A questão do IPTU e a consciência cidadã sobre os recursos públicos

Interessante observar que o questionamento correto da falta de critérios e parâmetros aceitáveis, para a elevada e abrupta correção do IPTU, em Campos, nascida na Rede Blog, e que se ampliou, leve a uma mobilização, legítima e com perspectivas de negociações ou demandas judiciais, não seja acompanhada da mesma indignação e pressão com o mau uso dos recursos públicos em nosso município, cujos exemplos se repetem, há pelo menos, uma década. Pode até haver entendimentos diferentes, mas, a primeira interpretação que vem à tona é a de que o dinheiro do IPTU sai do bolso do contribuinte e o outro não. Ledo engano. As receitas dos royalties e outras, mesmo que não saiam diretamente dos nossos bolsos, são do povo e como tal deveriam ter um acompanhamento, controle e uma supervisão como este que pagamos diretamente, sob a forma de imposto. Há gente, que mesmo tendo mais, quer sempre pagar menos e usufruir o máximo. Estes são hipócritas e devem ser combatidos. Alguns destes, nestas ocasiões até tentam se arvorar como defensores da sociedade, mas têm sido omissos e sem a mesma coragem de agir e pressionar. O fato pode ser explicado pelos interesses, pelos subsídios, e até, pelo achaque que empreendem sobre o dinheiro público na busca de vantagens para suas empresas ou seus negócios pessoais. Assim, o caso em questão serve para nossos leitores e leitoras avançarem na avaliação dos interesses que estão em jogo, tanto em um, quanto em outro caso. Diante do quadro fica evidente, que de uma forma ou outra, os nossos representantes na Câmara de Vereadores continuam como antes, lenientes e inoperantes. Continuemos atentos e sigamos em frente!