualquer época é assim é você poder reparar. aliás antigamente era até pior. por isso o melhor a fazer é apostar nos blogs dos jornalistas e dos veículos. lá dá pra ler tudo que está acontecendo sem essa agressão. nos eua centenas de jornais fecharam por causa da crise, que as empresas não puderam mais bancar publicidade. isso diz tudo!!!
Um absurdo o que a Veja faz com seus leitores. Empurrando pela vista alheia essas propagandas, que como Roberto frisou muito bem, chegam a ocupar metade ou mais do conteudo da revista, considerada o quintal da Globo.
Ontem mesmo eu estava folheando o ultimo exemplar, constatando com indignacao que a revista nada mais e que um veiculo de merchandising, em detrimento a informaçao.
Aos leitores, sugiro que façam como eu: assinem gratuitamente por 6 semanas e ignorem os pedidos para efetivarem a assinatura. Como diz o "velho deitado", de graça e mais gostoso...
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