65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
segunda-feira, maio 17, 2010
Cartões & garçons
Desde o uso quase geral dos cartões, antes, apenas de crédito, mas agora, também de débito - o dinheiro de plástico, que a categoria dos garçons ficaram para trás nas famosas gorjetas. É raro, alguém se dispor a dar “algum” além dos 10% já presentes nas contas.
Sabemos que são poucos, ou inexistentes, os bares ou restaurantes que repassam esta quantia de forma direta e integral para os garçons. Assim, eles passaram literalmente a ver navios nesta graninha extra e de boa tradição, para os bons e profissionais garçons dos bares e restaurantes de tudo em que é lugar do país.
Estava na hora de algum legislador (em alguma das três esferas de poder: câmaras, assembléias ou Congresso) aprovar uma legislação considerando a realidade deste “mundo muderno”, garantindo isto que chamo de uma "boa tradição".
Sei que esta questão é mais complexa sob o ponto de vista antropológico, sociológico, político, econômico, etc. porque ela fala de relações em que o incentivo financeiro pode levar a vantagens individuais, tratamento diferenciado, registro de satisfação, aumento ou redução da hierarquização da sociedade, etc.
Porém, o fato concreto é que o garçom dançou com bandeja e tudo, enquanto os clientes e os donos de bares e restaurantes estão, ambos muito satisfeitos com as comodidades dos “tempos mudernos” que eliminaram o dinheiro em caixa, bom para a segurança do dono dos estabelecimentos, tiraram o troco da mão do garçom e adiaram o pagamento, para satisfação dos clientes...
Enquanto isto, o garçom ficou chupando dedo, hi, hi, também não... aí não, porque senão a Vigilância Sanitária multa e o garçom vai ser despedido. Socorro para os garçons!
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6 comentários:
Só para contribuir, não precisa nem postar, por favor. A palavra é MODERNO e não MUderno.Ok?
Nunca tinha parado para pensar nisso... tá errado mesmo!
a(o) comentarista das 09:01,
O "muderno" é para ridicularizar o "mudernismo" atual por isso entre aspas.
De qualque forma agradeço,
Abs.
Acho sim que não deveria ter os 10%, porque quem tem que pagar o garçom é o dono do estabelecimento e não eu que já estou pagando a conta.
Caso os sabichões não tenham percebido, a expressão está entre aspas.
Um abraço e boa sorte.
Pagar 10% pro garçom é uma sacanagem! Eu ja pago caro na comidda e ainda tenho que pagar pro cara me servir? Issoo é obrigação do patrão pagar, e nao minha! Isso é um crime!
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