65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
sábado, novembro 21, 2009
Novo round na disputa pelos royalties
O blog não faz previsão de nada, era só, e apenas, palpite, mas bem que avisou e bem avisado, mais de uma vez. Neste cabo de guerra da partilha dos royalties do petróleo, melhor faria o Rio, SP e ES se segurassem os anéis do que se continuassem atentar reter todos os dedos... Veja aqui, também aqui e mais aqui alguns destes avisos.
Pois bem, como era de se imaginar, todos os demais estados agora decidiram que querem, porque querem, discutir a repartição dos royalties e PE (Participações Especiais) dos campos oriundos das primeiras descobertas do pré-sal.
A saída? Tentar mais uma vez recorrer ao papai Lula... Todo mundo sabe que pai que é Pai, uma hora tem que contemporizar e explicar ao filho caçula que ele tem que aprender a se virar na vida, assim como ele fez quando veio do Nordeste e que não ébom para sua formação o Pai ficar atendendo a todos os desejos do filho, que assim, vai parecer o que é: mimado!
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3 comentários:
Roberto, veja a matéria do Jornal A Gazeta do ES abaixo, e observe como o Governo do Estado do ES exige a duplicação da BR-101 em um tempo mais rápido.
Que sirva de exemplo para nós.
http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2009/11/566656-br+101++duplicacao+mais+rapida+e+sete+novas+pracas+de+pedagio.html
Roberto, acho que falta articulação e união entre RJ, SP e ES nesta disputa.
Não concordo com essa tática de perder os anéis para não perder os dedos, acho que não é hora de baixar a cabeça, hoje são os anéis, amanhã os dedos, depois as mãos, daqui a pouco vão defender que tenhamos que devolver o que já ganhamos com os Royalties.
O RJ por muito tempo foi deixado de lado pela União e vem perdendo a importância econômica desde
o momento em que deixou de ser a capital do Brasil, onde teve muitas perdas e nenhuma compensação a altura,
quando se fundiu o RJ com o antigo Estado da Guanabara, o interior é o quem mais foi prejudicado, pois quase todos governadores só olham pra capital, tudo é concentrado na capital, empregos, oportunidades, melhores rendas, universidades federais de qualidade, tamanha desproporção não ocorre em nenhum outro Estado do Sudeste.
Acho que é um dever de todos nós fluminenses e campistas, lutar pelo desenvolvimento do nosso RJ, recuperar a força e a importância histórica que o Rio de Janeiro já teve, que em outros tempos protagonizava o cenário nacional e hoje disputa a qualidade de coadjuvante e essa luta se passa pela defesa dos Royalties sim.
Roberto, não é interessante papai Lula comprar briga com RJ,SP e ES, principalmente faltando menos de 1 ano para as eleições, principalmente com SP, maior colégio eleitoral do Brasil, um Estado mais conservador, com um eleitorado tucano forte, onde Serra facilmente se sairia bem nessa briga, frente ao eleitorado paulista.
Ao comentarista as 1:11 PM,
Concordo com a falta de articulaçãoentre SP, RJ e ES e também com o desprezo dos governos anteriores em relaçãoao RJ.
Porém, é evidente que quando falo em segurar os anéis, eu estou me referindo à estratégia e não a discurso político. A luta é contra todos os demais estados. Em termos de discurso para a galera é evidente que se tem que defender ter tudo, mas a prática real é outra.
Quanto aos cuidados do presidente Lula, tudo que ele não deseja é ter que arbitrar e decidir por contra alguém, mesmo que este seja SP com sua magnitude na economia brasileira e total independência em relação à esta cadeia produtiva do petróleo/gás.
Por isso, não é possível igualar e nem fácil articular, os intereses tão distintos entre ES, ES e ainda mais SP.
O debate do assunto é interessante, mas no final, a decisão é por grandes somas de recursos.
No horizonte dos próximos 20 a 30 anos não teremos algo tão significativo como este.
Abs.
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