65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
segunda-feira, novembro 02, 2009
Esquerda e direita na opinião do cidadão-eleitor
Alberto Carlos Almeida ao questionar as metodologias de pesquisas e a presença excessiva de estatísticos na sua formulação cita, em seu livro “Erros nas Pesquisas Eleitorais e de Opinião”, como exemplo, o fato de que determinadas coisas e conceitos têm valor diferentes para segmentos diversos da população.
Por exemplo, sobre direita e esquerda: “aqueles mais escolarizados acham que ser de esquerda é querer uma presença maior do Estado na economia e ser de direita o inverso". Para Almeida, porém, "o eleitorado menos escolarizado considera que ser de direita é ser do governo e ser de esquerda é ser oposição". Assim Carlos Alberto Almeida pergunta: “é possível misturar essas duas concepções em uma medição só?”
Assim ele diz que este erro não é da amostra e desta forma ele foge completamente da alçada dos estatísticos. Eu, que desconheço quase tudo das pesquisas eleitorais tendo a concordar com o autor. Para identificar a opinião do eleitor há que se conhecer melhor o conceito que este tem sobre o que está lhe sendo perguntando.
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3 comentários:
Prof. na noite passada passei muito mal e fui pro Hospital de Guarus. Chegando lá, não pude ficar internado pois não havia leitos, todos estavam ocupados. Foi u, absurdo, o corredor da emergência estava lotado de camas e macas. Chegou um rapaz muito mal na emergência e não tinha maca para ele. O médico pegou a cama da sala de atendimento e levou pro corredor. O enfermeiro até brincou em tom de ironia com as enfermeiras que ia ligar pra Rosinha pra ver se ela comprava mais macas. É um absurdo o que vi ontem a noite, a saúde de campos está falida!!!!
Roberto, uma pesquisa estatistica precisa refletir mesmo sobre isso, na minha opiniao, que tb nao entendo de pesquisas deste tipo. Mas o formulador, tanto das perguntas como da interpretacao das respostas, precisa tambem refletir sobre o lugar do qual ele fala ao formular as questoes, o que o Almeida nao faz no seu livro a "cabeca dos brasileiros". Neste, o método se resume a formular e aplicar questoes da "cabeca da classe media" para serem respondidas por todos, e no final concluir que os menos escolarizados nao sabem o que e democracia, que sao aracaicos, como o Almeida diz.
O que precisa ser questionado, para nao se reproduzir preconceitos do senso comum de classe media como faz Almeida, sao as pre condicoes sociais para fazer e responder questoes. Que isto tem a ver com escolaridade, e obvio, mas de onde vem a escolaridade?
Recomendo a leitura do livro "A rale brasileira: quem e e como vive", organizado por Jesse Souza, onde se faz uma critica detalhada, sem jargoes academicos, do tipo da visao cientifica reproduzida por Almeida e seu mestre inspirador, o Roberto DaMatta.
um abraco
E todo mundo aqui é esquerdista.
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