65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
sexta-feira, dezembro 18, 2009
Lindberg não será mais candidato a governador
Conversas conclusivas ainda vão acontecer amanhã e depois, mas a decisão está sendo encaminhada. Depois de idas e vindas e de algumas conversas nesta última semana, em Brasília e no Rio, o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias ouviu o pedido do Planalto para disputar uma vaga no senado, abrindo mão da disputa para o governo estadual.
Lindberg conversou hoje com Godofredo e Chico Dangelo avaliando o quadro da política no estado e os encaminhamentos propostos pelo Planalto e pelo PT Nacional. Os dois compreenderam as razões que estão movendo a decisão que está sendo encaminhada pelo Lindberg. Amanhã ele conversará com o ministro Edson Santos, outro aliado dentro do PT.
Na avaliação do quadro sobre a política estadual há grandes reclamações com relação à gestão do governo estadual. Para todos dentro do PT, além de uma guinada em termos de prioridades e controle da gestão das políticas públicas, vê-se que não há mais como manter o poder hoje concentrado junto a alguns poucos do Palácio Guanabara.
Lindberg entende que neste momento de confirmação da polarização do quadro nacional, não tem como deixar de colaborar concorrendo a uma vaga para o senado, dentro do acerto com a coligação nacional do PT com o PMDB.
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8 comentários:
Pois é, eu sei que é chato falar assim, mas e avisei...
Parece que foi justamente o contrário: bastou ele se mostrar viável, que cortaram-lhe a cabeça...
O PT do Ro é uma merda mesmo...
Partido da Tristeza(PT)
o PMDB começa a impor suas reinvidicações como condição ‘sine qua non’ para apoio da pré-candidatura do PT à Presidência da República, ministra Dilma Rousseff (ou outra qualquer).
Eis algumas das reinvidicações:
1- RIO. A retirada da candidatura Lindberg Farias e o apoio à reeleição de Sérgio Cabral;
2- Pará: Jader Barbalho deseja ser candidato único ao Senado;
3- Ceará: Eunício Oliveira quer ser candidato do PMDB e do PT ao Senado;
4- Mato Grosso do Sul: apoio à chapa André Puccinelli (PMDB) para o governo e Delcídio Amaral (PT) para o Senado;
5- Minas Gerais: PMDB e PT contratariam pesquisa e quem estivesse melhor seria o candidato do governo...
Além dessas reinvidicações, não se deve esquecer da conservação dos feudos nordestinos, liderados pelo coronelíssimo senador José Sarney (PMDB-AP) e pelos turbulentos senadores alagoanos Renan Calheiros (PMDB-AL) e Fernando Collor (PTB-AL).
Eles fizeram o trabalho sujo do PMDB no Senado e devem cobrá-lo do presidente Lula.
Levanta que lá vem história
A história (triste) do
PT, no Estado do Rio
Quando Vladimir Palmeira foi escolhido candidato a governador pelo PT, os tempos eram outros. O partido era forte aqui, política e eleitoralmente, e o candidato era muito mais forte, pessoalmente.
Vladimir vetado por Lula
Dentro da sua política de não admitir o crescimento de ninguém, por mais íntimo ou partidário que fosse, Lula torpedeou o candidato, que se elegeria e firmaria projeção nacional.
Vladimir era um LÍDER NACIONAL e foi vetado...
Para além do próprio nome de Lindberg e da previsibilidade do desfecho do jogo, o que importa é a correção estratégica da tese da candidatura própria! Todos sabemos: time que não entra em campo (e não ganha) não tem torcida. Tudo leva a crer que, após o realinhamento de forças de Minas com Aécio, os estrategistas do planalto esperam com o sacrifício do PT-RJ garantir o espólio dos votos do Rio. Tomara que estejam certos! Agora os defensores (de "coleira" ou não) de Cabral é que terão o ônus de pedir voto para a continuidade de um governo impopular e incapaz de formular políticas públicas inclusivas. Quem deve estar se divertindo é Garotinho. É como diz o escritor americano, ganhador do Pulitzer, Comarc McCarthy (Meridiano de Sangue): "O que une os homens não é a partilha do pão mas a partilha dos inimigos."!
É verdade Xacal. Você anteviu e alertou, mas viver é lutar e enfrentar os riscos.
Há pela frente uma longa caminhada, mas alguns passos estão sendo trilhados.
Compreendo o segundo comentário.
Quanto ao comentário do Gustavo merece destaque a citação do McCarthy. Porém, há um equívoco com relação a análise sobre o ex-governador Garotinho.
Abs.
Isso já era de conhecimento de muitos. Mas o PT com sua arrogância tentava insistia em algo já decidido.
Já em relação ao que o Gustavo falou, pelo contrário, a candidatura de Lindberg facilitava a ida de Garotinho ao 2º turno.
Roberto, Xacal e Gustavo, não é hora de desanimar. A diferença entre Luis Sérgio e Casula (aliança ou candidatura própria) foi ínfima e isso talvez deveu-se à tibieza de alguns companheiros que defendiam a candidatura do Lindberg, sem a garantia do próprio candidato que iria resistir ao apelo do Lula para abandonar o projeto de ser o Governador do Estado. Muitos de nós temos boas ferramentas às mãos - somos bons de blog, bons de discurso, porém, não transformamos essas potencialidades em votos. E olha que dentro do PT tinha voto em profusão (mais de 1.800 votantes), e apenas 691 compareceram para votar. Se o modelo atual de escolha dentro do Partido não é o ideal - o das garrafinhas, para mudá-lo teremos que estar à frente ou presentes nas decisões. Mesmo como minoria, enquanto ficarmos filiados ao partido, é necessário que estejamos presentes aos debates para cobrarmos alguma coisa diferente daqueles que tomaram para si a condução do Partido. Acho que o momento é para que deixemos de lado as fissuras, que porventura tenham sido produzidas no processo eleitoral e caminharmos todos, sem estrelismos, minoria e maioria em direção ao um grande projeto alternativo para a cidade de Campos dos Goytacazes. Como o Roberto observou, é necessário assumir algum risco e o nosso grupo assumiu esse risco no segundo turno. Os bonos e os ônus talvez justifiquem não termos nos insurgido contra a orientação da nossa Mensagem ao Partido, quando também nós antevíamos a possibilidade desse enquadramento também acontecer em relação ao Projeto Lindberg Governador, em nome de um projeto maior que é a eleição da Dilma Presidente.
caro Félix,
Primeiro:
é preciso abolir do seu discurso, uma vez por todas, essa responsabilização das merdas que o partido faz, como se fosse da conta de quem não está lá...
não é: quem toma as decisões, é quem tem maioria, e portanto, que assumam seus erros...quem controla o partido é que tem que explicar porque o jogou no colo do macabro, e agora, jogará no colo do júninho-play-leblon...ou seja: se erra quem não está, erra muito mais quem está e decide, e ainda pior, não revê seus erros...
esse discurso parece o da ditadura, que fazia, desfazia, porrava, batia, e depois dizia que o Brasil não ia para frente por causa da esquerda...
assim não dá, meu caro...
não voltamos ao partido, porque quem convida para o debate, só faz para que possamos legitimar suas cagadas...não querem debater de verdade, e você já sentiu na pele isso...
então, é melhor que fiquem com essa merda para eles, e paguem o preço por terem tomados as decisões que tomaram...não queira dividir comigo...eu não estava lé, não me aproveitei, portanto, não quero pagar a "pena" junto...
os "gênios da maioria" estão há dez anos levando trolha, perdendo espaço, enlameando o partido, esvaziando as instâncias, e para quê...??? para nada, pelo menos, nada que mereça destaque...
senão fica fácil: o bônus, quando existe é deles, e o ônus é de todos nós...
para me fazer sentar ao lado de neinha camburão, tem que ter algum ganho político, do contrário, prefiro ficar em casa...
que é isso, companheiro...???
Xacal, o que você expressa é, sem tirar ou colocar nada, a mesma sensação que provoca em nós que temos a compreensão de que um partido político deva ter um procedimento bem diferente do que é produzido ultimamente em Campos, quando opta por desempenhar um papel coadjuvante, sempre a reboque de projetos que não estão em nossas mãos. No entanto, gostaria de aduzir que a presença de companheiros, com a sua qualificação bem como de outros, além de fazer as mudanças (para mudar tem que está dentro), serviria para redirecionar não só o norte da sigla como inoxidar a produtividade do debate.
Um abraço e ficamos na torcida para que a Trolha, hirsuta e emperdenida, sem epílogos, sempre siga em frente!
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