65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
sexta-feira, fevereiro 12, 2010
Leitor levanta outra questão sobre Habitação Popular
O blog recebeu de Joseph Ferreira, por e-mail a questão abaixo:
Prezado Professor,
Mais uma vez o seu blog fomenta, de maneira salutar, o debate sobre questões importantes de nossa cidade.
Paralelo à questão das casas populares, mas convergente ao tema, o que no momento trago à reflexão é a desapropriação que a PMCG fez (30 milhões de m2), publicada no DO do dia 5/02/2010, para o projeto Morar Feliz.
Se das 10.000 casas, 5000 já estão sendo construídas nos bairros/localidades citadas na matéria "Conferindo os preços da habitação em Campos" :(Parque Santa Rosa, 1.000 ; Parque Eldorado, 1.200; no Parque Salo Brand - 85; Tapera - 724; Codin – 461; Parque Aldeia - 500; Jockey Club - 600; Penha - 300; Parque Santa Helena - 30; Lagoa das Pedras e Travessão 100 casas). Acredito que as desapropriações publicadas no DO serão para a construções das outras 5000.
Observando as localidades (nos quatro cantos do município) onde ocorreram as desapropriações e as respectivas áreas, poderíamos tentar prever o número de casas que seriam construídas, do total das 5000 que faltam (relacionando a área total e nº de casas (5000) com as áreas desapropriadas): Dores (583), Morangaba (517), Tocos (42), São Sebastião (422), Mussurepe (6), Morro do Coco (10), Santo Eduardo (24), Ururaí (1100) e nas localidades de: Mombaça (1080), lagoa dos Patos (7), Cantagalo (833) e Fazenda Pau Ferro (430) e Volta do Veado (32).
O que trago à reflexão, e que talvez algum dos comentaristas que participam sempre do seu blog possa esclarecer, é se estas casas que serão construídas são para atender as demandas locais ou se servirão, também, para abrigar o deslocamento dos moradores que habitam as áreas de risco, que na sua grande maioria, estão localizadas na sede e/ou em regiões próximas da sede do município. Isto porque as notícias sempre relacionadas ao programa Morar Feliz indicam que um dos principais objetivos do programa é erradicar as situações habitacionais de risco e de contrariedade ambiental.
Então pergunto: Moradores de áreas marginais de lagoas, margens da Br 101, margem do Rio Paraíba, margem da linha e outros áreas de desconformidade, se necessário, serão deslocados para o interior?
Não se pode repetir o erro do Conjunto da Aldeia. Foi construído para retirar os habitantes da margem do rio e da BR-356 e isto não ocorreu.
Esperando contribuir para o debate salutar e democrático.
Um abraço a todos.
Joseph Ferreira".
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