65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
quarta-feira, novembro 11, 2009
Em nome do banco
Um amigo do blog, atento observador das coisas, anotou a placa de algumas destas ambulâncias que estão prestando serviços à Prefeitura de Campos, por contrato de terceirização e foi conferir a propriedade dos veículos no site do Detran. Na pesquisa descobriu que os veículos estão todos alienados em nome do banco credor dos recursos que permitiram a compra dos veículos.
O observador perguntou ao blog se isto seria válido: uma empresa participa de uma concorrência ganha os serviços, pega dinheiro emprestado ao banco e paga com o dinheiro que dá para comprar duas vezes e meia a quantidade dos veículos adquiridos? O blog não tem acompanhado em detalhes estes processos e assim repassa aos demais blogs e leitores a pergunta e análise feita pelo atento observador.
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9 comentários:
Caro Roberto,
Essa é uma prática de TODAS, eu disse TODAS as empresas frotistas que terceirizam os serviços públicos de transporte...
Desde a SIBELLY, com aqueles corsas sedan millenium cinza, todos vinculados a leasing pelo Picciani, controlador de fato da empresa, até a que presta serviços a petrobrás, com aqueles toyota corolla...
É a face mais nefasta dessa prática, pois afinal é a terceirização da terceirização da frota...
Se era para contratar leasing, ou alienação fiduciária, por que o próprio poder público não o faz, DIRETAMENTE...???
Ou seja: contratamos um "corretor", um "despachante" ou, enfim, um intermediário...
Abraços...
O banco leva a grana; o contratado leva a grana; e a gente leva o fumo.
Mesmo que se explique, prove e mostre que "nao lesaram os cofres publicos", como adoram dizer, é fato que sempre dão um jeitinho para se pagar mais.
No mesmo dia que lemos isso, vemos em um jornal que a prefeitura "economizou mais de 1,6milhão em telefonia, comparado ao mesmo periodo do ano passado".
Tapa-se um buraco abrindo um rombo? E por falar em buraco, a Formosa depois do campo do Goytacaz vai continuar parecendo o orçamento municipal? Cheio de falhas e artimanhas para a populaçao?
Por isso que dizem que Campos é uma cidade religiosa.
Aqui, os bens ficam "em nome do pai, do filho e emplacado no Espírito Santo, amém!"
Salve salve.
Roberto,
O interessante é que nesse caso como nos demais( terceirização da terceirização terceirizada) absolutamente desnecessaria ninguem do orgao publico da PMCG consegue "dar" uma explicação lógica ou sem lógica.
O que se percebe é quase uma ausencia de mecanismos de proteção aos recursos publicos.
Os governantes fazem e fazem e continuarao a fazer falcatruas.
Essa continuidade, configura a certeza da impunidade e de uma "reeleição" garantida .
o post deveria se chamar " em nome do bando " !
Se eu soubesse teria pego um empréstimo no BNDES comprado as ambulâncias e participado da licitação.
O difícil é conseguir o edital, pois o que eles exigem na hora de retirar o edital dá até medo. Isso sem contar as conversinhas de pé de ouvido,(mas não tão perto assim) tentando fazer você desistir de participar da licitação.
Depois que pegar um empréstimo no BNDES, para comprar as ambulâncias, mando elas para um desmanche para dividir as peças e dou em garantia da dívida, assim como fez um político muito "importante" de nossa cidade com umas terras entre Campos e São Fidélis.
Bicho Possuído
Especialista em desmanche de ambulâncias
Assim qualquer um torna-se um megaempresário.Entra-se com nada e sai com as burras cheias. Outro semelhante é o da auto-pista fluminense, arrecada-se agora e duplica-se a br 101 daqui a 10 anos. Assim, eu queeero !
Por isso que dizem que Campos é uma cidade religiosa.
Aqui, os bens ficam "em nome do pai, do filho e emplacado no Espírito Santo, amém!"(2)
Ou seja qualquer mortal que tenha credito na praça poderia fazer o mesmo, basta fazer um grande financiamento tendo a vaga malhada como avalista!
Não há qualquer ilegalidade ou irregularidade nisso.
Qual o problema de se comprar um carro financiado ou optar pelo "leasing"?
Isso não lesa os interesses da contratante e nem o interesse público.
Engraçado como a "imoralidade" se reveste de legalidade...
Ora, se é para contratar carros "alugados", por que o poder público não contrata o banco e o "leasing" diretamente...???
Para que pagar o "terceiro"...???
Aqui, meu caro, é que reside a imoralidade, embora a "forma" pareça "normal"...
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