65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
segunda-feira, fevereiro 22, 2010
Prioridade no investimento high-tech
O jornal O Estado de São Paulo publicou no último sábado, no seu caderno de Economia uma interessante matéria sobre um estudo que mostra que os países emergentes têm de priorizar alta tecnologia. A mudança de foco proposta certamente dará um grande debate, mas acima de tudo, reforça a tese daqueles que defendem uma participação forte do estado no desenvolvimento de nosso país. Outro ponto para o presidente Lula e sua candidata, Dilma. Nesta linha o presidente inaugurou no início deste mês, no Rio Grande do Sul, a primeira fábrica de chips do Brasil
Abaixo os primeiros parágrafos da reportagem:
"Alta tecnologia, e não agricultura ou recursos naturais. Essa é a sugestão para o desenvolvimento econômico no Brasil apresentada em uma nova iniciativa do prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz e alguns dos maiores economistas do mundo. O alerta é claro: o Brasil e outros países emergentes não podem basear seu desenvolvimento e estratégias de redução da pobreza no setor agrícola, em recursos naturais ou no comércio de commodities.
O estudo, elaborado em conjunto com diversas universidades e transformado em livro – que será lançado segunda-feira -, indica que o desenvolvimento industrial de economias como a do Brasil precisará contar com uma estratégia de Estado nos próximos anos para permitir que setores possam ganhar competitividade internacional.
“O setor agrícola tem claros limites e nossa recomendação é para que nenhum país emergente dependa do setor para sair da condição de subdesenvolvimento”, afirmou Giovanni Dosi, professor de economia da Escola de Estudos Avançados de Pisa e um dos principais autores do levantamento.
A recomendação para o Brasil é de que o País simplesmente não pode tentar competir contra os bens produzidos na China, pelo menos não aqueles de valor agregado médio ou baixo. “O Brasil precisa procurar seu espaço, que não é o mesmo da China”, defendeu Dosi, hoje considerado um dos principais especialistas em políticas industriais na Europa."
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Um comentário:
Excelente a postagem. Essa não é novidade alguma, afinal temos que ter valor agregado p exportar, sob a pena de arrasarmos nossa BP.
O que ocorre é que para exportamos mais valor necessitamos de EDUCAÇÃO, pesquisa e naturalmente, investimento público. Realmente, PONTO P O LULA!
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