sexta-feira, outubro 30, 2009

Prévias do PSDB foram para o espaço

A divulgação de elementos importantes da conversa por telefone entre Aécio e Serra (segundo a Coluna Ancelmo Góis de uma hora e meia e segundo o jornalista, César Felício, do Valor Econômico de 50 minutos) deixa claro que não haverá prévia nenhuma, na escolha do candidato do PSDB à Presidência da República, no ano que vem. Aécio acertou com Serra que não será vice e que não aceita a definição ano que vem. Serra reafirmou que não aceita definição este ano. Portanto: quem pariu Mateus que o embale. É claro que, mais uma vez a cúpula do partido, entenda FHC, é quem definirá o candidato. “Minha candidatura abandona o retrovisor. Ela só tem parabrisa” Na matéria na edição de hoje do jornal Valor Econômico (que o blog reproduz na íntegra abaixo) é possível deduzir que - como já sabíamos - Aécio exerce pressão sobre a cúpula tucana afirmando que a opção de Serra é apostar no debate FHC x Lula que interessa ao segundo. (será duro para FHC admitir isto) Neste ponto Aécio chega a dizer: “estou à disposição do partido para sair de um debate inócuo sobre quem fez mais ou menos. O Lula avançou nos problemas sociais e deixou de fazer reformas importantes. Uma candidatura minha abandona o retrovisor. Ela só tem parabrisa, ela olha para frente para compreendermos o que ficou por fazer”. Abaixo a matéria do Valor Econômico na íntegra: "Em conversa com Serra na madrugada, Aécio fecha as portas para vice" César Felício, de Belo Horizonte "O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), fechou ontem a porta à possibilidade de ser candidato a vice-presidente em uma chapa encabeçada pelo governador paulista José Serra (PSDB). Ambos disputam a candidatura tucana à sucessão presidencial em 2010. Depois de conversar sobre o tema com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o presidente nacional tucano, senador Sérgio Guerra (PE), no dia 19; e com o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), na terça; Aécio teve na madrugada de ontem uma conversa de 50 minutos com Serra, para liquidar a hipótese. Na conversa, Aécio deixou claro que , no final deste ano, caso não seja escolhido pelo partido para disputar a Presidência, anunciará candidatura ao Senado. "Não preciso nem dizer como são meus nervos, porque eles sempre estiveram extremamente serenos nesse processo. E é muito bom que o governador José Serra esteja estimulado a disputar a Presidência", disse o mineiro, referindo-se à declaração do paulista, que disse anteontem ter "nervos de aço" , novamente procurando postergar a defição do partido. " No final do ano, vou tomar uma decisão. Tenho responsabilidade com Minas Gerais. Se o caminho da Presidência não for entendido pelo partido como o mais adequado, estarei em Minas como candidato ao Senado, para garantir a continuidade de um projeto no Estado e tentando dar aqui a vitória ao candidato que o PSDB escolher. Serra tem o ´timing´ dele, eu tenho o meu. Eu respeito o dele, e ele o meu", afirmou. O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), fechou ontem a porta à possibilidade de ser candidato a vice-presidente em uma chapa encabeçada pelo governador paulista José Serra (PSDB). Ambos disputam a candidatura tucana à sucessão presidencial em 2010. Depois de conversar sobre o tema com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o presidente nacional tucano, senador Sérgio Guerra (PE), no dia 19; e com o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), na terça; Aécio teve na madrugada de ontem uma conversa de 50 minutos com Serra, para liquidar a hipótese. Na conversa, Aécio deixou claro que , no final deste ano, caso não seja escolhido pelo partido para disputar a Presidência, anunciará candidatura ao Senado. "Não preciso nem dizer como são meus nervos, porque eles sempre estiveram extremamente serenos nesse processo. E é muito bom que o governador José Serra esteja estimulado a disputar a Presidência", disse o mineiro, referindo-se à declaração do paulista, que disse anteontem ter "nervos de aço" , novamente procurando postergar a defição do partido. " No final do ano, vou tomar uma decisão. Tenho responsabilidade com Minas Gerais. Se o caminho da Presidência não for entendido pelo partido como o mais adequado, estarei em Minas como candidato ao Senado, para garantir a continuidade de um projeto no Estado e tentando dar aqui a vitória ao candidato que o PSDB escolher. Serra tem o ´timing´ dele, eu tenho o meu. Eu respeito o dele, e ele o meu", afirmou. Ao relatar a conversa com jornalistas, Aécio procurou demarcar o que tornaria a sua candidatura presidencial diferente da de Serra. "Estou à disposição do partido para sair de um debate inócuo sobre quem fez mais ou menos. O Lula avançou nos problemas sociais e deixou de fazer reformas importantes. Uma candidatura minha abandona o retrovisor. Ela só tem o parabrisa, ela olha para frente para compreendermos o que ficou por fazer", disse. O governador mineiro procurou, entretanto, sinalizar que sua candidatura ao Senado não representaria a possibilidade de ficar neutro na disputa presidencial. "Se eu não for a opção do partido, obviamente o partido respeitará minha opção de garantir aqui em Minas forte palanque para vencermos o governo estadual e também a Presidência", disse. Ontem à noite, estava previsto encontro do governador com a sua base de apoio na Assembleia Legislativa, formada por 58 dos 77 parlamentares. A definição de Aécio pela Presidência ou pelo Senado em dezembro fará com que o governador defina também a própria sucessão. A maior probabilidade é que Aécio lance o vice-governador Antonio Junho Anastasia (PSDB) ao governo estadual. Anastasia concorreria ao cargo no exercício, já que deverá assumir a administração estadual na primeira semana de abril. A possibilidade de antecipar a desincompatibilização está descartada. A chance de uma composição entre Aécio e o ministro das Comunicações, Hélio Costa (PMDB), que pretende disputar o governo, diminuiu depois do acordo entre o PT e a cúpula nacional pemedebista em torno de chapa formada pelos dois partidos para concorrer à eleição presidencial. Permanece a dúvida sobre a chapa majoritária. Há um excesso de candidatos tanto ao posto de vice como o da outra vaga ao Senado. Na primeira hipótese, são lembrados como possibilidades Carlos Melles (DEM), Clésio Andrade (PR) e Alberto Pinto Coelho (PP). Para a segunda, além do senador Eduardo Azeredo (PSDB), que tenta a reeleição, são cogitados Clésio e o ex-presidente Itamar Franco (PPS)."

11 comentários:

Claudio Kezen disse...

Fica evidente que o caudilhismo é o fator determinante no processo de escolha de canditados dentro dos partidos políticos.

Lula e FH impõem seus candidatos à fórceps goela abaixo da militância.

Aliás, no caso do PSDB a palavra militância não se enquadra muito bem, "claque" seria mais apropriado.

O caso do PT é mais triste. Históricamente acostumada ao amplo debate interno, a chamada militãncia hoje é uma mera coadjuvante das decisões tomadas na esfera da direção nacional.

Viciados, não representativos e obsoletos, estas instâncias da representação popular na vida nacional, os partidos políticos precisam de uma ampla e inadiável reforma.

Anônimo disse...

Queremos vc para deputado estadual Roberto Moraes!!!

Anônimo disse...

Ambos são fracos, diante do belo desempenho do governo Lula, que será o grande cabo eleitoral deste processo.

Anônimo disse...

Aécio se antecipa para medir vacilação de Serra

(Pedro do Coutto)

O governador Aécio Neves, matéria de Valdo Cruz e Letícia Sander, Folha de São Paulo, decidiu pressionar o PSDB, seu próprio partido, para que antecipe até dezembro a escolha do candidato a enfrentar Dilma Roussef, Ciro Gomes e Marina Silva na sucessão de 2010. Há uma pressão do DEM nesse sentido, a fim de que haja tempo para coordenar alianças regionais em torno da decisão. Isso é verdade, porém a ofensiva do governador mineiro, no fundo, é para sentir se José Serra vacila entre disputar novamente a presidência da República ou preferir a reeleição para o governo de São Paulo. Efetivamente, há necessidade de as oposições escolherem o nome, inclusive para negociar a vice presidência. Isso na hipótese de Aécio, se derrotado por Serra, não aceitar de forma alguma completar a chapa e preferir o Senado por Minas Gerais. Seja como for, o governo teme uma aliança Serra e Aécio, pois neste caso a chapa da oposição ganha novo impulso uma vez que se trata dos dois maiores colégios eleitorais do país. Uma dificuldade a mais para Dilma Roussef, embora nas próximas pesquisas ela já deva apresentar uma subida de alguns pontos, livrando-se do assédio mais próximo de Ciro Gomes que, no final das contas, é seu aliado. Pois com o prestígio de Lula em patamar elevado, a tarefa de passar para Dilma sua imagem e seu prestígio torna-se muito mais fácil.

Talvez, no fundo, as correntes do governo temam mais Aécio do que Serra. José Serra não traz consigo nenhum impacto de novidade e perde em simpatia e envolvimento eleitoral para Aécio, cujas vitórias para o governo de Minas foram avassaladoras. Em síntese, Aécio, mesmo bem distante de Serra (37 a 16 ou 17 por cento), tem mais possibilidade de crescer do que o seu rival entre os tucanos.

Uma situação inclusive curiosa. Hoje, pessoalmente Serra está muito mais forte do que Aécio, mas talvez o teto de Aécio Neves seja bem mais inflável do que o de Serra. Ao longo de uma campanha, Aécio, mais empático, tem possibilidade maior de crescer.Isso de um lado. Sem dúvida.

De outro, entretanto, Serra apresenta uma posição cristalizada que, sem dúvida, lhe fornece mais segurança e uma base mais sólida. Hoje, a convenção nacional dos tucanos optaria por Serra. Mas por que, então Aécio deseja antecipar a decisão? Só pode ser para testar a verdadeira disposição do governador de São Paulo. E aproveitar uma provável vacilação, como os fatos estão assinalando para ocupar um espaço fundamental.

Fundamental, sobretudo, porque uma pesquisa já publicada há algum tempo, revela que se os Democratas pudessem votar na convenção do PSDB (o que a lei eleitoral não permite), forneceriam muito mais votos para o governador de Minas do que para o governador paulista. Mais flexível, porém firme nas suas investidas, no final da ópera ele ameaça muito mais Dilma do que Serra. Dinâmico, utilizando bem a juventude como instrumento para conquistar votos, a base mineira se apresenta em torno dele muito mais motivada e unida do que a de São Paulo em torno de José Serra. A impressão que dá, com base em experiências ocorridas ao longo dos últimos quase setenta anos, é a de que Aécio, se conseguir dar partida agora, subirá rapidamente nas pesquisas, da mesma forma que os próximos números vão indicar uma aceleração positiva para Dilma Roussef. Serra fica onde está. Política é assim mesmo. Muda de forma e direção em qualquer momento. No fundo, as eleições serão mais decididas na convenção dos tucanos do que na do PT. Porque a candidata do PT e de Lula está definida. A do PSDB ainda está por decidir.

Anônimo disse...

Autênticas, textuais e entre aspas


Do governador José Serra desinteressado e sem protestar a respeito da CONCESSÃO ou da PARTILHA dos recursos do Pré-Sal: “Essa divisão só terá efeito dentro de 10 ou 15 anos”.

Não há dúvida alguma, que pode ser até maior o tempo para que a produção do pré-sal seja transformada em investimentos. Em 2002, Serra firmou publicamente, candidato a presidente: “Estou com 60 anos, minha vez é agora”.

Em 2010 estará com 68 anos, dentro de 15 terá 83. Se hoje não se interessa, o que dizer dentro de 15 anos?

Serra tem 5 meses (até o fim de março do ano que vem) para decidir: tenta a reeeleição em São Paulo, praticamente sem adversários? Ou disputa novamente a presidência da República, correndo todos os riscos, se jogando no espaço, sem rede de proteção?

De qualquer maneira, para Serra, a palavra FUTURO tem identificação pessoal e não coletiva. Seu futuro é AGORA, o do país tem pouca significação para ele. Os outros que tratem disso. Como, se quer tudo, não dá a vez a ninguém nem incentiva a RENOVAÇÃO?

Nas especulações e análises de “especialistas”, o PSDB é o partido “menos dividido, só tem 2 candidatos”. Ilusão total e completa. Serra não se decide, Aécio muda tanto de posição, que confunde a todos. Governador eleito e reeeleito, tem várias possibilidades.

Foi o primeiro a pedir PRÉVIAS DENTRO do PSDB. O que seria o correto, se os partidos existissem mesmo. Fazer prévias com quais militantes? Convencido disso, desistiu.

Os que acreditavam que poderia sair do PSDB e ir para o PMDB, essa hipótese resistiu até o prazo permitido pela legislação eleitoral. Chegou a hora, não saiu do PSDB, lógico, não foi para o PMDB.

Andou aceitando ou estimulando uma candidatura a vice de Serra, (a famosa “chapa pura”) foi aconselhado, mineiros importantes disseram: “Aécio, Minas tem que ter um presidente, tudo é para São Paulo?”.

Agora, aparentemente tentando obter resultados positivos mas indefiníveis, revela: “Se até janeiro o PSDB não se definir, serei candidato a senador”. Como terá que se desincompatibilizar em março, tudo é possível. Especialista em Shakespeare, conhece a fundo o “ser ou não ser”.

Anônimo disse...

Estou desconfiado que eles não vão lançar ninguém à presidência. O Aécio vai ser senador por Minas e o Serra vai peder a reeleição para o governo de São Paulo.
Dilma2010!

Anônimo disse...

Cai a máscara do “choque de gestão”

De acordo com o BC, a dívida pública do governo mineiro cresceu 40,23% nos 4 anos passados, o maior aumento entre os estados brasileiros. De R$ 32,661 bilhões em 2002 a dívida passou para 46,082 bilhões em 2006.

Também a fama de outros governantes do PSDB, partido que implementou o “choque de gestão”, começa a ruir. Segundo o jornal O Tempo do último dia 4, o grande aumento da dívida de Minas só foi menor que o aumento da dívida da Prefeitura de São Paulo no curto mandato de José Serra, que cresceu 48,19%. O governo de Geraldo Alkimin também foi de endividamento: ele assumiu com uma dívida de R$ 104 bilhões e deixou para o sucessor R$ 129 bilhões.

Controle sem precedentes da mídia
Para o Sindieletro, a relação “promíscua” entre o governador Aécio Neves e os meios de comunicação mineiros sempre foi óbvia. Cedo ou tarde a máscara iria cair. O diretor do sindicato, Herom Raimondi Lima, lembra que o governador notabilizou-se por um controle sem precedentes sobre os meios de comunicação, vendendo uma imagem de um governo austero, que praticava uma gestão inovadora. Segundo ele, como toda unanimidade “é burra”, este vôo tucano não poderia ter final mais adequado: 40,26% de déficit.

Anônimo disse...

Prof Roberto,

por favor apoie o Serra e o PSDB nas próximas eleições. Precisamos que o PT ganhe, pé frio...

Anônimo disse...

Aécio a aliados de Minas: "Não estou dando pra trás"

Aécio Neves recebeu no Palácio das Mangabeiras, sede do governo mineiro, cinco dezenas de deputados estaduais que lhe dão suporte legislativo.


Gente que se abriga em 11 legendas, todas associadas aos interesses da gestão Aécio na Assembléia Legislativa.


O pretexto do encontro, ocorrido na noite de quinta (29), era realizar um balanço de 2009. Mas 99,9% do tempo foi dedicado a 2010.


Aécio discursou. O blog(Josias de Souza) recolheu com um dos convidados a essência do que foi dito pelo anfitrião:

1. O governador disse que continua empenhado em tornar-se o candidato do PSDB à sucessão de Lula.

2. Nos últimos dias, o governador levara às manchetes um prazo e um plano. Dissera que, se o PSDB não se definir até dezembro, vai priorizar o Senado.

3. “Não estou dando pra trás”, Aécio disse. Explicou que, passando de dezembro, fica difícil organizar o palanque nacional, atraindo novos aliados.

4. Daí a intenção de voltar-se para Minas caso o tucanato se renda ao calendário de Serra, que tenta empurrar a definição para março de 2010.

5. Aécio deixou antever o óbvio: deseja fazer o sucessor em Minas. Mais: quer assegurar-lhe conforto na Assembléia Legisaltiva.

6. Acenou com o apoio à campanha reeleitroal dos deputados estaduais presentes. Evitou declinar o nome do seu preferido à sucessão estadual.

7. O vice-governador Antonio Anastasia, nome que Aécio traz no bolso do colete, estava ao lado do governador.

8. Anastasia é uma espécie de Dilma de calças. Jamais teve o nome testado nas urnas. Se vingar como candidato, vai a 2010 como ‘poste’ de Aécio.

9. O governador elogiou o vice. E ficou nisso. Se avançasse, converteria o palácio definitivamente num comitê de campanha.

10. A propósito, ao “noticiar” o encontro, o portal do governo de Minas esquivou-se de fornecer os detalhes.

Anônimo disse...

Covardia de Aécio Neves

Bater em mulher é agressão; não hobby

BLOG DO JUCA KFOURI(01/11/09);
às12h(UOL)


Aécio Neves, o governador tucano de Minas Gerais, que luta para ter o jogo inaugural da Copa do Mundo de 2014, em Belo Horizonte, deu um empurrão e um tapa em sua acompanhante no domingo passado, numa festa da Calvin Klein, no Hotel Fasano, no Rio.

Depois do incidente, segundo diversas testemunhas, cada um foi para um lado, diante do constrangimento geral.

A imprensa brasileira não pode repetir com nenhum candidato a candidato a presidência da República a cortina de silêncio que cercou Fernando Collor, embora seus hábitos fossem conhecidos.

Anônimo disse...

Com certeza o novo presidente será o indicado por Lula, seja Dilma, Ciro ou outro!