65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
terça-feira, fevereiro 09, 2010
“Bolsa Água”
Assim alguns estão chamando o programa Produtor de Água criado pela Ana (Agência Nacional das Águas). Em São Paulo há casos de proprietários rurais receberem R$ 46 mil por semestre, para voluntariamente, conservar fontes de água, reduzir erosão, reflorestar, recuperar áreas degradadas e adotar boas práticas de uso do solo, incluindo a diminuição ou suspensão do uso de agrotóxicos.
Os valores pagos no estado de São Paulo estão variando de R$ 125 a R$ 170 por hectare preservado ao ano. É uma espécie de pagamento por serviços ambientais de água, clima e alimentos. O dinheiro vem do pagamento de quem usa a água.
A maioria dos casos está sendo implantado pelos Comitês de Bacia dos rios. Assim acontece no rio Piracicaba e também na Bacia do Guandu em nosso estado do Rio de Janeiro, onde o pagamento para a conservação da água começou no município de Rio Claro.
A matéria que tratou do assunto, publicada no dia 22 de janeiro, no jornal Valor Econômico, informou que no Brasil, o modelo começou a ser implantado em 2007, no município de Extrema (MG) na divisa com São Paulo.
Por lá eles começaram cercando nascentes e retirando pastagens para recompor a mata dos rios. Assim demonstraram que o lucro com o leite por hectare seria menor que o valor recebido para conservar essa mesma área. O
Para Devanir dos Santos da Ana “pagar para quem zela pela água é um reconhecimento de que esse recurso natural tem um custo muito maior para a sociedade, além de envolver conflitos pelo seu uso”.
O blog ajuda na divulgação do fato por considerar que esta ajuda a mostrar a importância da preservação das nascentes e do uso qualificado do solo. Conhecendo a legislação e os fatos acima, lembrando do incêndio (criminoso ou não) no Parque do Desengano no Imbé, o blog sugere ao leitor pensar e planejar, o que poderia ser feito nesta nossa região, se houvesse uma preocupação semelhante.
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Um comentário:
Professor é sempre bom encontrar boas propostas por aqui.
Isto mostra um diferencial em relação a alguns blogs que vivem da fofoca política sem acrescentar nada ou muito pouco.
Continue nesta trilha.
Abraço.
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