Porque as chances de Lindberg ser candidato aumentaram

A análise é do mestre Luciano Dangelo: “Benedita que para muitos pode ser o empecilho principal, por conta do seu desejo de voltar a disputar uma vaga para o Senado Federal, poder se transformar na conjuntura atual, a fiel da balança. Explica-se: se viabilizar o acordo com Cabral esta vaga hoje naturalmente iria para Lindberg como composição. Sendo assim, como Benedita insiste na vaga para disputa de senadora, ela só terá como fazer viabilizar tal pleito com Lindberg disputando o governo estado”. Percebam que nas entrelinhas da entrevista de segunda-feira de Lindberg no JB (já comentada aqui) o quadro parece identificado. “Então eu queria ser candidato a governador agora de todo jeito e acho que vou conseguir me viabilizar. Mas para não dizer que estou escondendo, posso ser candidato a senador? Posso. Se eu perder a disputa pela vaga, vou à luta.” É evidente que o quadro é mais complexo, mas com Cabral patinando no governo, e Lindberg agora com 10, 11%, nas pesquisas e com o interesse dos setores que eram contra a candidatura própria, convergindo por outros motivos, as chances só fazem aumentar... assim até março o quadro pode ganhar contornos definitivos até porque esta parte do discurso abaixo do Lindberg está caindo como uma luva dentro do partido: "O PMDB no Rio é muito hegemônico, nas disputas pelas prefeituras eles tentaram nos derrotar em todos os lugares. Eles agora têm vaga de governador, vice-governador, já tem um senador, que é o Jorge Picciani. Se deixar, 2014 já é Eduardo Paes candidato a governador. Eles organizam a política no Rio pelos próximos 20 anos, e não há espaço para ninguém. Então eu queria ser candidato a governador agora de todo jeito e acho que vou conseguir me viabilizar. Mas para não dizer que estou escondendo, posso ser candidato a senador? Posso. Se eu perder a disputa pela vaga, vou à luta. Mas a priori o senhor é candidato ao governo.A priori sou candidato ao governo, vou até o fim e estou muito confiante no processo. Acho que tem três candidaturas mais fortes postas: do Sérgio Cabral, do Anthony Garotinho e a minha. Não consigo entender como é que tem setores do PT que não querem a minha candidatura. Para a Dilma Rousseff (candidata do PT à Presidência) não tem um cenário melhor do que esse."