65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
sexta-feira, dezembro 18, 2009
A antecipação da duplicação da BR-101 próxima a Campos é uma conquista da sociedade
Desde o ano 2000 diversos setores da sociedade se mobilizaram de diferentes formas para ver esta rodovia ampliada. Esta luta tinha como referências a redução das mortes e vítimas nos acidentes crescentes, e, em segundo lugar, a identificação da importância estratégica desta estrada no desenvolvimento de toda a nossa região.
Por conta disso, é absurdo que alguns tentem se assumir, ou proponham dar uma paternidade, à antecipação do cronograma de obras previsto inicialmente quando da concessão.
O que a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) julgou e decidiu, em comum acordo com a concessionária, a Auto Pista Fluminense S.A. (OHL Construtora) é a troca no cronograma de obras entre o "contorno" onde haveria duas pontes e mais 25 quilômetros de acesso ligando Ibitioca, na chegada de Campos para quem vem de Macaé, passando por Santa Cruz e saindo um pouco antes do distrito de Travessão, na direção Campos - Vitória, com a antecipação da duplicação do trecho entre Campos e Macaé. Apenas uma troca de custo por custo. Equivalentes.
Mais que isso, o chamariz que atraiu a concessionária, como atrairia qualquer razoável negociante é, a já certa troca do traçado do contorno acima, pelo novo traçado que usará a variante da rodovia dos Ceramistas, uma única ponte sobre o Rio Paraíba do Sul, próximo a Martins Lage e um traçado vizinha à antiga Usina São João saindo na Codin, próximo ao aeroporto de Campos.
Por trás desta mudança há a possibilidade, ainda não acertada, de inclusão de outra praça de pedágio, ou então a correção de valores de alguma delas.
Além disso, há o interesse da concessionária em estar mais próximo das oportunidades geradas com o Complexo do Açu e Barra do Furado. Como se sabe, a partir da concessão, qualquer negócio em área marginal à rodovia concedida gera direitos para a concessionária.
Por tudo isso não em que se falar em conquistas de secretário A, ou governador B, o que há são negócios. Aqueles que fazem alvoroço e tentam te iludir que foi uma conquista de A ou B estão mais uma vez oferecendo vantagens com intermediação falsa de informação.
Nem mesmo à ANTT que é do governo federal se pode creditar algo nesta decisão sobre o cronograma da concessão, porque nada pode ser feito sobre o contrato assinado, sem acordo entre as partes.
Se há conquistas a ser celebrada ela é coletiva e da sociedade, paga é bom que se diga, inclusive, com a vida de milhares de conterrâneos. Fora daí é proselitismo barato de quem caça níquel para tapar os furos dos royalties perdidos. Acompanhemos todos os lances e a concessão da BR-101. Foi por conta disso, que a luta deste blog envolveu a defesa de um Conselho de Usuários, que neste momento seria o fórum adequado para acompanhar, contabilizar e supervisionar estas mudanças. Sigamos em frente!
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7 comentários:
Dizem que a graninha da concessionária já começou a pingar em quem está de garganta seca... e o nariz ferido...
Com este postado fica bem claro que a mudança do traçado do contorno de Campos, atende a interesses estritamente econômica da concessionária, portanto nada mais justo que seja dado a devida compensação aos usuários da estrada.
A ANTT agiu de forma correta, ao realizar o acordo com a concessionária que antecipou a duplicação da estrada entre Campos e Macaé. Porém, não basta somente à duplicação, é necessária a correção de alguns trechos da estrada, para que sejam atendidas as atuais exigências de segurança. Não podemos esquecer que o trecho da BR 101, entre Campos e Macaé, pertencia a Rodovia Amaral Peixoto e que não feito reformas significativas na maioria do trecho entre as duas cidades, desde a sua inauguração, permanecendo as curvas fechadas e com erros de traçado, que jogam o carro para fora da pista.
Ao ler este postado, também, surgiu a seguinte questão; se a estrada vai atravessar o Rio Paraíba em Martins Lages, porque a ponte João Figueiredo, que permanece inacabada até hoje, não é incorporada a esse novo traçado?
Certamente baratearia ainda mais o custo dessa duplicação e desse novo contorno, além de “resgatar”, em parte, os recursos públicos investidos ao longo desses anos e até o momento foram desperdiçados.
Concordo com o Roberto Moraes. É uma conquista da sociedade, que está pagando muito caro pela demora na duplicação, com mortes, transtornos, inviabilização de emprendimentos e geração de mais empregos.
Paritcularmente, acho válida a troca, ao invés do contorno de Campos, de imediato a duplicação. Considerando que a rodovia foi privatizada, a questão dos custos envolvidos tem que ser solucionada.
É visível que a dupliocação é urgente. Já passou da hora. O volume do tráfego supera o que a rodovia comporta. Na verdade, a própria concessionária também já percebeu a necessidade da duplicação imediata.
Sem a duplicação, inclusive os empreendimentos do porto do Açu ficam prejudicados
Espero que as obras realmente se iniciem, imediatamente em 2010.
É necessario que seja divulgado a data do inicio das obras de duplicação do trecho entre Campos e Macaé, assim como o periodo previsto de obra com o respectivo cronograma, para que a sociedade possa fiscalizar.
Devemos ficar atentos para que esse inicio das obras de duplicação não se torne um "cala boca" e ela seja tocada como obra de igreja (pobre), se arrastando por anos a fio.
Roberto, pelo visto vc não tem conhecimento algum sobre o que é concessão de rodovia.
Comentários lastiméveis.
Aff
É professor o comentário aí de cima é da turma do jabá
Quanto antes melhor, seja por qual traçado for. Ainda assim, cabe uma questão: Este traçado leva a um aumento de percurso que custa queima de combutível, mas o pior é que também leva a rodovia para uma área sujeita à inundações.
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