65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
quinta-feira, março 25, 2010
Grande operação da Polícia Federal no Camelódromo
Acontece no Camelódromo de Campos, junto ao Mercado Municipal uma grande operação policial. O comando da operação é da Polícia Federal com a participação de técnicos da Receita Federal que ajudam a identificar os materiais ilegais encontrados nos pontos de venda.
Os boxes fechados estão sendo abertos com serra elétrica e todo o material irregular apreendido e guardados em 15 caminhões baús e três ônibus.
As ruas ao redor do local foram interditados por mais de 100 policiais que participam da operação. As informações são de que praticamente quase todos os materiais dos pontos de venda estão sendo recolhidos, por não possuírem documetação, sendo assim, considerados ilegais.
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6 comentários:
Professor Roberto,
Apenas um comentário provocador:
Ótimo que as instituições policiais continuem a sua repressão aos crimes de pirataria, sonegação, contrabando e descaminho.
Uma pena que essa eficiência e persistência reproduza o bom e velho corte de classes.
REPITO, para que fique claro: tem que reprimir onde o crime estiver.
Mas eu duvido que esses crimes se restrinjam ao comércio popular(camelôs).
Ali nos shoppings mais chiques é possível comprar "cópias não-autorizadas"(nome chique para pirata)de óculos famosos, dentre outros produtos.
E para que não me acusem de querer "proteger" camelôs, não custa lembrar que uma das maiores operações de combate a contrabando e evasão fiscal foi na DASLU.
Um abraço.
Amigos do Blog:
Não creio na possibilidade de não haver "dedo" de políticos na operação deflagrada no "camelódromo".
Isto cheira a uma manobra que fomente a "regularização" dos mesmos diante do comércio local e autoridades oficiais municipais.
Tenho dito!
Amigos do Blog:
Acho meio que questionável tal "mega operação", pois todos sabemos dos reais interesses da PMCG em legalizar o "camelô" e ainda por cima, mudá-lo de localização.
Para mim, tal operação é uma daquelas onde o "dedo" das autoridades municipais tem grande parcela na execução da mesma.
Parece ser algo verdadeiramente, "contra a pirataria", mas todos sabemos que a mesma não se restringe somente ao "camelô", informal, mas também aos "comerciantes" formalizados que fazem a "pirataria" travestida.
Tenho dito!
"crime". foi o termo que ouvi e li sobre a pratica que foi reprimida hoje no camelódromo, mas cá para nós; à partir de que discurso a prática da pirataria se constitui um "crime"? Para pensar nessa questão, temos que ir mais longe do que o senso comum nos permite. Desse modo, podemos pensar em diversas questões: como por ex: Quem é reprimido ? por prejudicar quem? Podemos afirmar que: O "camelô" é reprimido por "prejudicar a sony, Som Livre, Roberto Carlos (cantor)... Será para estes, um "prejuízo" mais danoso do que o causado ao trabalhador ambulante ou ao "camolô", quando estes perdem sua "única" forma de sobrevivência? Será que ninguém viu chegar containers e mais containers de mercadorias "pirateadas" nos principais portos, ou alguém viu e, foi pago para não contar o que viu...No final das contas, não seu quem comete o "maior" "crime": uma coisa é clara; amanhã, depois e depois da manhã, a família do "camelô" precisará de comida no prato, e os dias para estes são incertos, mas para os diretores e acionistas da Sony, Som Livre e o cantor Roberto Carlos: Será como sempre foi, para aqueles que estão no topo da hierarqua social...
abs.
Sou o Delegado chefe da Delegacia de Polícia Federal em Campos dos Goytacazes/RJ e responsável pela Operação "25 de Março", que deu cumprimento a um mandado de busca e apreensão, expedido pela Justiça Federal, no Shopping Popular Michel Haddad, na data de ontem.
Considero importante que todos entendam que o espaço do chamado "camelódromo", que é público, tornou-se, ao longo de anos de omissão da Prefeitura Municipal, um antro dedicado à criminalidade.
A operação de ontem foi realizada depois de um sério trabalho de investigação policial, que durou vários meses. Não foi uma incursão aleatória.
No "camelódromo", imperava a sonegação fiscal, a pirataria, o contrabando e o descaminho, dentre outros crimes. Além de caracterizar desrespeito à lei, isso gera desemprego no comércio formal e perda de arrecadação tributária ao Estado.
É dever constitucional da Polícia Federal reprimir esses delitos.
É verdade que a nossa cidade vive um profundo problema sócio-econômico- pelo que eu, como cidadão campista, lamento muitíssimo-, mas isso não pode servir de desculpa para o funcionamento ilegal do "camelódromo", pois esse mesmo argumento serviria para justificar o tráfico de drogas, por exemplo.
Por fim, vale dizer que a Polícia Federal em Campos dos Goytacazes está atenta a todos os crimes de sua atribuição- e não apenas aos praticados no "camelódromo-, como tem sido demonstrado por diversas operações realizadas recentemente.
Atenciosamente,
Paulo Cassiano Jr.
Delegado de Polícia Federal
Roberto Moraes,
Sabemos que a Polícia Federal, no âmbito de suas atribuições Legais, participou da mega-operação no camelódromo e assim sendo, a mesma cumpriu sua inquestionável função constitucional.
Entretanto, entendo que questionável é o fato comentado nas várias latitudes da Cidade, quanto a possibilidade de alguns "camelôs", ligados a pessoas "influentes" da PMCG terem no dia anterior da operação policial, ido a seus "boxes" e retirado algumas mercadorias, possivelmente, precavendo-se.
Estariam os mesmos dotados de algum tipo de "mediunidade" ?
Não posso afirmar pela veracidade do fato relatado, mas há comentários significativos quanto a possível ocorrência do mesmo.
Quanto a isso, não caberia também uma investigação?
Tenho dito!
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