sábado, abril 10, 2010

Bumba meu... Deus!

A tragédia do morro do Bumba é realmente marcante e lamentável. As cenas são comoventes. Não há como não sentir, um pouco que seja, a dor daqueles que foram vitimados das formas mais variadas possíveis. A busca de culpados é quase natural, embora, para se prevenir novos problemas, a busca das causas sejam sempre muito mais importantes e nem sempre, tão simples de responder como se imagina no primeiro momento. Neste sentido, além do desejo de recuperação dos que foram atingidos, a explicação veiculada na noite deste sábado, pelo Jornal Nacional, por geógrafos da PUC-RJ que a pedido do Departamento de Recursos Minerais do estado fez uma vistoria no Morro do Bumba. O estudo aponta novas causas e apenas reforça a necessidade de que os gestores públicos ouçam mais os técnicos e estes se disponham a contribuir para uma governança mais eficiente para a população. Veja abaixo a simulação desta interpretação para a causa principal da tragédia no morro do Bumba em Niterói: Do site do Jornal Nacional: "De acordo com o laudo que eles prepararam, a estrada no alto do morro era mal drenada. O terreno em volta ficou encharcado com a chuva. A área onde antigamente havia o lixão ficava mais abaixo. E em dois pontos da parte mais alta houve fissuras no terreno, que os cientistas chamam de cicatrizes. “A gente tem dois deslizamentos de encosta nos cortes da estrada que passa bem por cima do deslizamento”, avalia o geógrafo da PUC-Rio Marcelo Motta. Se não foi o lixão que começou o deslizamento, segundo os especialistas, foi ele que potencializou a tragédia. Se as casas não tivessem sido construídas em cima do aterro, o desmoronamento teria ficado restrito à parte alta do morro. Derrubaria casas, talvez causasse mortes, mas nunca provocaria uma destruição como a que se viu aqui. A terra que se deslocou da parte alta do morro, acabou encontrando o terreno do lixo em decomposição, muito mais instável. “A gente tem aquela detonação e aquela energia de transporte é transferida para o material do lixão e aquele material se liquefaz quase, vira uma grande pasta descendo a encosta e levando consigo toda a urbanização que insanamente foi construída ali em cima. Como se fosse uma avalanche. é uma avalanche, uma avalanche de detritos”, afirma Motta".

Um comentário:

Anônimo disse...

Deveriam ser responsabilizados civil e criminalmente todos os Prefeitos do Rio e Governadores do Estado do Rio de Janeiro. Aquelas pessoas foram jogadas nos lixões ou por falta de alternativas habitacionais ou pela omissão criminosa deles.