65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
sexta-feira, abril 02, 2010
O ódio
Mesmo discordando de muitas das análises e da grande maioria das posições políticas do ex-prefeito, Cesar Maia, li ontem, em seu ex-blog, um trecho da citação de um colunista no jornal argentino La Nación, criticando posições do governo daquele país, que foi iniciado se referindo à presença deste sentimento na política. O blog resolveu transcrevê-lo abaixo, com o entendimento que o mesmo possa ser útil a quem de direito nesta semana de Páscoa:
"EM POLÍTICA, O ÓDIO PREJUDICA QUEM ODEIA!"
"Emanuel Kant observou que algumas paixões são tão destrutivas que "sempre" são prejudiciais e não suportam, portanto, nenhum "meio termo". Este é o caso do ódio porque, seja grande ou pequeno, sempre prejudica tanto ao odiado como ao odiador. Desde a intolerância até a vingança e o ressentimento, o ódio é executado através de diversos canais. De acordo com Kant, o ódio é condenável de qualquer ponto de vista."
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2 comentários:
Caro camarada Roberto, sobre o ódio tenho 4 rápidos comentários:
1º Para Kant existe Razão Pura Prática, portanto qualquer motivo da ação que não seja o fim moral/universal "em si" não é válido!; 2º Dostoiévski traça o perfil de toda fauna revolucionária russa a partir do ódio ao mundo "tal como ele é" ("Os Possessos"); O ressentimento parece ser a matriz cultural dessas paixões da qual o ódio é só uma manifestação; 4º O Ódio é o nome de um dos melhores filmes do séc. XX, precursor do hip hop ...
Abç
Camarada Roberto, todos concordamos que o ódio é um péssimo motivo para ação num contexto democrático. Contudo, a tradição de esquerda possui uma relação sui generis com o tema. Por exemplo: do ponto de vista filosófico, ao contrário de Marx (Luta de classes), Kant acredita numa Razão Pura Prática, por meio da qual qualquer motivo que não seja puramente racional/universal (mesmo o prazer de fazer o bem a outrem) não é válido; Dostoiévski fez a síntese de toda a fauna revolucionária russa a partir do ódio ao mundo "tal como ele é" (Os Possessos); o ressentimento parece o princípio organizador de paixões mobilizadoras da qual o ódio é só uma expressão; O ódio é o nome de um dos filmes mais importantes do séc. xx ...
Abç
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