Alguns críticos diziam que o crédito mais fácil e barato iria tumultuar e vida das famílias que se endividariam irresponsavelmente. Este é mais um tabu derrubado junto da inclusão de famílias e mais famílias em níveis, ainda baixo é verdade, mas com alguns direitos básicos de cidadania. Mais pode e deve ser feito, mas aí será necessário reduzir as desigualdades e os extremos sociais na população brasileira.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
5 comentários:
Por aqui sempre foi dito que pobre sempre paga o que deve, já ouviste esse dito com certeza!
Professor, permita-me discordar de sua interpretaçao da noticia. Para falar a verdade, eu ja esperava por ela. Talvez nao agora, quem sabe um pouco adiante, mas tinha certeza de que ela aconteceria. Mas nao acho que foram os analistas que erraram: foi o povo que aprendeu.
A abertura da facilidade de crédito realmente faz crescer a dívida inconsciente. Prova disso está no proprio banco Itau, que lançou em 2008 o "programa do uso correto do seu crédito". Uma empresa que vive de ganhar, ensinando vc a nao gastar. Bondade? Nao. Necessidade. É melhor vc ensinar a gastar e sempre receber do que estimular o consumo e so ver devedores ao inves de $$$ na sua porta.
Acredito eu que a noticia da queda se deve ao amadurecimento de uma parte da sociedade que passou a entender como funciona seu cartao de credito; outra que viu que carnês são para seu salário como formigas para um monte de açúcar: vao levando aos poucos aquilo que sobrou pra voce.
Assim, eu vejo que com a formaçao de novas geraçoes de consumidores, esta taxa nao irá subir muito, nem descer tanto: estará estabilizada, pois haverá uma alternancia entre quem aprendeu a usar o crédito e aqueles que estao começando a errar com ele. Essa situaçao pode ser comparada ao cigarro que, anos atras, era lançado publicitariamente como objeto de desejo de campeoes, pessoas bem sucedidas e de grande status. Hoje, com a propaganda reduzida e pelo proprio (e eficiente) boca a boca, no qual se contam - e mostram - a realidade como ela é, o consumo caiu, mas nao se extinguiu. "Fuma-se de forma consciente", digamos assim.
Dessa forma, imagino que cigarros e crédito facil juntamente a seus "males" nunca acabarão. Talvez seja porque sempre haverá alguem para lhe oferecer a primeira tragada (ou prestaçao a ser paga).
Com todo respeito a sa opinião meu caro , aliás penso até que deve ser uma opinião acad~emica pelo teor e dimensão, mas ontinuo afirmando o dito!
muito simplista sua analise sobre o caso. números são belos. mas nem sempre são reais. quer alguns exem
plos ?
minha vizinha (um pouco distante) comprou uma tv lcd de 32. vai pagar em 17 vezes. quando acabar de pagar, terá pago quase 2 tvs.além de não poder comprar mais nada fiado, ainda tem deixado de comer bem e vestir bem sua familia.
um amigo trocou seu carro 2000 por um 2008. lindo lindo. quando acabar de pagar, seu carro valerá a metade do preço, e ele tem curtido muito seu novo carro na garagem, pois pagando o preço da gasolina mais cara do mundo, não tem como passear com a família.
não é bem assim como voce pensa que é. dê uma volta pela periferia do brasil e notará mudanças no consumo, mas nenhuma mudança na condição social.
O crédito mais fácil não espelha a real vontade da classe pobre.
Concordo plenamentem com o comentário acima, pois essa é a realidade. Pode-se adquirir, mas usufluir do bem ainda está distante do pobre, principalmente nos financiamentos de veíulos.
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