65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
segunda-feira, novembro 30, 2009
MMX confirma a venda mais um pedaço para o grupo chinês Wuhan
Campanha da Associação Protetora dos Animais - Campos
Projeto de macrodrenagem para São João da Barra: entrevista com o professor Luiz Pinedo
"A estrutura portuária que está sendo construída em SJB diferente das cidades portuárias como Santos, Rio de Janeiro, Navegantes, Rio Grande possui uma relação separada da evolução da cidade."
Blog: Conhecendo assunto de planejamento urbano, qual seria a segunda maior preocupação para os planejamentos de SJB na próxima década?
Luiz Pinedo: A questão seria a Administração Municipal criar uma assessoria ou secretaria para pensar as relações Porto-Cidade. A estrutura portuária que está sendo construída em SJB diferente das cidades portuárias como Santos, Rio de Janeiro, Navegantes, Rio Grande possui uma relação separada da evolução da cidade.O porto vai criar um grande fator de aglomeração que vai atrair o crescimento nas áreas próximas. Cidades com Santos possuem esta assessoria que ajuda a gestionar os conflitos desta relação nova. Blog: Muitos estudiosos falam sobre os impactos sociais e ambientais dos projetos previstos para a nossa região, o blog então quer saber se é possível planejar projetos e ações para eliminar, ou reduzir estes impactos. Há impactos positivos ou apenas negativos? Há quem diga que só reclama quem olha só para si. Fale sobre estas hipóteses. Luiz Pinedo: O Norte-Fluminense já é uma região de tipo metropolitana não conurbada típicadas regiões como SP, Campinas, Santos. Existem as áreas dinâmicas que concentram empregos como Macaé, Campos e futuramente SJB, existe um enorme processo de fluxos de deslocamentos motivados por vários fatores como estudo, consumo, serviços que obrigam os municípios estabelecerem gestões comuns e soluções consorciadas. Pensar a gestão não como algo que está isolado, mas como interesses compartilhados. "Acho que o Estado do Rio de janeiro teria de criar uma região especial de Planejamento para o Norte-Fluminense visando organizar todo este processo de mudança."Blog: Como o senhor vê a dificuldade de integração de políticas públicas entre os municípios vizinhos que serão base para significativos projetos desenhados para a próxima década, desde os de petróleo, da indústria naval, a infraestrutura de porto, distrito industrial, siderúrgica, etc.? Luiz Pinedo: A interdependência entre o território e as administrações fica claro, por exemploo Porto do Açu vai criar atividades com São Bento, Saturnino Braga e estrada dos Ceramistas. A construção dos Estaleiros na Barra do Furado já demanda uma ação conjunta Campos e Quissamã. Acho que o Estado do Rio de janeiro teria de criar uma região especial de Planejamento para o Norte-Fluminense visando organizar todo este processo de mudança, aqui entra num problema histórico apontado por Floriano Godin de Oliveira, no seu estudo “Reestruturação Produtiva, Território e Poder Político no RJ”.Neste momento o RJ tem de pensar seu território e os impactos com todos estes investimentos tipo Comperj, Açu, etc..