sábado, abril 17, 2010

Em qual pesquisa confiar?

A pesqusia do Datafolha divulgada hoje, o candidato do PSDB, José Serra tem 38% e Dilma Rousseff do PT, 28%. Uma difrença de 10% entre eles. Já na pesquisa Sensus divulgada na última terça-feira, deu empate técnico entre os dois em 32%. Outra novidade seria Marina na frente de Ciro 10% a 9%, enquanto a pesquisa da Sensus deu: Ciro 10% e Marina 8%, porém, a diferença aí se situraria dentro da margem de erro de cerca de 2% nas duas. Ou seja, com a desculpa de metodologia uma retirou ou adicionou entre 4% e 6% para os dois principais candidatos. Afinal, em quem confiar? Além disso, há que se considerar, que no cenário atual (com Ciro e Marina na disputa), mesmo que apenas a candidatura de Marina esteja confirmada, o 2º turno configura-se como hipótese real. Mesmo que Ciro desista, ou o PSB faça isto para ele, quanto mais apertada for a disputa, a tendência da votação de Marina poder levar a eleição ao 2º turno aumenta. Já a avaliação de Lula continua lá no alto: 73% contra 76% da pesquisa na anterior. Ou o fato mostra o deslocamento do eleitor pesquisado entre a avaliação de Lula e a escolha entre Dilma e Serra ou a pesquisa mostra mais uma incongruência. Enfim, em qual instituto confiar, já que se sabe que só na reta final eles confluem para números semelhantes? PS.: Atualizado às 14:40: Interessante observar que o Datafolha diz que entrevistou pessoas até ontem, 16 de abril: "Há 7% que votarão em branco, nulo ou em nenhum. Outros 8% dizem ainda estar indecisos. O Datafolha entrevistou 2.600 pessoas em todo o país nos dias 15 e 16 deste mês de abril."

3 comentários:

Anônimo disse...

TSE deu ao PSDB o direito de abrir os dados da pesquisa da Sensus em que Serra e Dilma estao empatados.


Como é possível haver uma diferença tão grande entre a Sensus e o Data-da-Folha, em tão pouco tempo ?

Se o TSE abrir a caixa preta de TODOS os institutos de pesquisa, essa eleição terá um efeito profilático: jogar no lixo o que não presta.

Acabar com essa indústria de fazer pesquisa para eleger e desqualificar candidatos.

O TSE vai mandar abrir a caixa preta do Data -da-Folha ?


PS.:

Sensus libera acesso a dados de pesquisas para todos os partidos


O instituto de pesquisa Sensus em nota à imprensa informou que vai abrir os dados para a imprensa a imprensa e aos demais partidos que participam da disputa eleitoral.Os representantes do PT e do PV foram convidados para presenciarem a abertura dos dados na sede do Sensus em Belo Horizonte. “Estamos fazendo o que é de praxe e previsto na lei”, disse Guedes. Como todos sabem, a última pesquisa do instituto sobre a corrida presidencial foi colocada sob suspeita pelos tucanos.”O questionamento à pesquisa tem origem política, não técnica”, disse Ricardo Guedes. “Não sei por que cismaram com a gente.” concluiu

Claudio Kezen disse...

Caro Roberto:

Vc sabe que a pesquisa do Datafolha foi feita depois de lançada a candidatura do Serra, e logicamente aferiu este impacto no resultado.

Portanto, não é uma questão apenas de metodologia como vc quer parecer.

Veremos mais adiante obviamente o desenrolar dos fatos.

Lula já sentiu o golpe, e em declarações recentes, tratou de desqualificar, de forma rasteira diga-se de passagem, um suposto crescimento dos emplumadinhos nas pesquisas.

Quanto à mim, como não votarei em nenhum desses dois candidatos, me permito não observar esta disputa como um Fla x Flu eleitoral, já que isto é um embuste sob todos pontos de vista possíveis.

Abçs.

Roberto Moraes disse...

Caro Cláudio,

Você tem razão, a meu juízo, em parte.

Questiono o fato do Serra se manter estável no Datafolha ao contrário da Sensus.

Isto evidentemente ou é metedologia ou manipulação, aliás, e infelizmente, muito comum, nestas épocas de fechamento de apoios partidários e definição de candidaturas. Acabei de postar outra nota sobre isto.

Esta questão tanto pode evidenciar a orquestração de uma ou outra candidatura, entre as duas polarizadas.

Por isto, entendo que o acompanhamento da sociedade sobre as pesquisas é algo similar ao controle social sobre a execução orçamentária dos governos. Ou a cidadania e o controle social avançam, ou ficaremos indefinidamente acreditando (ou não) no "aperfeiçoamento" do caráter das pessoas.

Independente das nossas opções e votos, o direito de saber para confiar ou não, é, ou deveria ser, um direito de cidadania. E, neste aspecto, sabemos que há muito ainda para se avançar.

Abs.